No meio das conversas, saltando de assunto em assunto, que as conversas são comos as cerejas e vêm sempre aos pares, fixo os teus lábios e a vontade de me calar com os teus dedos, que deslizem até ao canto da minha boca, parando o tempo exacto para o abrir dos lábios, quentes de vontade de te saborear o indicador apontado à tua boca.
Sem gestos constrangidos mas com lento prazer, devagar pudor a ser despido em silêncios que ficaram acessos aos olhos mergulhados para dentro.
Sem retirar, a força, íman que puxa até colar, os dedos percorrendo um a um os pelos da tua barba, que parece farta, com leves ponteares de branco, prendendo as minhas rugas de expressão ao sorrir de estarmos na boca um do outro. Ai ficar até a vontade de saciar desejo de nos termos, fazer dobrar os joelhos para que lado a lado os dois corpos façam noite que se chame assim dentro da (i)moralidade do amor físico em pequenas dentadas de alma.
Darmos tudo num pacto de sangue e suor porque é de ti que as manhãs se enchem de folhas que nos tapam o sexo depois de não haver vergonha de nos fundirmos em todas as maneiras.
Foi um momento no momento de voltar à conversa, em forma de cerejas, para dizer adeus ou saber que não nos vamos encontrar nunca mais.
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