quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Open

Tenho a certeza que te vi ontem à noite. Eras tu que esperavas no cruzamento, enquanto eu limpava os vidros do embaciado preso durante anos por esperar que da boca aberta saísse o teu nome. Mas quando cheguei era apenas a sombra de um rapaz que vendia castanhas. Parecia maior porque estava em cima de um degrau.
Não há som que nos valha neste silêncio que pusemos no meio de nós!
Podíamos ser uma estrada aberta, sem meta à vista ou definida. Simplesmente a rolar.
Às vezes acontece-me. Vejo-te em cada espaço e até te sonho. Como ontem à noite. E no meio desta loucura insana do que poderíamos ser, houvesse espaço para nos colarmos um ao outro, i’m in the mood for love, e não quero arriscar enganar-me ao usar a lista telefónica. Podes, por favor dizer-me o teu nome?

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