Correr à velocidade do tempo. Correr com ele ou contra ele, num qualquer corrupio que obriga às voltas sobre nós, para apanhar um tempo que nunca está parado. O tempo não volta. Como a água por baixo de uma ponte e é necessário correr a favor dele, como se fosse uma maré que nos ajuda a chegar à praia.
Das saudades da Lua inconsciente nasce sempre, sempre, um qualquer sol, que permite a volta da areia com que se constrói castelos e mais castelos, com janelas manuelinas trabalhadas com os limos que se encontram por ali. Nunca a saudade valerá mais do que o momento da areia nos joelhos e do murmúrio leve nas costas queimadas. E mesmo assim valerá sempre tanto quando se ganhou o mundo, e não se perdeu a alma, nem a alma dos que passam, ficam ou vão, mas que marcaram. Desses fazer outros ou os mesmos numa outra forma, bonita, como um filme singelamente filmado em cenários de cor e música tocada por qualquer arcanjo com uma harpa dourada.
Desse dourado saem notas que enchem os ouvidos e a boca até se partir os olhos, um para mim, outro para ti, balançados na linha do infinito que promete não ser mais uma fronteira mas apenas um horizonte que ficou para trás quando se acelerou o carro à velocidade do tempo e o tempo não volta e a saudade será sempre boa de se ter porque se viveu.
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