Peguei no calendário e contei. Amanhã é o segundo dia de "folga" em 27 dias!!!! Quer dizer...errrr, é o segundo dia sem ter de estar em nenhum dos empregos, porque na realidade o programita já está feito: manhã armada em sopeira com limpezas do chiqueiro, também conhecido por casa, à tarde cinema com a Diaba da Tasmânia (Madagascar, ai vamos nós!) e depois jantareco cá em casa com os Amiguitos (que preciso de mimos e conversas sérias/tolas). Uffaaa!
Acho que devia ter aceite o convite e ter ido ver nevar em Milão....sempre descansava mais :)
domingo, 30 de novembro de 2008
O que??
Hoje, no emprego nº 1, foi dia de Olimpiadas da Física. Cientistas malucos a falarem de física. Não percebi um boi do que diziam, mas devia ser divertidíssimo... eles fartavam-se de rir!
sábado, 29 de novembro de 2008
Previsões
Não há quem consiga resistir à tentação de folhear revistinhas femininas. Num momento de pausa lá estava eu e uma colega a rir sobre todas as dicas, artigos de anjos protectores, traições e tudo o que demais se escreve repetidamente nessas revistas. Até que... o assunto ficou "sério": Previsões para 2009! E que ano fantástico vou ter. Confirmações no campo profissional, realização de projectos (com Viv'Alma???) e entrada de dinheiro sobretudo no último trimestre. No campo pessoal, parece que vou continuar a minha mania de "embelezar" o mundo (juro que está lá isto!) e já estou a ver a trabalheira que vou ter a por tudo com cortinadinhos e tapetitos a condizer. O campo amoroso estará em grande. Dizem eles que, finalmente, "o amor e a paixão vão andar de mão dada" e que 2009 será o ano da concretização "da relação". Ó pá, tou capaz de chorar de emoção. É que já vi o novo ano ali à espreita, prontinho para entrar, e se é mesmo verdade que vai ser assim, que venha ele que mal posso esperar!
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Vicios
Confesso que já é um vicio. Faz-me falta, entro em ressaca, começo com deliriums! Sou capaz de roubar por um soco! Pergunto a toda a gente se não me pode dar um bocadinho de body combat... enfim, já perceberam a cena, né?
O engraçado é que não sou a única. Hoje, reparem bem, hoje, ultimo dia útil, consegui ir a uma aula. Atrasada, já equipada, com ligaduras amarelas e tudo, entrei no elevador e encontrei um coleguita do outro ginásio e das aulas de body. Dizia ele "Pois eu tirei férias, mas ja estou a sentir a falta de combater!". Jorgito, rapaz, a malta entende-te e está contigo!
Faz-me falta baixar a viseira, apontar e pumba! Faz-me falta o puxarem por nós até perdermos a noção que é uma aula e podermos libertar tudo. Claro que isto só é possível com aquele "grande" campeão da arenas. Ele cresce, em tamanho e alucinação. "Como é que é? É só isso?" Não, não é. Para ti, toma lá um jab bem aviado. Ele é mesmo o maior! :)
Faz-me falta. Solto-me, deixo-me ir, e adoro esta sensação de cansaço no final da aula. Faz-me falta para deixar "destilar" tudo o que me amargura e me prende.
É disto que falo
O engraçado é que não sou a única. Hoje, reparem bem, hoje, ultimo dia útil, consegui ir a uma aula. Atrasada, já equipada, com ligaduras amarelas e tudo, entrei no elevador e encontrei um coleguita do outro ginásio e das aulas de body. Dizia ele "Pois eu tirei férias, mas ja estou a sentir a falta de combater!". Jorgito, rapaz, a malta entende-te e está contigo!
Faz-me falta baixar a viseira, apontar e pumba! Faz-me falta o puxarem por nós até perdermos a noção que é uma aula e podermos libertar tudo. Claro que isto só é possível com aquele "grande" campeão da arenas. Ele cresce, em tamanho e alucinação. "Como é que é? É só isso?" Não, não é. Para ti, toma lá um jab bem aviado. Ele é mesmo o maior! :)
Faz-me falta. Solto-me, deixo-me ir, e adoro esta sensação de cansaço no final da aula. Faz-me falta para deixar "destilar" tudo o que me amargura e me prende.
É disto que falo
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Slide VII
“Faz-me o favor de não dizer absolutamente nada!
Supor o que dirá a tua boca velada
é ouvir-te já.(…).
Não digas nada. Sê
Alma do corpo nu
Que do espelho se vê."
Mário Cesariny
Supor o que dirá a tua boca velada
é ouvir-te já.(…).
Não digas nada. Sê
Alma do corpo nu
Que do espelho se vê."
Mário Cesariny
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Slide V
Palavras. Já foram ditas, queridas, gritadas, sentidas.
Já foram a profunda ilusão/certeza que sim! O saber que sim, numa linha ao fundo.
"Para sempre". Cheias do que eram.
Palavras. Já foram ditas, bombardeadas, destruidoras. Arrancaram a pele, a alma, os cantos e recantos.
No ar, todo o corpo rodopiou para o abismo. Vazio. Sem identidade, sem luz.
"Para nunca". Fodidas
"Para quando".
Palavras e mais palavras, atiradas em escadas, forma de caracol de saudade.
Palavras. Só palavras.
E tudo a pedir mais que simples palavras. A pedir que tomem forma no meu corpo sem coração.
Porque " Eu não tenho a certeza, se tu és a alegria ou se és a tristeza. Meu amor, meu amor, eu não tenho a certeza."
Já foram a profunda ilusão/certeza que sim! O saber que sim, numa linha ao fundo.
"Para sempre". Cheias do que eram.
Palavras. Já foram ditas, bombardeadas, destruidoras. Arrancaram a pele, a alma, os cantos e recantos.
No ar, todo o corpo rodopiou para o abismo. Vazio. Sem identidade, sem luz.
"Para nunca". Fodidas
E o estilhaço, permanente, encaixado por baixo do peito esquerdo.
Palavras. Ansiadas, esperadas, suspensas.
"Para quando".
Palavras e mais palavras, atiradas em escadas, forma de caracol de saudade.
Palavras. Só palavras.
E tudo a pedir mais que simples palavras. A pedir que tomem forma no meu corpo sem coração.
Porque " Eu não tenho a certeza, se tu és a alegria ou se és a tristeza. Meu amor, meu amor, eu não tenho a certeza."
Slide III
Hoje sonhei contigo. Talvez porque adormeci com a vontade tatuada, espalhada no meu corpo. Porque me apetecia os teus braços. Porque me apetecia estar em cadeirinha e que o teu calor me aquecesse. Hoje sonhei contigo. Até aqui nada de novo. Sonho frequentemente contigo. A construção de um universo paralelo, segunda vida, onde estamos no mais simples e ordinário do quotidiano. Cenários "normais". À noite vivo outra/minha vida. Não me perguntes o que sonhei. Não sei. Mas lembro-me da sensação de luz, risos e calor. Quis abrir os olhos para os teus. Os teus olhos onde perco os meus. Mas quando os abri, tu não estavas. Como sempre. O sol estava lá fora, mas o frio ficou no acordar.
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Slide II
" Como eu queria poder transformar os teus dias e fazê-los diferentes.
Como eu queria que as horas fossem especiais
e cada minuto bebido num lento degustar das coisas boas.
Como eu queria desatar os teus nós
que são mágoas feitas pedra e cal.
Como eu queria ajudar-te a empurrar essas portas,
que teimam em estar entreabertas, e não te permitem o novo caminho.
Como eu queria murmurar "Nunca estarás só, porque estou aqui"
e dizer-te que, neste egoísmo autista, a minha vida ganha mais cor contigo.
Como eu queria colorir a tua também.
Como eu queria encher os teus olhos de simples luz,
quando a escuridão dos fantasmas te leva o sorriso.
Como eu queria poder mostrar-te que há sempre uma nova chance,
um novo começo,
uma nova vida.
Como eu queria..."
Como eu queria que as horas fossem especiais
e cada minuto bebido num lento degustar das coisas boas.
Como eu queria desatar os teus nós
que são mágoas feitas pedra e cal.
Como eu queria ajudar-te a empurrar essas portas,
que teimam em estar entreabertas, e não te permitem o novo caminho.
Como eu queria murmurar "Nunca estarás só, porque estou aqui"
e dizer-te que, neste egoísmo autista, a minha vida ganha mais cor contigo.
Como eu queria colorir a tua também.
Como eu queria encher os teus olhos de simples luz,
quando a escuridão dos fantasmas te leva o sorriso.
Como eu queria poder mostrar-te que há sempre uma nova chance,
um novo começo,
uma nova vida.
Como eu queria..."
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Confidência
"Diz o meu nome
pronuncia-o
como se as sílabas te queimassem os lábios
sopra-o com a suavidade
de uma confidência
para que o escuro apeteça
para que se desatem os teus cabelos
para que aconteça
Porque eu cresço para ti
sou eu dentro de ti
que bebe a última gota
e te conduzo a um lugar
sem tempo nem contorno
Porque apenas para os teus olhos
sou gesto e cor
e dentro de ti
me recolho ferido
exausto dos combates
em que a mim próprio me venci
Porque a minha mão infatigável
procura o interior e o avesso
da aparência
porque o tempo em que vivo
morre de ser ontem
e é urgente inventar
outra maneira de navegar
outro rumo outro pulsar
para dar esperança aos portos
que aguardam pensativos
No húmido centro da noite
diz o meu nome
como se eu te fosse estranho
como se fosse intruso
para que eu mesmo me desconheça
e me sobressalte
quando suavemente
pronunciares o meu nome"
Mia Couto
pronuncia-o
como se as sílabas te queimassem os lábios
sopra-o com a suavidade
de uma confidência
para que o escuro apeteça
para que se desatem os teus cabelos
para que aconteça
Porque eu cresço para ti
sou eu dentro de ti
que bebe a última gota
e te conduzo a um lugar
sem tempo nem contorno
Porque apenas para os teus olhos
sou gesto e cor
e dentro de ti
me recolho ferido
exausto dos combates
em que a mim próprio me venci
Porque a minha mão infatigável
procura o interior e o avesso
da aparência
porque o tempo em que vivo
morre de ser ontem
e é urgente inventar
outra maneira de navegar
outro rumo outro pulsar
para dar esperança aos portos
que aguardam pensativos
No húmido centro da noite
diz o meu nome
como se eu te fosse estranho
como se fosse intruso
para que eu mesmo me desconheça
e me sobressalte
quando suavemente
pronunciares o meu nome"
Mia Couto
domingo, 23 de novembro de 2008
BBC Vida Selvagem
Depois de uma semana a combinar, à ultima tudo se "cortou". Eram os pés que não aguentavam, o espirito que estava cansado e regado do jantar e o chamamento da cama. Pronto... ok, fica para a próxima, mas eu, embalada pela vontade crescente, fiz o caminho para casa a pensar que se houvesse um lugarzinho para estacionar ia. O lugar apareceu sem ter de dar voltas e lá fui eu dançar um bocado. Saio algumas vezes sozinha. Se me apetece e há oportunidade, lá vou eu.
Entrei e já com a anca a bambolear fui direita ao bar buscar uma garrafita de água. Até aqui tudo bem. Depois disto só gostava que alguém me explicasse porque raio é que uma rapariga sozinha, a curtir a sua, é sempre confundida com "barraquinha de pedidos". "Dás-me um cigarro?", "Arranjas-me lume?", "Posso conhecer-te?", "Queres companhia?"... às duas primeiras perguntas a resposta foi positiva, a partir daí foi a debitar olhares mortiferos para todos os lados! E se for um rapaz sozinho? Também acontece isto? É pá, eu só quero estar na minha, eu a música e os meus cigarros!
Ou sou eu que já não estou habituada a este BBC Vida Selvagem? Haja pachorra! Ainda por cima, tenho acerteza que se algum dia me desse para esta "caçada" seria sempre the hunter e never the hunt!
Entrei e já com a anca a bambolear fui direita ao bar buscar uma garrafita de água. Até aqui tudo bem. Depois disto só gostava que alguém me explicasse porque raio é que uma rapariga sozinha, a curtir a sua, é sempre confundida com "barraquinha de pedidos". "Dás-me um cigarro?", "Arranjas-me lume?", "Posso conhecer-te?", "Queres companhia?"... às duas primeiras perguntas a resposta foi positiva, a partir daí foi a debitar olhares mortiferos para todos os lados! E se for um rapaz sozinho? Também acontece isto? É pá, eu só quero estar na minha, eu a música e os meus cigarros!
Ou sou eu que já não estou habituada a este BBC Vida Selvagem? Haja pachorra! Ainda por cima, tenho acerteza que se algum dia me desse para esta "caçada" seria sempre the hunter e never the hunt!
sábado, 22 de novembro de 2008
Festivais de Musica
O Super Rock em Stock vai acontecer já nos próximos dias 3 e 4 de Dezembro, em cinco salas diferentes. Cinema São Jorge, Teatro Tivoli, Teatro de Variedades do Parque Mayer e o Cabaret Maxime. Avenida da Liberdade acima, Avenida abaixo e uma data de bandas. Musica boa! Entre portugueses e estrangeiros, a minha atenção vai para El Perro del Mar, Santogold, The Walkmen, Likke Ly e os portuguesíssimos Deolinda, X-Wife e o "tão nosso" Rui Reininho.
Dois dias com um programa bem recheado. Merece a pena!
Cá vai um cheirinho
Likke Ly- Litlle Bit
The Walkmen- The Rat
El Perro Del Mar - God Knows (You Gotta give to get)
Dois dias com um programa bem recheado. Merece a pena!
Cá vai um cheirinho
Likke Ly- Litlle Bit
The Walkmen- The Rat
El Perro Del Mar - God Knows (You Gotta give to get)
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Palavras
"Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,
como um cego.
Talvez consumirá a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,
nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor,
a sangue e fogo."
Pablo Neruda
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,
como um cego.
Talvez consumirá a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,
nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor,
a sangue e fogo."
Pablo Neruda
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Psiuuu, S, esta é para ti. Quem é amiguinha????
I'm a new soul.
I came to this strange world
hoping I could learn a bit ‘bout
how to give and take.
But since I came here
felt the joy and the fear
finding myself making
every possible mistake.
la-la-la-la-la-la-la-la...
la-la-la-la-la-la-la-la...
I'm a young soul
in this very strange world
hoping I could learn a bit ‘bout
what is true and FAKE.
But why all this hate?
Try to communicate.
Finding trust and love
is not always easy to make.
la-la-la-la-la-la-la-la...
la-la-la-la-la-la-la-la...
ooh
This is a happy end.
'course you don't understand.
Everything you have done......
why's everything so wrong?
This is a happy end.
Come and give me your hand.
I'll take you far away.
I'm a new soul
I came to this strange world
hoping I could learn a bit ‘bout
how to give and take
But since I came here
felt the joy and the fear
finding myself making
every possible mistake.
I feel so...
in this very strange world
making every possible mistake
possible mistake
every possible mistake
oh mistakes
mistakes, mistakes, mistakes, mistakes, oh mistakes
la-la-la-la-la-la-la-la...
la-la-la-la-la-la-la-la-la-la....
Yael Naim-New Soul
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Tasmanices
Ai o ser mulher....
"-Mãe, sabes que na Primavera todos os animais se apaixonam? Até os coelhos! Eu quero que seja Primavera, também quero apaixonar-me..."
(Também eu, filha, também eu!)
Empreendorismo
"-Eu vi um senhor na televisão a fazer. Cortam-se as batatas, põe-se num caldeirão com azeite e já estão feitas as batatas fritas. Podíamos fazer e vender para as lojas. Assim ganhavamos dinheiro para tudo o que queremos."
(Claro! Como não me lembrei??? Vou já para o fogão!)
"-Mãe, sabes que na Primavera todos os animais se apaixonam? Até os coelhos! Eu quero que seja Primavera, também quero apaixonar-me..."
(Também eu, filha, também eu!)
Empreendorismo
"-Eu vi um senhor na televisão a fazer. Cortam-se as batatas, põe-se num caldeirão com azeite e já estão feitas as batatas fritas. Podíamos fazer e vender para as lojas. Assim ganhavamos dinheiro para tudo o que queremos."
(Claro! Como não me lembrei??? Vou já para o fogão!)
Estações
Há dias assim, que passam por todas as estações do ano. Como hoje, que começou Primavera e depois no meio da surpresa, contra tudo o que está instituído, veio uma chuvada e frio, muito frio. Inverno rigoroso que me deixou atónita por não ser já ou outra vez o seu tempo. Lentamente, começaram folhas a cair no chão, as andorinhas a ir embora e era Outuno. Já não estava tão frio mas ainda cinzento.
Como está tudo ao contrário, agora já é Verão e o sol faz-me rir quando aparece :)
Como está tudo ao contrário, agora já é Verão e o sol faz-me rir quando aparece :)
Slide I
" - Que fazes aqui, sozinha, nesta estrada?
- Espero que o vento, ou alguma força, me reboque do silêncio.
- Esperas? E se não vier?
- Deixo-me ficar. Já andei muito e tenho o espírito corcunda, uma dor de burro do tanto que andei e puxei. Independentemente das estações do ano, da crise económica, da fome, da abundância, fui touro cego a investir.
Agora espero, pela fragância a morango que marca sempre a infantil vontade."
- Espero que o vento, ou alguma força, me reboque do silêncio.
- Esperas? E se não vier?
- Deixo-me ficar. Já andei muito e tenho o espírito corcunda, uma dor de burro do tanto que andei e puxei. Independentemente das estações do ano, da crise económica, da fome, da abundância, fui touro cego a investir.
Agora espero, pela fragância a morango que marca sempre a infantil vontade."
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Band of Horses
Ganharam um prémio qualquer, de uma revista qualquer, como melhor grupo de 2008. Ouvi isto de manhã, sem nenhuma atenção à noticia (como se pode ler...). Assim que começaram a tocar lembrei-me que gosto deles. São meio lamechas e tal, mas mesmo assim gosto.
Band Of Horses - No One's Gonna Love You
Band Of Horses - No One's Gonna Love You
Colo do Pai
Ontem apetecia-me colo. Muito! Toquei à campainha e foi ele que me abriu a porta. Os cumprimentos do costume : "Estás boa?", "Sim, mas estou gelada".
Malas em cima da cama, casacos despidos, um "Olá, Mãe" com um beijo prolongado na face e correr para ele. Precisava mesmo. Sentar-me no seu colo, enrolada, aninhada, mãos fechadas no peito e todo o corpo a relaxar. Os resmungos "Olha que já és pesada!" e o pedido "só um bocadinho que quero mimo!". Deixar-me ficar, com a mão sobre os meus ombros e só ficar. Menina, protegida, mimada. De novo a infância, sem peso, sem culpas, desculpas, corre-corre e tem de ser. Ele ainda nos chama de miúdas e nós ainda o chamamos de Papá ou Paizinho.
Sempre gostei e precisei do colo dele. Sem palavras. Não que não falemos, pelo contrário, falamos tudo, sobre tudo e mais ainda. Somos iguais, temos sempre opinião e a algo a dizer. Por isso, também, discutimos muito, muito mesmo, mas o seu colo sempre foi paz.
Foi dia de colo e de agradecer toda a sorte que tenho por o ter comigo. Eu sei que tenho mesmo muita sorte neste amor desmesurado que temos e na presença contínua e forte.
Malas em cima da cama, casacos despidos, um "Olá, Mãe" com um beijo prolongado na face e correr para ele. Precisava mesmo. Sentar-me no seu colo, enrolada, aninhada, mãos fechadas no peito e todo o corpo a relaxar. Os resmungos "Olha que já és pesada!" e o pedido "só um bocadinho que quero mimo!". Deixar-me ficar, com a mão sobre os meus ombros e só ficar. Menina, protegida, mimada. De novo a infância, sem peso, sem culpas, desculpas, corre-corre e tem de ser. Ele ainda nos chama de miúdas e nós ainda o chamamos de Papá ou Paizinho.
Sempre gostei e precisei do colo dele. Sem palavras. Não que não falemos, pelo contrário, falamos tudo, sobre tudo e mais ainda. Somos iguais, temos sempre opinião e a algo a dizer. Por isso, também, discutimos muito, muito mesmo, mas o seu colo sempre foi paz.
Foi dia de colo e de agradecer toda a sorte que tenho por o ter comigo. Eu sei que tenho mesmo muita sorte neste amor desmesurado que temos e na presença contínua e forte.
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Live Unbuttoned
O tema principal desta campanha é o "desabotoar". A nós próprios. Libertarmo-nos de convenções, preconceitos, inibições.
Um botão, uma revelação. Sem mentiras. Sem mentiras...
Um botão, uma revelação. Sem mentiras. Sem mentiras...
Paixão
Estou apaixonada!
Ele é lindo! Bonito, alegre, delicado.
Envolve-me e protege-me!
O contacto na pele é explosivo e ele parece ser feito à minha medida. Para mim, só para mim.
Não consigo resistir....
Estou apaixonada por um casaco Roberto Cavalli que custa €4.ooo!
E que tal serem patrocinadores desta linda história de amor e surprenderem a miúda num qualquer jantar de Natal com o casaquinho?? Humm? Natal e tal, época de solidariedade, dávida ao próximo.
Deixo-vos com este pensamento... o de fazer alguém profundamente feliz numa história de amor.
Ele é lindo! Bonito, alegre, delicado.
Envolve-me e protege-me!
O contacto na pele é explosivo e ele parece ser feito à minha medida. Para mim, só para mim.
Não consigo resistir....
Estou apaixonada por um casaco Roberto Cavalli que custa €4.ooo!
E que tal serem patrocinadores desta linda história de amor e surprenderem a miúda num qualquer jantar de Natal com o casaquinho?? Humm? Natal e tal, época de solidariedade, dávida ao próximo.
Deixo-vos com este pensamento... o de fazer alguém profundamente feliz numa história de amor.
sábado, 8 de novembro de 2008
Peter Murphy
Que adoro música, toda a gente sabe, mas que ele é um dos meus preferidos, só sabem alguns.
Hoje deu-me saudades. Muitas. Daquelas que dão quando se gosta muito, quando, de repente, o tempo urge para ver, ouvir ou sentir. Quando parece que não pode passar nem mais um minuto. Saudades daquele gostar-sofá, confortável, confortável, confortável, onde aninhamos e fechamos os olhos em paz. É este o meu gostar de Peter Murphy e da sua música.
Hoje deu-me saudades e ouvi, em goles degustados, com um cigarro na mão e um sorriso.
Porque não pude ve-lo a semana passada no Coliseu e toda a semana me senti assim incompleta. Escolhi quatro para por aqui. Procurem as lyrics porque são lindas (basta fazer uma busca no google e encontram). Não são as minhas preferidas, essas guardo em segredo para os alguns que sabem desta paixão :)
Peter Murphy- Hit Song
Peter Murphy - I'll Fall With Your Knife
Peter Murphy- The Scarlet Thing in you
Peter Murphy - Cuts You Up
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
O que é português, também, é bom!
Há amores assim
Que nunca têm início
Muito menos têm fim
Na esquina de uma rua
Ou num banco de jardim
Quando menos esperamos
Há amores assim
Não demores tanto assim
Enquanto espero o céu azul
Cai a chuva sobre mim
Não me importo com mais nada
Se és direito ou o avesso
Se tu fores o meu final
Eu serei o teu começo
Não vou ganhar
Nem perder
Nem me lamentar
Estou pronta a saltar
De cabeça contra o mar
Não vou medir
Nem julgar
Eu quero arriscar
Tenho encontro marcado
Sem tempo nem lugar
Je t’aime j’adore
Um amor nunca se escolhe
Mas sei que vais reparar em mim
Yo te quiero tanto
E converso com o meu santo
Eu rezo e até peço em latim
Quando te encontrar sei que tudo se iluminará
Reconhecerei em ti meu amor, a minha eternidade
É que na verdade a saudade já me invade
Mesmo antes de te alcançar
É a sede que me mata
Ao sentir o rio abraçar o mar
Sem lágrima caída
Sou dona da minha vida
Sem nada mais nada
De bem com a vida
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Dias parvos
Há dias em que me sinto ridícula. Mais do que se usasse uma bandolete com orelhas de coelho em plena rua.
Sinto-me ridícula nesta minha insistente disponibilidade sorridente, em canduras e desculpas . Em prol de... em prol de...??
Sinto-me ridícula nesta maneira repetida de dar e mostrar e voltar a dar.
Em prol de...em prol de...??
Porque luto para que o dia-a-dia, mesquinho e pequenino, não me roube e me transforme em carcaça velha e oca. Porque essa é a maior luta. Não cair no amargo e descrente, não ceder !
Não tem nada a ver com self-pity, "ai coitadinha de mim que sou tão boazinha e querida...", não me revejo em nada disso, nem tenho pachorra para essas lamechices.
Mesmo assim, há dias em que me sinto ridícula!
Sinto-me ridícula nesta minha insistente disponibilidade sorridente, em canduras e desculpas . Em prol de... em prol de...??
Sinto-me ridícula nesta maneira repetida de dar e mostrar e voltar a dar.
Em prol de...em prol de...??
Porque luto para que o dia-a-dia, mesquinho e pequenino, não me roube e me transforme em carcaça velha e oca. Porque essa é a maior luta. Não cair no amargo e descrente, não ceder !
Não tem nada a ver com self-pity, "ai coitadinha de mim que sou tão boazinha e querida...", não me revejo em nada disso, nem tenho pachorra para essas lamechices.
Mesmo assim, há dias em que me sinto ridícula!
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Memórias
"Mariquinhas pé-de-salsa, piegas, bebé-chorão. Sou eu com o rigor do calendário. Hoje, a bolinha está à volta do dia. Uma data!
Mariquinhas pé-de-salsa, piegas, bebé chorão. Sou eu a lembrar-me, hora a hora, o calor do dia, os passos que se deram até chegar à escada. Subir? Descer? "the start a simple touch". O que nos levou à escada? O que levámos de lá? Outra vida e um sonho...
"tantas e tantas flores enleiam esse tempo,
aquele sol, que está para além de tudo o que é visível;
e assim o tempo escorre
no seu labirinto penugento e mátrio, numa rotação
de língua que nos saboreia"
Mariquinhas pé-de-salsa, piegas, bebé chorão. Sou eu na imensidão da loucura que foi sofrega no dia-a-dia, quando o tempo não cabia no tanto que se rodopiava, quando o pescoço esticava para dentro do outro. Dias gatunos que roubavam o que se era com o chicote punidor de outras vidas."We had a promise made, we were in love".
Mariquinhas pé-de-salsa, piegas, bebé chorão. Sou eu num dia que é a chegada de um outro dia, deixando para trás o que se sente de Vazio... como uma embalagem de correio de porte pago insuflada a bolhas de ar, mas vazia por dentro, quando se sabe que o "Amor" foi, é, Cheio e se faz de minusculas coisas todos os dias.
"Agora o tempo pára, pára um pouco,
e um assassino mata e transforma-se noutro
e um ai de amor ficou suspenso
um pouco eterno na memória"
Mariquinhas pé-de-salsa, piegas, bebé chorão, sou eu com o calendário da minha vida."
Texto escrito a 04 de Abril de 2008
Mariquinhas pé-de-salsa, piegas, bebé chorão. Sou eu a lembrar-me, hora a hora, o calor do dia, os passos que se deram até chegar à escada. Subir? Descer? "the start a simple touch". O que nos levou à escada? O que levámos de lá? Outra vida e um sonho...
"tantas e tantas flores enleiam esse tempo,
aquele sol, que está para além de tudo o que é visível;
e assim o tempo escorre
no seu labirinto penugento e mátrio, numa rotação
de língua que nos saboreia"
Mariquinhas pé-de-salsa, piegas, bebé chorão. Sou eu na imensidão da loucura que foi sofrega no dia-a-dia, quando o tempo não cabia no tanto que se rodopiava, quando o pescoço esticava para dentro do outro. Dias gatunos que roubavam o que se era com o chicote punidor de outras vidas."We had a promise made, we were in love".
Mariquinhas pé-de-salsa, piegas, bebé chorão. Sou eu num dia que é a chegada de um outro dia, deixando para trás o que se sente de Vazio... como uma embalagem de correio de porte pago insuflada a bolhas de ar, mas vazia por dentro, quando se sabe que o "Amor" foi, é, Cheio e se faz de minusculas coisas todos os dias.
"Agora o tempo pára, pára um pouco,
e um assassino mata e transforma-se noutro
e um ai de amor ficou suspenso
um pouco eterno na memória"
Mariquinhas pé-de-salsa, piegas, bebé chorão, sou eu com o calendário da minha vida."
Texto escrito a 04 de Abril de 2008
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Song to the Siren
On the floating, shapeless oceans
I did all my best to smile
til your singing eyes and fingers
drew me loving into your eyes.
And you sang "Sail to me, sail to me;
Let me enfold you."
Here I am, here I am waiting to hold you.
Did I dream you dreamed about me?
Were you here when I was full sail?
Now my foolish boat is leaning, broken love lost on your rocks.
For you sang, "Touch me not, touch me not, come back tomorrow."
Oh my heart, oh my heart shies from the sorrow.
I'm as puzzled as a newborn child.
I'm as riddled as the tide.
Should I stand amid the breakers?
Or shall I lie with death my bride?
Hear me sing: "Swim to me, swim to me, let me enfold you."
"Here I am. Here I am, waiting to hold you."
domingo, 2 de novembro de 2008
Martin&Thomas
No meio da praça central, espreitada pelo castelo que do alto se impõe, a entrada. Dois degraus, discretos, pequenos, abrem o caminho ladrilhado de preto e branco, num jogo de xadrez. Reis e Rainhas avançam.
O primeiro impacto. Os sentidos que despertam, num pequeno choque. À esquerda, o pecado da gula. Delicada pastelaria, ornamentada de chocolate, fios de caramelo, doces tentares. Atrás o pão. Sem estar só. Vem com as sementes, as azeitonas, recheia-se de farinheira. Ao pão, a Ode de Pablo Neruda, escrita a preto contra o branco da parede : "... o pão de cada boca, de cada homem/em cada dia chegará/ porque fomos semeá-lo e fazê-lo/ não para um homem, mas para todos. (...).
Sentem-se os cheiros, e a alma renasce a cada visão, a cada sensação.
Um passo mais e prateleiras de ferro forjado e madeira mostram grandes latas antigas que guardam odores, paladares, ervas e tisanas. Chá, delicado, tratado com reverência. Misturas como chá preto com bergamota e flores de laranjeira a que se juntam pequenos bombons de chocolate que se derretem no contacto com a àgua a ferver. Para levar, embrulhados em laços vermelhos.
Subimos e no cimo, grandes janelas deixam entrar a luz que bate nas traves de madeira e inuda a sala.
Dificuldade na escolha, porque os olhos tudo querem, para uma só barriga.
O sorriso a acompanhar o pedido e a partilha dos sabores. Sopa escrita em creme fraiche, numa cama de legumes passados e os velhos sabores com novas apresentações. Misturam-se rúculas, alfaces, queijos e doces de abobora com legumes assados e salteados. Finas fatias de carne cobrem pão torrado com um fio de azeite e cama de legumes.
Um brinde, do norte, em cascos de carvalho estagiado e o bem estar profundo.
A música, numa versão misturada e calma , a perguntar "Did i leave a bad taste in your mouth?" .
E tudo ali a deixar um very good taste.
Na mesa, individualmente, para cada um que se sente ali, um desejo de Bom Natal, com um beijinho de ternura da Martin&Thomas.
O tempo passou e foi pouco, mas foi como se fosse muito no tanto que se aqueceu a alma e o estômago.
P.S- Sr. Peter Pan, quando voce ganhar o Euromilhões e me puser a "render" é uma loja Gourmet assim que eu quero para que me deleite com o prazer dos outros!
O primeiro impacto. Os sentidos que despertam, num pequeno choque. À esquerda, o pecado da gula. Delicada pastelaria, ornamentada de chocolate, fios de caramelo, doces tentares. Atrás o pão. Sem estar só. Vem com as sementes, as azeitonas, recheia-se de farinheira. Ao pão, a Ode de Pablo Neruda, escrita a preto contra o branco da parede : "... o pão de cada boca, de cada homem/em cada dia chegará/ porque fomos semeá-lo e fazê-lo/ não para um homem, mas para todos. (...).
Sentem-se os cheiros, e a alma renasce a cada visão, a cada sensação.
Um passo mais e prateleiras de ferro forjado e madeira mostram grandes latas antigas que guardam odores, paladares, ervas e tisanas. Chá, delicado, tratado com reverência. Misturas como chá preto com bergamota e flores de laranjeira a que se juntam pequenos bombons de chocolate que se derretem no contacto com a àgua a ferver. Para levar, embrulhados em laços vermelhos.
Subimos e no cimo, grandes janelas deixam entrar a luz que bate nas traves de madeira e inuda a sala.
Dificuldade na escolha, porque os olhos tudo querem, para uma só barriga.
O sorriso a acompanhar o pedido e a partilha dos sabores. Sopa escrita em creme fraiche, numa cama de legumes passados e os velhos sabores com novas apresentações. Misturam-se rúculas, alfaces, queijos e doces de abobora com legumes assados e salteados. Finas fatias de carne cobrem pão torrado com um fio de azeite e cama de legumes.
Um brinde, do norte, em cascos de carvalho estagiado e o bem estar profundo.
A música, numa versão misturada e calma , a perguntar "Did i leave a bad taste in your mouth?" .
E tudo ali a deixar um very good taste.
Na mesa, individualmente, para cada um que se sente ali, um desejo de Bom Natal, com um beijinho de ternura da Martin&Thomas.
O tempo passou e foi pouco, mas foi como se fosse muito no tanto que se aqueceu a alma e o estômago.
P.S- Sr. Peter Pan, quando voce ganhar o Euromilhões e me puser a "render" é uma loja Gourmet assim que eu quero para que me deleite com o prazer dos outros!
Subscrever:
Mensagens (Atom)