quinta-feira, 24 de abril de 2008

O quanto podemos amar

Novas palavras e novos conceitos : Poliamor.

Descreve as relações interpessoais amorosas que recusam a monogamia como principio ou necessidade. "Defende a possibilidade prática e sustentável de se estar envolvido de modo responsável em relações íntimas, profundas e eventualmente duradouras com várias (os) parceiras (os) simultaneamente."

Não tem a ver com ser poligamico, que implica um contrato com mais que uma pessoa, nem swing que apenas visa a troca de parceiros sexuais. Vai mais além, permite aquilo que se chama "gostar de duas pessoas".

Acho bem! Parece-me um movimento ao qual me poderia juntar, sim porque já é um movimento organizado! Como movimento existe há 20 anos nos Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido, e em 2005 realizou-se a Primeira Conferência Internacional de Poliamor.

Entendo o conceito perfeitamente. Entendo-o desde o dia (long time...) que percebi dolorosamente, que não há principes encantados e que podemos descobrir as qualidades que gostamos e com que nos identificamos em várias pessoas, mas muito dificilmente todas elas numa só pessoa.

A grande questão que me assalta é como se consegue gerir isto. É tão profundamente enraízada esta condição de quase dono dos outros com quem temos relações amorosas, que volto a perguntar, como se gere?
Como se consegue não sentir ciúmes, não se cair na tentação de pensar "se calhar ele gosta mais dela do que de mim...", sei lá, este tipo de parvoices típico dos sentimentos apaixonados?

A existência do Poliamor significará uma evolução de mentalidades? Significará que as pessoas que o praticam conseguiram atingir um tal grau de confiança em si e nos outros que os permite "navegar" calmamente no amor?
A sério que não sei. Mas sei que se conseguissemos todos ser praticantes do Poliamor, a taxa de divorcios descia em flecha!
Por mim, consigo ver-me perfeita e claramente envolvida em amores responsáveis e duradouros com o Brad Pitt e George Cloney ou o Jude law e o Johnny Deep ao mesmo tempo. :)

P.s - Nem a proposito, que tal ler "Uma Questão de Fé" http://instantesdecisivos.wordpress.com/

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