Espreito nas gavetas. Espreito atrás da porta. Espreito nos bolsos e até dentro de mim. Mas não encontro. Já tive na minha mão, mas perdia-a e não encontro.
Sento-me e espero. Espero mais um bocadinho.
Não sei onde está, mas sento-me e espero. Talvez consiga lembrar-me de todos os passos dados e de todas as palavras feitas e então voltar a ter.
Mas por agora só outra vez aquela sensação que sobe da boca do estômago e se aninha na garganta, bloqueando-a ao ponto de nem ar passar. Aquela sensação que não é aflitiva, que não é destruidora e que nem sequer é fácil de explicar. Aquela sensação em forma de desejo profundo, de ansiar estar no fim e tranquila. De tudo estar bem e alinhado.
E o que não encontro hoje, final do dia, é a pequena força que me acompanha e que me faz sempre andar o tanto que falta até ao fim.
Tou certa que amanhã a encontrarei arrumada numa qualquer prateleira onde ainda não espreitei.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
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1 comentário:
Porque "arrumar" é importante... mas, mais importante que arrumar é arrumar no sítio certo.
E quando se arruma no sítio errado?
Se calhar, mais vale desarrumar tudo outra vez...
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