Ana gostava de princípios. Não dos finais. Os finais eram, dizia, pontos que se tinham enganado na conjugação da oração.
Ana gostava dos princípios, do acordado desassossego “que giro uma novidade “ atropelada pela realidade que vem nos jornais, no degelo dos dias, nas ruas onde se cruzam pernas a caminhar para os transportes públicos.
Um certo encanto nos sorrisos e conversas em esplanadas solarengas com copos altos de sumo natural e o cheirar tão bem como a café acabado de fazer.
O calor crescente nos copos e nas vontades, num complemento directo em subtis futuros indirectos, caminhando pela cidades, mãos nos bolsos um do outro.
Ana gostava destes princípios, e eram sempre assim. Os mesmos sintomas, os mesmos sinais, os mesmos medos que levavam a correr de si e a voltar, em cada esquina, a tropeçar nos lancis dos passeios e a cair de cara.
Olhava à volta, ninguém tinha visto e levantava-se a correr, alisando a saia e ajeitando o cabelo, desejando não vissem que chorava sempre. Por isso não gostava dos finais.
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