quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

To an old friend

"Quero ser o teu amigo. Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias..."

Fernando Pessoa

É isto. Os olhos são os mesmos, brilhantemente os mesmos. Serão sempre.
Mas, às vezes, de olhos fechados somos mais livres, porque não estamos sempre a anteceder em que rocha pomos os pés e nesta “cegueira” descobrimos pontes onde voamos. É neste momento que existe o espaço onde tudo pode acontecer.
Vamos conceder umas férias à intranquilidade dos corpos e às formatações ancestrais.
Começamos de novo? Diz-me de que gostas tu?

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