sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Desafio

Primeiro o olhar. Olhos nos olhos. Para dentro. O peito a mostrar a batida mais forte. Desejo! As bocas que se curvam para dentro da outra, um beijo molhado. Línguas que exploram e se encontram. O olhar, olhos com fogo. Beijar a orelha, devagar, descendo pela curva do pescoço que se contrai num calafrio. E a língua que explora em pequenas descargas eléctricas. Mãos, passeiam pelo recorte dos ombros, param no peito e de repente a vontade que não se quer mais contida.
“Consegues sentir o meu desejo? ” pergunta ele enquanto leva a mão dela até ao membro viril que aponta a entrada. “Quero fazer amor contigo agora”, responde ela encostando a boca ao ouvido para que o sopro passe e mais uma vez o pescoço se contraia.

Lentamente ele puxa-a para a cama, para cima dele, as pernas que se cruzam, roçar o corpo em balanço leve, como uma dança ancestral.
Os corpos que sobem para que se tire a roupa. Brincar com os sentidos. Mãos e bocas que se confundem no mesmo espaço. A boca para no mamilo, leves mordidelas. Ela balança lentamente, quadris encaixados nos dele. Empurra-o e prende-lhe os braços descendo vertiginosamente até ao umbigo. Olha-o, provocando, enquanto desaperta a última barreira. Rodear, devagar, todo o ego dele e sentir a vontade a crescer. Ele puxa-a “Quero entrar em ti”. E entrar devagar, numa humidade quente que já ansiava por ser preenchida.
Possui-la docemente e um fluxo de ternura e desejo que vinha das entranhas, num estado de paixão.
Parar por um momento, túrgido e palpitante e depois recomeçar o movimento rítmico em contracções.
Pele, carne, dedos enterrados puxando-o para si pelo rabo. Depois ombros e forçá-lo até ao fundo. Olhos presos um no outro. Bocas sôfregas que mordem. Mais depressa.
Respirar ofegante cruzado com gotas de suor nos corpos que deslizam. Mais depressa. Ancas que balançam. “Quero ao mesmo tempo que tu”. Olhos nos olhos, dentro, perdidos, suplicantes por não aguentarem mais. “Então vamos”. Deixar vir todo o fluxo. Pernas à volta da cintura, apertando, apertando, num turbilhão de sensações que invadem a carne e deixam escapar pequenos gritos inconscientes num orgasmo perfeito de corpos fundidos. Cegos. Sentidos.
Ondas suaves que percorrem enquanto o coração volta ao normal e os corpos passam a dois.
Lado a lado, suados, bocas que sorriem. Olhos nos olhos. Quentes. E adormecem.

3 comentários:

Anónimo disse...

Gostava que esse desfio fosse para mim!!

Anónimo disse...

Mas não era, era para mim! :)
A qualidade que se impunha.

Ass: O Desafiado

P.S. - O calor chegou, misturado com flashes do passado...

Anónimo disse...

será que era???? não me parece