" Como eu queria poder transformar os teus dias e fazê-los diferentes.
Como eu queria que as horas fossem especiais
e cada minuto bebido num lento degustar das coisas boas.
Como eu queria desatar os teus nós
que são mágoas feitas pedra e cal.
Como eu queria ajudar-te a empurrar essas portas,
que teimam em estar entreabertas, e não te permitem o novo caminho.
Como eu queria murmurar "Nunca estarás só, porque estou aqui"
e dizer-te que, neste egoísmo autista, a minha vida ganha mais cor contigo.
Como eu queria colorir a tua também.
Como eu queria encher os teus olhos de simples luz,
quando a escuridão dos fantasmas te leva o sorriso.
Como eu queria poder mostrar-te que há sempre uma nova chance,
um novo começo,
uma nova vida.
Como eu queria..."
terça-feira, 25 de novembro de 2008
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1 comentário:
Como eu queria que soubesses que a minha vida também ganha mais cor contigo.
Como eu queria não sentir este permanente soltar amarras como quem chega a um porto para logo o abandonar.
Como eu queria desatar os nós de pedra, encerrar as portas, limpar, se necessário, o areal de sal, e caminhar com paz e vontade.
Acalma-te. Eu ouço-te murmurar as tais palavras: nos telefonemas e posts, nas refeições partilhadas e na quantidade de "patites" que explodem, de vez em quando, e tão depressa nos levam o sorriso como o trazem.
Eu ouço-te. Acredita.
E vejo-me dizer-te, enquanto um tinto liberta uma noite qualquer, que continuarei a combater os nós, que arrotearei os campos necessários, que abrirei estradas, mas que quero, porque quero mesmo e preciso, sentar-me um pouco e parar, só para saborear a luz, a cor...
Sinto-me quase sempre a percorrer pontes de corda e madeira.E neste compasso quase eterno, procuro um lanço em pedra que me sustente os passos. E não há forma de aprender que tudo é efémero. Não há forma de acreditar que há sempre uma nova chance, um novo começo, uma nova vida. E que isso não precisa ser [sempre] uma angústia. Como eu queria partidas sem dor, recomeços sem medos, opções com certezas. Como eu queria...
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