Dói-me o corpo. Como se tivesse passado a noite toda a fazer amor.
Os braços estão cansados das flexões obrigatórias para sustentar o meu corpo a olhar o teu e depois descer em voo picado sobre os teus lábios.
No peito nasceu uma marca com contornos de boca e sinto-os mexidos até ao ponto de endurecerem sob as tuas mãos em descontrolo.
As pernas estão bambas da força que fizeram para se dobrarem ou esticarem, ajudando na impulsão dos ossos do quadril contra ti. O interior das coxas tem duas nódoas negras no sítio onde encaixaste e me rodaste em todos os graus que tem 360. Onde te encaixaste depois da vontade me abrir a ti.
Todos os meus músculos estão doridos das máximas contracções do orgasmo e os pés doem das cãibras que por vezes acontecem na altura de tudo explodir. Várias vezes. A noite toda.
Dói-me o corpo. Como se tivesse passado a noite toda a fazer amor.
Mais do que tudo dói-me o que não é palpável por não doer o corpo por amor.
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
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