Tínhamos fome. Como se não comêssemos desde uma outra vida qualquer, perdida em casulos que demoraram a transformar em borboletas.
Tínhamos fome, como se os bolsos sempre estivessem rotos ao bocado de pão que outras mãos estendiam.
Tínhamos fome e sede. Muita sede. Escapou-se-nos o gemido para ir ter com o outro “ alimenta-me” e pouco a pouco, pele a pele, os lábios engoliram-nos.
Começámos pelo corpo. Conseguiremos saciar a alma?
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