Minha linda (sim tu,tu mesmo, a gaija do comentário)
Não fiques aborrecida comigo. Não fica?
Que queres? Habituei-me a ser assim. Já sabes que não sei amar :). Sabes, é engraçado que ele tambem se queixa do mesmo, está sempre a dizer que faço e resolvo tudo sozinha e nunca peço ajuda, mas foi ele que toda a vida me disse Sê independente, toma as tuas decisões por ti! e agora faz beicinho...
Não é por achar que devo estar orgulhosamente só, aguentar-me que nem martir. Não acredito em nada disso, não somos ilhas e precisamos dos outros. Também não é por é pá, os outros já tem os problemas deles , não tenha essa grandeza de espírito.
Percebo-te perfeitamente. Detesto pensar que alguém querido pode estar menos bem e eu não estou ao lado. Tira o sentido à vida. Às vezes tenho esse sentimento de culpa contigo. Imersa nos meus probleminhas, no meu corre-corre, esqueço-me que se a minha vida deu uma volta a tua está em constante rodopio. Quantas vezes abriste tu a comporta e eu não estive lá? Só estar, sem dizer nada.
Em ti, tenho absoluta e cega confiança. Basta existires. Basta eu saber que se olhares nos meus olhos sabes. Conheces-me, dou-me a ti sem qualquer reserva (depois de ultrapassados os cheiros, só podia ser assim ;) ). Sei que se gritar, seja porque razão for, tu ouves. E sei isso tão profundamente...
Naquele dia, mesmo que não te tenha dito, foste o balsamo calmante. Já tinha chorado, e tu limpaste o que restava de lágrimas com o há em preto e verde. Não preciso de te pedir, tu és um abrigo. Porque existes em mim.
Um beijo muito grande (menos nos pés, ainda que soberbamente calçados por umas Fly London).
quarta-feira, 30 de julho de 2008
terça-feira, 29 de julho de 2008
Passou
"Hoje eu acordei com medo mas não chorei
Nem reclamei abrigo
Do escuro eu via um infinito sem presente
Passado ou futuro (...)"
E assim, do cimo do que sou, quando não me permito ir abaixo, quando não me permito parar nem cair, sem reclamar abrigo.
Em frente, é para enfrentar e resolver. Assinar folhas que acompanham um discurso exaustivo onde a nossa vida passa a fazer parte de um dossier de actos.
Em frente caras que fizeram a minha vida. Só as caras, porque o resto já não é o mesmo. Isso custa. Não reconhecer quem acompanhou metade da minha vida, não reconhecer quem fez comigo vida.
Abrir as comportas e não parar. Um sentimento que escorre pela cara abaixo. Uma onda que invade e não se consegue explicar.
Ontem foi assim e chorei, muito, muito, sem parar. E não reclamei abrigo.
Ontem e já passou. Foi. Hoje já é o amanhã. Com um sorriso
Nem reclamei abrigo
Do escuro eu via um infinito sem presente
Passado ou futuro (...)"
E assim, do cimo do que sou, quando não me permito ir abaixo, quando não me permito parar nem cair, sem reclamar abrigo.
Em frente, é para enfrentar e resolver. Assinar folhas que acompanham um discurso exaustivo onde a nossa vida passa a fazer parte de um dossier de actos.
Em frente caras que fizeram a minha vida. Só as caras, porque o resto já não é o mesmo. Isso custa. Não reconhecer quem acompanhou metade da minha vida, não reconhecer quem fez comigo vida.
Abrir as comportas e não parar. Um sentimento que escorre pela cara abaixo. Uma onda que invade e não se consegue explicar.
Ontem foi assim e chorei, muito, muito, sem parar. E não reclamei abrigo.
Ontem e já passou. Foi. Hoje já é o amanhã. Com um sorriso
domingo, 27 de julho de 2008
Um sorriso de boa noite
Nesta demanda que me imponho de ver e mostrar coisas novas, fomos a uma Feira Setecentista.
Tinha de ser à noite, para o ambiente ser mais sentido. Jantamos ou melhor ela devorou os caracois e depois, simpaticamente, disse que a sopa era deliciosa mas ela já estava com a barriga cheia, por isso só comia um bocadinho, e lá fomos.
Tivemos sorte, o Palácio de Queluz estava aberto para visitas. Oportunidade de o visitar à noite e sem pagar!
A reacção do pequeno ser superou qualquer expectativa que eu tivesse. Eram ah,maravilhoso combinados com e se fossemos nós a dançar nesta sala,mãe?. E depois a feira. Os trajes, a musica, e o pão com chouriço e a sangria partilhados (bem...ela não bebeu sangria!).
Ela adormece pelo caminho e eu venho aqui porque não consigo parar de me babar:)
Tinha de ser à noite, para o ambiente ser mais sentido. Jantamos ou melhor ela devorou os caracois e depois, simpaticamente, disse que a sopa era deliciosa mas ela já estava com a barriga cheia, por isso só comia um bocadinho, e lá fomos.
Tivemos sorte, o Palácio de Queluz estava aberto para visitas. Oportunidade de o visitar à noite e sem pagar!
A reacção do pequeno ser superou qualquer expectativa que eu tivesse. Eram ah,maravilhoso combinados com e se fossemos nós a dançar nesta sala,mãe?. E depois a feira. Os trajes, a musica, e o pão com chouriço e a sangria partilhados (bem...ela não bebeu sangria!).
Ela adormece pelo caminho e eu venho aqui porque não consigo parar de me babar:)
quinta-feira, 24 de julho de 2008
Sentidos
E quando as palavras já foram ditas? Já não há palavras novas? Palavras que se ouviu e que se repetem nos outros, palavras que se dizem vezes sem fim. Juntas fazem frases. Procurar o sentido onde ele não existe, procurar o sentido que lhe deram. As mesmas palavras, vezes e vezes a fio. Uma vez, toma lá este conjunto de palavras e outra vez o mesmo conjunto. Arrumadas, floreadas, arranjadas em bouquet. Oferecidas.
Em catadupla, gritadas,dispersas,caladas. Sempre as mesmas palavras.
Já foram ditas, vezes sem conta. Tomadas como cartão de visita, como inicio, como meio e fim. Dançadas. Sempre as mesmas. De tanto se ouvirem, já não se percebem. Gastas.
E quando as palavras já foram ditas?
Em catadupla, gritadas,dispersas,caladas. Sempre as mesmas palavras.
Já foram ditas, vezes sem conta. Tomadas como cartão de visita, como inicio, como meio e fim. Dançadas. Sempre as mesmas. De tanto se ouvirem, já não se percebem. Gastas.
E quando as palavras já foram ditas?
terça-feira, 22 de julho de 2008
Cena
" O carro para e ela sai a correr. Ele hesita um momento, mas depois corre atrás dela. Quando a apanha, agarra-a e diz "Mas eu gosto de ti". "Dizer não chega" diz ela, a voz trémula que deixa advinhar as lágrimas que já estão prontas. "Mas acredita que eu gosto de ti" diz ele outra vez, desta vez, também a voz dele treme.
"Não chega" diz ela e volta a correr. Desta vez entra no prédio e desaparece. Ele fica no mesmo lugar, braços caídos ao longo do corpo. Lentamente vai para o carro. Entra e fica um bocado. Sentado. Sozinho. Arranca e vai embora, provavelmente também da vida dela"
Apaguei o cigarro e subi. Foi só mais uma cena igual a tantas outras.
"Não chega" diz ela e volta a correr. Desta vez entra no prédio e desaparece. Ele fica no mesmo lugar, braços caídos ao longo do corpo. Lentamente vai para o carro. Entra e fica um bocado. Sentado. Sozinho. Arranca e vai embora, provavelmente também da vida dela"
Apaguei o cigarro e subi. Foi só mais uma cena igual a tantas outras.
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Resposta
Ok. Aceito e vou tentar responder. O mais sincera e claramente possivel. Sem palavras dubias, sem duplos sentidos. Apenas eu e o que penso, o que acho que aprendi e senti. As minhas palavras. Não leves demasiado à letra, nem busques respostas ao que procuras. Estas são as minhas, encontra as tuas.
Como consigo? I'm a beliver! :) Sim acredito e não consigo imaginar não acreditar. Já tive momentos em que deixei de o fazer, mas foram tão maus, tirarm tanto do que sou, destruiram(me) tanto. Tenho a certeza que sim, que existe e que tenho direito a isso. Tenho tanto, mas tanto direito. A tudo, e por isso acredito. Hoje não deu e doeu, amanhã pode dar, ou não, e depois outra vez. E cada vez encher mesmo que depois se fique vazia, mesmo que o sonho acabe (sim também acredito que tem de haver um bocadinho de ilusão) mas pelo menos sonhamos. Acredito, e tudo à minha volta tem-me sempre mostrado isso, que há momentos/pessoas, que apesar de todos os nossos medos, de tudos ses, de todas as vezes em que não se deu o passo, nos fazem ter vontade de ter/fazer mais. Essa coisa de mostrar indiferença, mantermo-nos à margem, não envolver, é uma treta, porque no final do dia todos queremos o mesmo, sentir que há. E se o queremos é bom que acreditemos.
Sei que todo o corpo de afectos é como qualquer outro corpo, pode definhar e morrer. Por isso temos de o cuidar diariamente. Tal como alimentamos o nosso corpo, temos de alimentar os afectos. Tal como protegemos o nosso corpo, temos de proteger o amor. Seja ele qual for. Às vezes é uma tarefa dificil, sem duvida trabalhosa, mas devemos (nos) isso. Tambem nos devemos leveza. Rir, brincar, surpreender. Bastam pequenas coisas, mensagens, telefonemas, bilhetinhos, musicas dedicadas, danças no meio da rua, uma acto de loucura diferente do dia-a-dia, sentir que pensam em nós. Claro que se oferecerem um Porche ou um anel de diamantes nunca direi que Não,coisa e tal, prefiro que me des uma flor colhida na rua (antes que perguntes, não, não telefonei ao médico para dar a tal voltinha no TypeR :)). Estou a responder à tua segunda pergunta. Foi isto que fez a diferença, toda a diferença. Darem tanto, sempre, em pequenas coisas, em pormenores (sim, ligo muito a pequenas coisas). Fazerem ter vontade de dar tanto. Foi tambem isto que fez com que a cumplicidade fosse tão grande que não era preciso dizer nada. A carne já tinha ido para trás, para ser mais bem passada (porque se sabe que não se gosta de carne em sangue) e nem tinhamos reparado. Já o tinham feito enquanto as conversas com outros continuavam, porque a cumplicidade era assim. Isto não quer dizer que não haja discussões, que não haja diferenças, que não se reconheça defeitos. Aliás, é ao reconhecer tudo isso, ao saber que tudo isso tem de existir, que conseguimos ter um bocadinho mais de certeza.
Apesar disto tudo, às vezes acontecem coisas que não queremos, mas às vezes é só isso acontecem. Sem grandes e profundas explicações. Paixões não se explicam, sentem-se. Porque se apaixonam Fulana e Sicrano em vez de Fulana e Fulano? Fulano até gostava de Fulana...Não se explica, acontece e não é que Fulano seja pior que Sicrano,não tem nada a ver com Fulano ter alguma coisa de mal. Percebes? É que se não andavamos todos apaixonados uns pelos outros. São as pessoas que escolhemos porque as vemos no meio da multidão com uma cor difrente. E isto faz-nos voltar ao principio: Acreditar que sim :)
TPC feito, minha querida. Respondi?
Como consigo? I'm a beliver! :) Sim acredito e não consigo imaginar não acreditar. Já tive momentos em que deixei de o fazer, mas foram tão maus, tirarm tanto do que sou, destruiram(me) tanto. Tenho a certeza que sim, que existe e que tenho direito a isso. Tenho tanto, mas tanto direito. A tudo, e por isso acredito. Hoje não deu e doeu, amanhã pode dar, ou não, e depois outra vez. E cada vez encher mesmo que depois se fique vazia, mesmo que o sonho acabe (sim também acredito que tem de haver um bocadinho de ilusão) mas pelo menos sonhamos. Acredito, e tudo à minha volta tem-me sempre mostrado isso, que há momentos/pessoas, que apesar de todos os nossos medos, de tudos ses, de todas as vezes em que não se deu o passo, nos fazem ter vontade de ter/fazer mais. Essa coisa de mostrar indiferença, mantermo-nos à margem, não envolver, é uma treta, porque no final do dia todos queremos o mesmo, sentir que há. E se o queremos é bom que acreditemos.
Sei que todo o corpo de afectos é como qualquer outro corpo, pode definhar e morrer. Por isso temos de o cuidar diariamente. Tal como alimentamos o nosso corpo, temos de alimentar os afectos. Tal como protegemos o nosso corpo, temos de proteger o amor. Seja ele qual for. Às vezes é uma tarefa dificil, sem duvida trabalhosa, mas devemos (nos) isso. Tambem nos devemos leveza. Rir, brincar, surpreender. Bastam pequenas coisas, mensagens, telefonemas, bilhetinhos, musicas dedicadas, danças no meio da rua, uma acto de loucura diferente do dia-a-dia, sentir que pensam em nós. Claro que se oferecerem um Porche ou um anel de diamantes nunca direi que Não,coisa e tal, prefiro que me des uma flor colhida na rua (antes que perguntes, não, não telefonei ao médico para dar a tal voltinha no TypeR :)). Estou a responder à tua segunda pergunta. Foi isto que fez a diferença, toda a diferença. Darem tanto, sempre, em pequenas coisas, em pormenores (sim, ligo muito a pequenas coisas). Fazerem ter vontade de dar tanto. Foi tambem isto que fez com que a cumplicidade fosse tão grande que não era preciso dizer nada. A carne já tinha ido para trás, para ser mais bem passada (porque se sabe que não se gosta de carne em sangue) e nem tinhamos reparado. Já o tinham feito enquanto as conversas com outros continuavam, porque a cumplicidade era assim. Isto não quer dizer que não haja discussões, que não haja diferenças, que não se reconheça defeitos. Aliás, é ao reconhecer tudo isso, ao saber que tudo isso tem de existir, que conseguimos ter um bocadinho mais de certeza.
Apesar disto tudo, às vezes acontecem coisas que não queremos, mas às vezes é só isso acontecem. Sem grandes e profundas explicações. Paixões não se explicam, sentem-se. Porque se apaixonam Fulana e Sicrano em vez de Fulana e Fulano? Fulano até gostava de Fulana...Não se explica, acontece e não é que Fulano seja pior que Sicrano,não tem nada a ver com Fulano ter alguma coisa de mal. Percebes? É que se não andavamos todos apaixonados uns pelos outros. São as pessoas que escolhemos porque as vemos no meio da multidão com uma cor difrente. E isto faz-nos voltar ao principio: Acreditar que sim :)
TPC feito, minha querida. Respondi?
domingo, 13 de julho de 2008
quinta-feira, 10 de julho de 2008
Pedido
quarta-feira, 9 de julho de 2008
Respirar
Respirar! No meio do tango que se dança em contra luz, num todo virado ao contrário. Só dois, cada um por si. A distância que a rosa impõe. Respirar! "Tu...". "Sim, reconheço". O momento incolor que pede. Continua a cerimónia num passo qualquer. Não esquecer, respirar!
segunda-feira, 7 de julho de 2008
E o que procurei esta música....
Brandi Carlile - The story
"All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true...I was made for you
I climbed across the mountain tops
Swam all across the ocean blue
I crossed all the lines and I broke all the rules
But baby I broke them all for you
Because even when I was flat broke
You made me feel like a million bucks
You do
I was made for you
You see the smile that's on my mouth
It's hiding the words that don't come out
And all of my friends who think that I'm blessed
They don't know my head is a mess
No, they don't know who I really am
And they don't know what
I've been through like you do
And I was made for you...
All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true...I was made for you"
Podia dedicá-la...quando fazia sentido.
sexta-feira, 4 de julho de 2008
Num sítio qualquer
"Olhar para a frente sem saber o que vai ser de nós. Olhar para trás sem nada poder reviver, corrigir, emendar sequer. Não conseguir fixar o presente, bom ou mau, tanto faz, o presente não será mais. Sentir-se transportado para a frente e depois para trás, ficar tonto,prestes a cair sem ter mão no que pensar.
Levantar, andar, voltar e depois parar num mesmo sitio, sempre diferente. Desistir, recomeçar, deixar cair, agarrar por momentos e depois abandonar.
Sentir-se feliz,absolutamente feliz e logo depois desesperar, sem esperança alguma de voltar a acreditar e depois voltar a acreditar e sentir a felicidade, aos poucos, a voltar."
Pedro Paixão
Não estava à procura mas encontrei as palavras. Retratos. Tatuagens no tempo. Novas.
Encontrei-as. Escritas na parede. Papel não gasto.De ontem e de hoje. É este o segredo, como o do cuscuz.
Levantar, andar, voltar e depois parar num mesmo sitio, sempre diferente. Desistir, recomeçar, deixar cair, agarrar por momentos e depois abandonar.
Sentir-se feliz,absolutamente feliz e logo depois desesperar, sem esperança alguma de voltar a acreditar e depois voltar a acreditar e sentir a felicidade, aos poucos, a voltar."
Pedro Paixão
Não estava à procura mas encontrei as palavras. Retratos. Tatuagens no tempo. Novas.
Encontrei-as. Escritas na parede. Papel não gasto.De ontem e de hoje. É este o segredo, como o do cuscuz.
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