Da Margem podia-se ver o infinito do mar, ao fundo. Finito na linha que cruzava o horizonte e que fazia parar o caudal, suave, na foz verde com rebordos de espuma branca.
Um gole de vinho, um cigarro acesso e no meio do fumo em espiral, o outro lado, com uma encosta qualquer, vulgar, sem nada que prenda os olhos. “ Por vezes, só temos de aceitar que é assim” .
Um gole de vinho e um cheiro, a fazer recordar outro. Perto ou distante. Memórias. Cheiros no ar, antes de entardecer.
“Deseja mais alguma coisa?” Muitos desejos. Silenciosos. Em bicos de pés para não fazer barulho. “É a conta. Obrigada”
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2 comentários:
Pois eu acho que a Miss F. devia pôr-se em bicos de pés, mas é de nariz empinado, em tique revolucionário de Mafalda, de megafone aos berros a vomitar esses desejos todos à Xordona Vida (essa p*** caprichosa de m****): Faz-te melhére, pá e "parte essa m**** toda" (com pronuncia de gangster-rasta da Amadora). E mai nada (mesmo sem o "s" no "mai")!
Ou então...deixa-te mesmo é decadente, espirituosa e indolente a comtemplar o Tejo do Margem, enquanto te enfardas com os folhados de brie com mel e nozes (não esquecer os brigadeiros e a bela carta de vinhos) :P
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