"Creio que as histórias de amor são como as viagens de comboio. E quando vejo todos esses viajantes por vezes gostava de ser um. Porque crês tu que tanta gente espera sobre o cais da gare? Há quem fique na gare a vê-los passar. E para quem tudo são fantasmas.
Há quem apanhe o comboio às vezes certo, às vezes errado, e às vezes chega atrasado. Tenta apanhá-lo já em andamento: escorrega, cai e magoa-se. Entre idílios e fantasmas passam os comboios. Pregado a cada carruagem está um letreiro onde se lê: Che Chosa è quest'Amor?
O poeta-soldado escreveu:
A raposa sabe muitas coisas. Mas o porco espinho sabe apenas uma grande coisa.
Entre o estridente ruído do comboio, filmes falantes, o som doce da flauta, a ilusão dos amantes, a desilusão dos amantes, as cordas friccionadas da viola da gamba, um autor à procura de ideias e antigas gravuras anatómicas avulsas, diz o porco-espinho à raposa:
E o que é isso tudo?
Semi-cerrando os olhos responde a raposa:
Tudo isto é poesia. "
P.S- Este texto foi descaradamente roubado. Mas é bonito... e eu gosto de coisas bonitas.
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1 comentário:
gosto da ideia! :D gosto mesmo! tipo olha vou a correr apanhar o amor das 1845h te logo bjos
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