Como se todas as estradas te trouxessem de volta a mim, vezes e vezes sem conta.
Espaço de dias, semanas, uma volta à esquerda e ai vens tu para me desassossegar do que achava arrumado na terceira prateleira a contar do cimo.
Gostava de te dizer que do coração de uma mulher não se podem arrancar todas as flores, porque elas raramente voltam a nascer.
E não há promessa que volte a criar raízes!
Vais e voltas, como se tivesses alguma coisa para me perguntar, dizer ou até mandar o meu corpo para o chão, que é a cama dos amantes urgentes.
Vais e voltas a tempos quando a migração dos teus afectos te faz rodar e ser por mim que vens. Ou porque te dá jeito. E é por ti que parto nessa volatilidade do sentimento breve até que vás outra vez.
Vais e voltas nessa esquizofrenia de quereres ser casa onde há alicerces mas voares para cada estação corpo que te cruze.
E eu, que te sigo de longe os passos, abro a porta com sorrisos para te dizer que as palavras de amor, mesmo as obscenas, devem ter as marcas da vontade do coração e não só o jeito da boca sobre a boca.
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
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