Caminhavam devagar, lado a lado, mão dada, encaixada pelo tempo. Os braços já fazem parte um do outro, como todo o corpo, só um. Os dois a pensar que se o outro faltasse era como se faltasse uma parte de si.
Ela falava qualquer coisa, em tom baixo, choroso. Pararam. Porque era preciso parar. Lentamente, a mão dele, a que estava livre, passou delicadamente pelo cabelo dela. Uma vez, e outra e outra. E dizia baixinho "Está tudo bem. Vamos os dois".
Passei e eles ficaram envoltos um no outro.
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
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