Iam pela estrada, noite fora. Não sabiam bem o caminho, mas quando olharam pela janela do carro perceberem que era por ali que tinham de ir. As luzes fortes piscavam, intermitentes. “Motel” e a vontade passou a ser contínua.
A porta fecha-se. Os corpos despem-se.
A cama redonda, por baixo do espelho que mostra um corpo em cima do outro. Lentamente, mãos que escorregam. Os lábios começam na boca. A língua entra e procura companhia.
O corpo faz de copo para o champanhe de boas vindas. Líquido que é sorvido em pequenos goles em mamilos tesos do frio e desejo. Escorre pela barriga. A língua acompanha o pequeno rio que desagua no triângulo já húmido e morno. Demora-se por lá em círculos que fazem nascer um gemido.
Trocam-se posições. Lento abocanhar do membro teso. Depois mais depressa.
As mãos empurram a cabeça para o movimento que se quer.
Os seios nus a roçarem a pele quando deslizam, enquanto os braços prendem na posição certa.
Ouvem-se gemidos do quarto ao lado. Uma mulher que grita “Mais” .
Na parede, o espelho que mostra o desejo crescido, dedos que enchem a cavidade com cio. Reflecte, também, as imagens de Vénus sintonizada na televisão. Descarada, pornográfica. Como o ambiente. Como eles e a vontade.
Penetra-a, fazendo-a cavalgar, roçando pernas. Ir e vir louco, as unhas cravadas na pele. Mãos que empurram e fazem força no peito dele. Bem fundo. A luz vermelha que ilumina por trás. A cama redonda a fazer rodar os corpos para outra posição, de lábios abertos, para o receber novamente. Fundo e forte. O quarto ao lado silencioso quando o grito anuncia o êxtase em loucura permitida deste quarto.
Ao lado da cama, uma cadeira. Erótica. A chamar para ser usada. No "Motel".
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
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3 comentários:
Não foi de noite... foi de dia! :)
"Iam pela estrada, dia fora"
Aqueceu. A saudade e a vontade.
Foi mesmo de noite!!!!
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