Ao dar uma vista de olhos por post antigos, reparei que há muita música, algumas referências a filmes, mas raramente falo de livros. E se eles são um Amor. Foi um Amor que arrefeceu durante um tempinho (sim, sim, os horários noctivagos da Diaba e blá, blá, blá), mas como qualquer grande e verdadeiro Amor, resiste ao tempo e aos obstáculos. Adoro ler, devoro livros (já não tanto como devorava, mas enfim...). Ultimamente até me mantenho a par de um clube de leitura.
Gosto das imagens que nos oferecem, dos sitios que nos mostram, dos sabores que degustamos. Gosto que nos encham cabeça, corpo. Que nos assustem, que nos provoquem.
Gosto do passado e do futuro, da ironia, do romance, do drama, do supense. Pegar, folhear e sentir o cheiro. São as minhas maiores viagens
E gosto desta Trama que fala nisto tudo e de si.
"Cada um tinha uma palavra a dizer, - Era um pouco
Cerimonioso. - A tua sombra valsava no meio
De um tango.
*
O mar era feito de azul.
Isso era certo.
*
Cada um, pensava ele, vinha com a sua própria dor.
*
As nuvens cobriam-se de pássaros. - Insistias.
A chuva voltava com uma espécie de agitação
Um pouco de luz era tudo o que restava.
*
Juntavas palavras.
Palavras que não conhecias.
Fingias acreditar que podias
Nem sempre ter razão.
*
O que queria dizer isso
Ter a vida à sua frente?
*
Também tu te parecias comigo.
E eu continuava sem saber
O que isso queria dizer."
Henry Deluy, noutros bocadinhos - Primeiras Sequências (Quetzal, 2000)
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
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