quarta-feira, 30 de julho de 2008

Irmandades

Minha linda (sim tu,tu mesmo, a gaija do comentário)
Não fiques aborrecida comigo. Não fica?
Que queres? Habituei-me a ser assim. Já sabes que não sei amar :). Sabes, é engraçado que ele tambem se queixa do mesmo, está sempre a dizer que faço e resolvo tudo sozinha e nunca peço ajuda, mas foi ele que toda a vida me disse Sê independente, toma as tuas decisões por ti! e agora faz beicinho...
Não é por achar que devo estar orgulhosamente só, aguentar-me que nem martir. Não acredito em nada disso, não somos ilhas e precisamos dos outros. Também não é por é pá, os outros já tem os problemas deles , não tenha essa grandeza de espírito.
Percebo-te perfeitamente. Detesto pensar que alguém querido pode estar menos bem e eu não estou ao lado. Tira o sentido à vida. Às vezes tenho esse sentimento de culpa contigo. Imersa nos meus probleminhas, no meu corre-corre, esqueço-me que se a minha vida deu uma volta a tua está em constante rodopio. Quantas vezes abriste tu a comporta e eu não estive lá? Só estar, sem dizer nada.
Em ti, tenho absoluta e cega confiança. Basta existires. Basta eu saber que se olhares nos meus olhos sabes. Conheces-me, dou-me a ti sem qualquer reserva (depois de ultrapassados os cheiros, só podia ser assim ;) ). Sei que se gritar, seja porque razão for, tu ouves. E sei isso tão profundamente...
Naquele dia, mesmo que não te tenha dito, foste o balsamo calmante. Já tinha chorado, e tu limpaste o que restava de lágrimas com o há em preto e verde. Não preciso de te pedir, tu és um abrigo. Porque existes em mim.
Um beijo muito grande (menos nos pés, ainda que soberbamente calçados por umas Fly London).

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