sexta-feira, 4 de julho de 2008

Num sítio qualquer

"Olhar para a frente sem saber o que vai ser de nós. Olhar para trás sem nada poder reviver, corrigir, emendar sequer. Não conseguir fixar o presente, bom ou mau, tanto faz, o presente não será mais. Sentir-se transportado para a frente e depois para trás, ficar tonto,prestes a cair sem ter mão no que pensar.
Levantar, andar, voltar e depois parar num mesmo sitio, sempre diferente. Desistir, recomeçar, deixar cair, agarrar por momentos e depois abandonar.
Sentir-se feliz,absolutamente feliz e logo depois desesperar, sem esperança alguma de voltar a acreditar e depois voltar a acreditar e sentir a felicidade, aos poucos, a voltar."
Pedro Paixão

Não estava à procura mas encontrei as palavras. Retratos. Tatuagens no tempo. Novas.
Encontrei-as. Escritas na parede. Papel não gasto.De ontem e de hoje. É este o segredo, como o do cuscuz.

1 comentário:

Anónimo disse...

Fui ver. É esse o sabor... que a vida não pára. Empurra-nos para a frente. Sempre. Quando paramos, a recuperar forças, lá podemos olhar um pouquinho para trás, para o que fomos, para o que vivemos. E depois, novamente para a frente... E neste percurso, apenas duas certezas: que a família e os amigos nos enchem e que a vida é uma frágil linha na qual nos equilibramos. Este é o meu cuscuz.