quinta-feira, 14 de maio de 2009
Inhaling
Em miúda, com totós a baloiçar pensava no fogo dos dias, artificio a ribombar e explosões de cores, esferas, direitas à retina onde ficariam a descer até à tomada terra. Os totós permanecem You couldn´t be more wrong, darling! mas os sinais estão confusos Olha, faz só aquilo que te digo e ninguém sairá magoado, não chegues tão próximo do fogo que queima as asas e depois cais como Ícaro. Então o que faço com o dia que nasceu? Não estás a ouvir? Deixa-me acabar…Ouvir? Quero a leveza da promessa da aurora, quero as amoras quentes do dia de Verão, os pés enterrados na areia Não faças movimentos bruscos e ninguém sairá magoado, faz o que te digo Quero dançar em saltos loucos, atirar-me contra os ombros que riem na mesma batida, encher a minha boca de água fresca para depois depositar num beijo molhado a quem mo vier roubar faz o que te digo e don´t came any closer aproximar-me do abismo e olhar para ele desafiando-o com risos loucos, porque dali já vim em subida de recreio, ainda que faça doer o mundo a alegria de o abrir pela boca faz o que te digo, rende-te nessa guerra levantar lenços brancos metidos em mim até raiar pela boca o soluço que parta toda a cara em dois desfazendo as rugas em pele limpa Estás a misturar tudo, faz o que eu te digo e pára andar até cruzar tudo e amar como se aprendesse de toda a morte o nascimento, ingénuo, puro, a acreditar, a acreditar na vida toda que está para vir e que levará aos desejos de bolos de sonhos em postos longínquos Faz só o que te digo, fica quieta, e ninguém sairá magoado E quando tudo parecer perfeito ir mais além apanhando boleia na onda do respirar do mundo És louca e louca fechar sempre a porta atrás.
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1 comentário:
"Sim, faz o que eu te digo! Mas não faças o que eu faço, nunca... ou sairás magoado, como eu saí, por não fazer apenas o que tu dizes..."
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