Gostava de ser uma verdadeira Mata-Hari, um Sherlock de cachimbo ou mesmo uma invisivel sombra.
Seguiria todos os teus passos e descobriria os teus segredos, um por um.
De pista em pista, hoje um livro, amanhã uma música, todos os dias os gestos repetidos, ia construindo o puzzle de que és feito.
Iria vestir-me de menina da TV Cabo e faria , no umbral de tua casa, um inquérito extensivo enrolado de perfil de consumidor para saber dos teus olhos frente a monitores.
Se calhar, interpelava-te na rua e perguntaria dos hábitos de consumo, à porta de um supermercado, só para saber de que compras se enchem a tua despensa e tu como armário.
Não tenhas dúvidas que, mestre na subtil perseguição, saberia as horas a que te levantas e te deitas e como gastas o tempo intermédio. Não que queira vigiar por onde andas, mas porque importa muito conhecer cada bocado de ti no mundo exterior.
Com toques misturados de ciência, seria a pequena cápsula, nano, que engolirias sem dar por isso.
Das tuas entranhas faria mar, à laia de portuguesa dos descobrimentos, até parar no coração e aí descortinar de que câmaras estás cheio.
A ligeira dor de cabeça, vertigem, que sentirias, seria eu que tinha seguido viagem até do lóbulo frontal fazer escala para todo o emaranhado do teu cérebro.
Era assim que te queria conhecer, por dentro e por fora, todos os milímetros do teu ser e assim descobrir-me eternamente apaixonada pela verdadeira cor do teu cabelo.
terça-feira, 13 de outubro de 2009
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1 comentário:
É assim que tu me conheces.
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