"When I get to Warwick Avenue
meet me by the entrance of the tube
we can talk things over a little time
promise me you won't step outta line
When I get to Warwick Avenue
please drop the past and be true
don't think we're okay just because I'm here
you hurt me bad but I won't shed a tear
I'm leaving you for the last time baby
you think you're loving but you don't love me
I've been confused outta’ my mind lately
you think you're loving but I want to be free
Baby you hurt me
When I get to Warwick Avenue oh
we'll spend an hour but no more than two
Our only chance to speak once more
I showed you the answers now here's the door
When I get to Warwick Avenue
I'll tell you baby, that we're through
I'm leaving you for the last time baby
you think you're loving but you don't love me
I've been confused outta my mind lately left
you think you're loving but you don't love me
I want to be free, baby you've hurt me.
All the days spent together, I wish for better
and I didn't want the train to come, now it's departed
I'm broken hearted, seems like we never started.
All those things here together, when I wished for better
And I didn't want the train to come
You think you're loving, but you don't love me
I want to be free.
Baby you've hurt me, you don't love me,
I want to be free, baby you hurt (heard) me."
sábado, 31 de maio de 2008
quinta-feira, 29 de maio de 2008
15 dias de olhares
Porque não são os meus olhos?
Os meus olhos reflectem o que vêem e o que o coração sente. A verdade por trás de qualquer retina é a que é expressa pela luz que entra formando a imagem que conhecemos. Às vezes gostamos, outras nem por isso, mas os olhos são meros receptores e não causadores do amor. E os meus transbordam por ti.
Mais do que uma questão de sangue, é uma questão grave de amor!
Faz boa viagem, mana linda. Estarei contigo no sítio de sempre, o coração!
Agora sem pieguices, eu quero é que me tragas VODKA! :)
quarta-feira, 28 de maio de 2008
Deitar
Ontem deitei-me assim... no conforto de não ter medo nenhum de ser ridicula quando "parvamos"
segunda-feira, 26 de maio de 2008
bolinha vermelha no calendário
Tenho a sensação que o ultimo ano passou à velocidade da luz. Sei que sou agarrada ao calendário e que ele vai marcando a minha vida em períodos antes e pós, mas as bolinhas vermelhas neste ano e tão rapidamente fazem-me, por vezes, perder o norte.
Por esta altura, no ano passado, organizei o maior evento que já fiz. Dois dias de pré-conferências, três dias de conferência, 900 pessoas, 2100 almoços, 4200 coffe breaks, actividades sociais todos os dias, incluindo um "simulacro" de festa de santos populares, arraial puro e duro em Alfama e um Jantar de Gala com menu de gastronomia molecular. Foi a loucura em trabalho, a loucura nas olheiras! Andava armada de um radio para comunicações internas e dois telemóveis, sempre prontos a disparar. A adrenalina era o alimento.
Ao mesmo tempo a minha vida dava uma volta. Confissões, descobertas,choros, risos, certezas,promessas,desvios e caminhos.
Aprender que não é só o corpo que é precário, também o é todo o corpo de afectos e sentimentos que se transformam.
Não ter medo de dar passos em frente, mas sentir medo do que envolve dá-los, da dor que isso provoca.
Foram tempos felizes e dolorosos e nesta dicotomia perder e ganhar.
E já passou um ano e passou tanta água e passou e passou....
Por esta altura, no ano passado, organizei o maior evento que já fiz. Dois dias de pré-conferências, três dias de conferência, 900 pessoas, 2100 almoços, 4200 coffe breaks, actividades sociais todos os dias, incluindo um "simulacro" de festa de santos populares, arraial puro e duro em Alfama e um Jantar de Gala com menu de gastronomia molecular. Foi a loucura em trabalho, a loucura nas olheiras! Andava armada de um radio para comunicações internas e dois telemóveis, sempre prontos a disparar. A adrenalina era o alimento.
Ao mesmo tempo a minha vida dava uma volta. Confissões, descobertas,choros, risos, certezas,promessas,desvios e caminhos.
Aprender que não é só o corpo que é precário, também o é todo o corpo de afectos e sentimentos que se transformam.
Não ter medo de dar passos em frente, mas sentir medo do que envolve dá-los, da dor que isso provoca.
Foram tempos felizes e dolorosos e nesta dicotomia perder e ganhar.
E já passou um ano e passou tanta água e passou e passou....
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Porque sim
"Foi a noite mais bela de todas as noites que me adormeceram
Dos nocturnos silêncios que à noite de aromas e beijos se encheram
Foi a noite em que os nossos dois corpos cansados não adormeceram
E da estrada mais linda da noite uma festa de fogo fizeram
Foram noites e noites que numa só noite nos aconteceram
Era o dia da noite de todas as noites que nos precederam
Era a noite mais clara daqueles que à noite amando se deram
E entre os braços da noite de tanto se amarem, vivendo morreram
Eu não sei, meu amor, se o que digo é ternura, se é riso, se é pranto
É por ti que adormeço e acordo e acordado recordo no canto
Essa tarde em que tarde surgiste dum triste e profundo recanto
Essa noite em que cedo nasceste despida de mágoa e de espanto
Meu amor, nunca é tarde nem cedo para quem se quer tanto!"
Dos nocturnos silêncios que à noite de aromas e beijos se encheram
Foi a noite em que os nossos dois corpos cansados não adormeceram
E da estrada mais linda da noite uma festa de fogo fizeram
Foram noites e noites que numa só noite nos aconteceram
Era o dia da noite de todas as noites que nos precederam
Era a noite mais clara daqueles que à noite amando se deram
E entre os braços da noite de tanto se amarem, vivendo morreram
Eu não sei, meu amor, se o que digo é ternura, se é riso, se é pranto
É por ti que adormeço e acordo e acordado recordo no canto
Essa tarde em que tarde surgiste dum triste e profundo recanto
Essa noite em que cedo nasceste despida de mágoa e de espanto
Meu amor, nunca é tarde nem cedo para quem se quer tanto!"
sexta-feira, 16 de maio de 2008
Jogos
Movem-se como peões... estratégias bem calculadas e frias.
Um passo é sempre reflexo de um pensamento e com vista, olhos bem abertos "eu vou ganhar", a uma meta!
Não me perguntem as regras, não sei, não sei sequer qual é o jogo, mas estou no meio dele.
Lança-se a teia que me envolve paralisando os membros, e a consciência alerta enviando sinais vermelhos. PARA! Só não sei onde nem como. Os que caminham ao meu lado jogam e eu vou indo na corrente.
Gabriella Cilmi- Awkward Games
Um passo é sempre reflexo de um pensamento e com vista, olhos bem abertos "eu vou ganhar", a uma meta!
Não me perguntem as regras, não sei, não sei sequer qual é o jogo, mas estou no meio dele.
Lança-se a teia que me envolve paralisando os membros, e a consciência alerta enviando sinais vermelhos. PARA! Só não sei onde nem como. Os que caminham ao meu lado jogam e eu vou indo na corrente.
Gabriella Cilmi- Awkward Games
terça-feira, 13 de maio de 2008
Tempo
O tempo voa
O tempo não espera por ninguem
O tempo cura todas as feridas
O tempo abre todas as portas
Todos nós queremos mais tempo
Tempo para esquecermos
Tempo para nos erguermos
Tempo para crescer
Tempo para amar
Tempo.
O tempo não espera por ninguem
O tempo cura todas as feridas
O tempo abre todas as portas
Todos nós queremos mais tempo
Tempo para esquecermos
Tempo para nos erguermos
Tempo para crescer
Tempo para amar
Tempo.
Fado
"Havia a solidão da prece num olhar triste
Como se os seus olhos fossem as portas de pranto
Sinal da cruz que persiste, os dedos contra o quebranto (...)"
Brincar com as palavras que seguem a melodia dedilhada. Sussurro de mulher com voz forte e que fala de medo e de sorte.
O quarto que cheira, a velha que lança os búzios,
mudar o destino
de um coração vazio.
É a musica, fado, que diz.
Como se os seus olhos fossem as portas de pranto
Sinal da cruz que persiste, os dedos contra o quebranto (...)"
Brincar com as palavras que seguem a melodia dedilhada. Sussurro de mulher com voz forte e que fala de medo e de sorte.
O quarto que cheira, a velha que lança os búzios,
mudar o destino
de um coração vazio.
É a musica, fado, que diz.
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Perceber ou não perceber, eis a questão!
A sério que não percebo.
Cada vez percebo menos (e cada vez ponho menos esforço nessa tarefa!)
Eu sei que segunda de manhã é complicado, mas é complicado para todos... vamos lá a ter um pouco de paciência.
Depois da correria do costume da manhã, que hoje teve a bonita variante "Mãe não posso fazer nada sem primeiro ter os meus brincos!", depois de despachada a diaba da Tasmânia, fui por gasoleo (já corria o risco de ficar alegremente parada na IC17)e eis se não quando um sr que tentava desesperadamente passar à minha frente, sai do carro e vem dizer que lhe cortei o caminho. Ora bem, cortar o caminho?????? Eu tenho um 307 e nunca reparei na serra! Lá inspirei duas vezes e lhe disse calmamente que era uma fila única. Creio que o sr. não percebia português, porque insistiu que cortei o caminho e o diabo a sete.
Fechei a janela, já não conseguia inspirar mais.
O curioso, e esta é a parte que não percebo, é que depois disto tudo, com duas bombas livres ao lado o sr manteve-se atrás de mim enquanto eu punha gasoleo. Então e a pressa, e o blá, blá, blá?
Definitivamente, não percebo as pessoas. Não percebo os estranhos e percebi que também não percebo os conhecidos(mas nem por isso menos "estranhos"). Mas isso já é pano para outras mangas num outro post.
Cada vez percebo menos (e cada vez ponho menos esforço nessa tarefa!)
Eu sei que segunda de manhã é complicado, mas é complicado para todos... vamos lá a ter um pouco de paciência.
Depois da correria do costume da manhã, que hoje teve a bonita variante "Mãe não posso fazer nada sem primeiro ter os meus brincos!", depois de despachada a diaba da Tasmânia, fui por gasoleo (já corria o risco de ficar alegremente parada na IC17)e eis se não quando um sr que tentava desesperadamente passar à minha frente, sai do carro e vem dizer que lhe cortei o caminho. Ora bem, cortar o caminho?????? Eu tenho um 307 e nunca reparei na serra! Lá inspirei duas vezes e lhe disse calmamente que era uma fila única. Creio que o sr. não percebia português, porque insistiu que cortei o caminho e o diabo a sete.
Fechei a janela, já não conseguia inspirar mais.
O curioso, e esta é a parte que não percebo, é que depois disto tudo, com duas bombas livres ao lado o sr manteve-se atrás de mim enquanto eu punha gasoleo. Então e a pressa, e o blá, blá, blá?
Definitivamente, não percebo as pessoas. Não percebo os estranhos e percebi que também não percebo os conhecidos(mas nem por isso menos "estranhos"). Mas isso já é pano para outras mangas num outro post.
terça-feira, 6 de maio de 2008
Margaridas
Sábado à noite e jantar com amigos. O telemóvel sem bateria, pela primeira vez num ano e três meses, num sábado, o telefone sem bateria.
Estava tudo bem, ambiente descontraído, risos e barulhos de jantar. Tocou um telemóvel, de alguém muito próximo, não o meu, que estava sem bateria num sábado à noite.
A voz que diz "É para ti" e o coração que acelera, dispara num galope incontrolável.
" Estás a ouvir? Houve um acidente..." Dejá-vu!Não quero ouvir mais, ainda sei de cor o que vem a seguir, mas ouço,tudo até ao fim "ela morreu". Dejá-vu!
Dizem que deixei de ouvir e ver, não sei, não me lembro, só me lembro perder o controle e gritar surdamente "NÂOOOOOOOOOOOOOOOOOO". Este grito não se calou, continua repetidamente a sair.
Devíamos estar a jantar juntas. Falámos três vezes no dia anterior. Risos, cumplicidade só nossa nas conversas meias, nas nossas privates, só nossas. "Vá, não jantámos juntas, mas é por uma boa causa." dizias tu no primeiro telefonema, "Ok, vou ter contigo no domingo" respondi eu". E fui, mas já não eras tu, ou já não era eu, ou já não precisava de ir a lado nenhum para estar contigo.
Fazes-me falta! Sei que estás comigo porque te sinto mas como aprender a viver no silêncio onde antes houve tanta música?
Eras parte de um grupo, nesta compartição arrumada de categorias de amigos, e este grupo não sobreviveu bem a não estares. Fazias parte de muito mais no meu mundo, para além dessa categoria de origem, estavas em todas as outras.Iamos fazer tanta coisa e eu nunca cheguei a descer uma pista vermelha contigo.
Hoje vou-me sentar-me no chão ao teu lado, tenho novidades para te contar. Hoje vou-te levar margaridas porque tu gostas e vamos rir, as duas, com toda a vontade.
Nunca mais o telemóvel ficou sem bateria num sábado à noite.
"Stop all the clocks, cut off the telephone.
Prevent the dog from barking with a juicy bone.
Silence the pianos and with muffled drum
Bring out the coffin, let the mourners come.
Let aeroplanes circle moaning overhead
Scribbling on the sky the message He Is Dead.
Put crêpe bows round the white necks of the public doves,
Let the traffic policemen wear black cotton gloves.(...)
The stars are not wanted now: put out every one;
Pack up the moon and dismantle the sun;
Pour away the ocean and sweep up the wood;
For nothing now can ever come to any good."
Estava tudo bem, ambiente descontraído, risos e barulhos de jantar. Tocou um telemóvel, de alguém muito próximo, não o meu, que estava sem bateria num sábado à noite.
A voz que diz "É para ti" e o coração que acelera, dispara num galope incontrolável.
" Estás a ouvir? Houve um acidente..." Dejá-vu!Não quero ouvir mais, ainda sei de cor o que vem a seguir, mas ouço,tudo até ao fim "ela morreu". Dejá-vu!
Dizem que deixei de ouvir e ver, não sei, não me lembro, só me lembro perder o controle e gritar surdamente "NÂOOOOOOOOOOOOOOOOOO". Este grito não se calou, continua repetidamente a sair.
Devíamos estar a jantar juntas. Falámos três vezes no dia anterior. Risos, cumplicidade só nossa nas conversas meias, nas nossas privates, só nossas. "Vá, não jantámos juntas, mas é por uma boa causa." dizias tu no primeiro telefonema, "Ok, vou ter contigo no domingo" respondi eu". E fui, mas já não eras tu, ou já não era eu, ou já não precisava de ir a lado nenhum para estar contigo.
Fazes-me falta! Sei que estás comigo porque te sinto mas como aprender a viver no silêncio onde antes houve tanta música?
Eras parte de um grupo, nesta compartição arrumada de categorias de amigos, e este grupo não sobreviveu bem a não estares. Fazias parte de muito mais no meu mundo, para além dessa categoria de origem, estavas em todas as outras.Iamos fazer tanta coisa e eu nunca cheguei a descer uma pista vermelha contigo.
Hoje vou-me sentar-me no chão ao teu lado, tenho novidades para te contar. Hoje vou-te levar margaridas porque tu gostas e vamos rir, as duas, com toda a vontade.
Nunca mais o telemóvel ficou sem bateria num sábado à noite.
"Stop all the clocks, cut off the telephone.
Prevent the dog from barking with a juicy bone.
Silence the pianos and with muffled drum
Bring out the coffin, let the mourners come.
Let aeroplanes circle moaning overhead
Scribbling on the sky the message He Is Dead.
Put crêpe bows round the white necks of the public doves,
Let the traffic policemen wear black cotton gloves.(...)
The stars are not wanted now: put out every one;
Pack up the moon and dismantle the sun;
Pour away the ocean and sweep up the wood;
For nothing now can ever come to any good."
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Mãe
Enfiei-me na cama dela, logo pela manhã, em cadeirinha, ela enrolada no meu peito. Sabe bem...conforta a alma.
Acordei com a mão que faz festas e diz "Bom dia, querida mãe, hoje é o teu dia".
Transbordar... naquela alegria simples e inocente de quando nada mais é preciso para ser feliz.
Aprendi a amar incondicionalmente. Sei que é frase feita, corrente e banal, mas é mesmo assim! Por alguma razão é frase feita!
Aprendi a dar mais à minha própria mãe, a que me ensinou a respirar, a viver e a ser mãe.
Muitas vezes não sei bem o que ando a fazer! Tenho medo, muito medo, medo como nunca tive. Tenho medo de não ser capaz. Mas tento, tento todos os dias, tento muito.
Não olho para o futuro e penso "A minha filha vai ser médica!" ou qualquer coisa assim projectada para que nos ultrapassem na nossa vidinha, para que vivam os nossos sonhos, expectativas e frustações. Não me importa, quero que ela seja o que quiser (se bem que não fico confortável se ela decidir ser profissional da noite ou politica). Não penso isso, mas penso "A minha filha vai ser feliz!". E tento, tento dotá-la de espirito critico, de capacidade de decisão, tento que olhe a vida e beba tudo dela.
Sei que não a vou conseguir proteger de todos os males, nem quero! Quero que tenha uma vida normal, onde se inclui as desilusões, as frustações, as dores, as penas.
Por vezes, lá se ouvem as vozes de avós babados, cuja função é mimar até mais não poder, dizer que se calhar, coiso e tal, exijo um bocado demais dela, que só tem 4 anos, coitadinha, nos dias em que lhe digo no meio das birras a que não consigo dar a volta, que ela tem opção : ou continua na sua birra, ou percebe que há muito mais que se pode fazer e aproveitar do que perder tempo a chorar e espernear. Se calhar exijo demais, coitadinha só tem 4 anos , quando lhe digo para se sentar no sofá do quarto dela e pensar no que está a fazer quando tem acessos de raiva e de birras sem sentido. Quando olhamos para as nuvens e tentamos ver o que elas parecem e depois vamos ver os nomes cientificos delas (sim as nuvens tem nomes!) Se calhar... também me esqueço da minha idade quando rebolamos no chão, jogamos às escondidas, ou ando com ela nos escorregas sobre o olhar, dos restantes pais, que insiste em dizer que as minhas ancas já não cabem ali!
Amar com o coração fora do peito.
Dia da Mãe e o beijo que fecha a luz para que se durma com muito mais sentido.
Acordei com a mão que faz festas e diz "Bom dia, querida mãe, hoje é o teu dia".
Transbordar... naquela alegria simples e inocente de quando nada mais é preciso para ser feliz.
Aprendi a amar incondicionalmente. Sei que é frase feita, corrente e banal, mas é mesmo assim! Por alguma razão é frase feita!
Aprendi a dar mais à minha própria mãe, a que me ensinou a respirar, a viver e a ser mãe.
Muitas vezes não sei bem o que ando a fazer! Tenho medo, muito medo, medo como nunca tive. Tenho medo de não ser capaz. Mas tento, tento todos os dias, tento muito.
Não olho para o futuro e penso "A minha filha vai ser médica!" ou qualquer coisa assim projectada para que nos ultrapassem na nossa vidinha, para que vivam os nossos sonhos, expectativas e frustações. Não me importa, quero que ela seja o que quiser (se bem que não fico confortável se ela decidir ser profissional da noite ou politica). Não penso isso, mas penso "A minha filha vai ser feliz!". E tento, tento dotá-la de espirito critico, de capacidade de decisão, tento que olhe a vida e beba tudo dela.
Sei que não a vou conseguir proteger de todos os males, nem quero! Quero que tenha uma vida normal, onde se inclui as desilusões, as frustações, as dores, as penas.
Por vezes, lá se ouvem as vozes de avós babados, cuja função é mimar até mais não poder, dizer que se calhar, coiso e tal, exijo um bocado demais dela, que só tem 4 anos, coitadinha, nos dias em que lhe digo no meio das birras a que não consigo dar a volta, que ela tem opção : ou continua na sua birra, ou percebe que há muito mais que se pode fazer e aproveitar do que perder tempo a chorar e espernear. Se calhar exijo demais, coitadinha só tem 4 anos , quando lhe digo para se sentar no sofá do quarto dela e pensar no que está a fazer quando tem acessos de raiva e de birras sem sentido. Quando olhamos para as nuvens e tentamos ver o que elas parecem e depois vamos ver os nomes cientificos delas (sim as nuvens tem nomes!) Se calhar... também me esqueço da minha idade quando rebolamos no chão, jogamos às escondidas, ou ando com ela nos escorregas sobre o olhar, dos restantes pais, que insiste em dizer que as minhas ancas já não cabem ali!
Amar com o coração fora do peito.
Dia da Mãe e o beijo que fecha a luz para que se durma com muito mais sentido.
sexta-feira, 2 de maio de 2008
Que raiva!
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