segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Luminoso

“(...) Temos tempo de sobra.
Vou ressuscitar-te, assim poderás contar-me em sussurro o que fomos.
Eu poderei contar-te o que esqueci. Esta canção quase perdida na casa do nosso passado.
O sonho tem manchas de frutos sorvados no coração. Tem palpitações de sangue e de ilhas, de mares que se espreguiçam para dentro das cidades. E estas sobrevivem envoltas num véu de neblinas. Vemo-las tremeluzir no turvo crepúsculo das praias.
Que ponte levadiça trará de novo o desejo esquecido nos postos longínquos?”

Luminoso Afogado Al Berto




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