quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Abraço

E depois de tudo ou para além de tudo, há a maneira como ele abraça. Como os seus ombros ligeiramente curvados descem sobre os ombros dela que, primeiro, recuam ligeiramente para depois se porem em bicos de pés para diminuir a distância e o tempo que demora até se encontrarem.
Depois dos ombros, as mãos que empurram ligeiramente, curvando as omoplatas para a puxar para si, como se ela fosse uma presa pronta a abandonar-se enfiando a cara em qualquer concavidade entre o peito e o pescoço.
Os olhos olham-se em reconhecimento pestanejando tanto alívio como medo e à volta dos dois um querer guardar um no outro, como se fossem um qualquer órgão essencial.
Ele balança-a e ela não sabe se é amor, ou um casaco quente que protege do frio, mas podia dormir ali para sempre.

2 comentários:

Anónimo disse...

E se ela fechar os olhos e sonhar muito, isso pode acontecer! ;)

Anónimo disse...

se fosse eu, fechava os olhos e sonhava no matter what...se tiveres que acordar entretanto pelo menos tiveste um sonho bom