Diversos 1- Já há algum tempo que tinha "perdido" a chave do correio da antiga casa. Estava chateada com isto! Toda a gente que me escreve, normalmente a pedir dinheiro, continua a escrever para aquela morada. Além disso, tinha a nítida imagem de colocar a dita chave num porta chaves, supostamente no meu. Mas não estava lá, nem no meu, nem nos restantes porta chaves que andam lá por casa.
Este fim de semana a Amiga deixou as chaves de sua casa comigo. No meio delas, uma pequenina amarela, chama a minha atenção. Parece mesmo a chave que eu julgava perdida. Ontem fui experimentá-la e não é que é mesmo? Encontrei, encontrei, encontrei!
Só não sei o que pensar disto: ou a demência já chegou ao ponto de não retorno (por as nossas chaves num porta chaves de outra pessoa sem sabermos, não é sinal de lucidez!) ou então o sentimento de partilha já é tão grande que não importa quem tem as chaves! :)
Diversos 2- Entrei em casa e ouvi-o logo a chamar. Ele sabe que venho para o agradar. Assim que nos vemos enrolamo-nos. Mordisca-me os pés, beija-me o pescoço. A maneira como vem até mim é única...Consigo ver nos olhos dele a satisfação. No meio das carícias, crava-me as unhas nos lábios e comecei logo a sentir o sabor a sangue!
Raio do gato que não consegue fazer festas sem me arranhar!
(S. amiga, quando me quiseres proporcionar momentos destes, por favor, deixa lá um gato com 1,85 mt, 80 kg bem distribuídos e definidos e, de preferencia, moreno. Pode ser??? Sim? Sim?)
Diversos 3- Toca o telefone. É a mana, que num tom meio chateado, meio resignado diz "Fiquei sem bateria no carro. Podes vir ter comigo?". Claro que sim, mana linda, por ti vou a qualquer lado. Levo o carro e os cabos de bateria. Positivo com positivo, negativo com negativo e lá o carro começa a trabalhar. O pior é que não é da bateria e para fazermos uma distancia de 500 mt, tivemos de " dar choques electricos" ao carro por quatro vezes! Ao fim de uma hora lá conseguimos estacionar o moribundo. Está em coma e tenho a certeza que só sobreviverá com um transplante, mas pelo menos serviu para passar mais tempo com a mana :)
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Luminoso
“(...) Temos tempo de sobra.
Vou ressuscitar-te, assim poderás contar-me em sussurro o que fomos.
Eu poderei contar-te o que esqueci. Esta canção quase perdida na casa do nosso passado.
O sonho tem manchas de frutos sorvados no coração. Tem palpitações de sangue e de ilhas, de mares que se espreguiçam para dentro das cidades. E estas sobrevivem envoltas num véu de neblinas. Vemo-las tremeluzir no turvo crepúsculo das praias.
Que ponte levadiça trará de novo o desejo esquecido nos postos longínquos?”
Luminoso Afogado Al Berto
Vou ressuscitar-te, assim poderás contar-me em sussurro o que fomos.
Eu poderei contar-te o que esqueci. Esta canção quase perdida na casa do nosso passado.
O sonho tem manchas de frutos sorvados no coração. Tem palpitações de sangue e de ilhas, de mares que se espreguiçam para dentro das cidades. E estas sobrevivem envoltas num véu de neblinas. Vemo-las tremeluzir no turvo crepúsculo das praias.
Que ponte levadiça trará de novo o desejo esquecido nos postos longínquos?”
Luminoso Afogado Al Berto
Dueto
Iam pela estrada, noite fora. Não sabiam bem o caminho, mas quando olharam pela janela do carro perceberem que era por ali que tinham de ir. As luzes fortes piscavam, intermitentes. “Motel” e a vontade passou a ser contínua.
A porta fecha-se. Os corpos despem-se.
A cama redonda, por baixo do espelho que mostra um corpo em cima do outro. Lentamente, mãos que escorregam. Os lábios começam na boca. A língua entra e procura companhia.
O corpo faz de copo para o champanhe de boas vindas. Líquido que é sorvido em pequenos goles em mamilos tesos do frio e desejo. Escorre pela barriga. A língua acompanha o pequeno rio que desagua no triângulo já húmido e morno. Demora-se por lá em círculos que fazem nascer um gemido.
Trocam-se posições. Lento abocanhar do membro teso. Depois mais depressa.
As mãos empurram a cabeça para o movimento que se quer.
Os seios nus a roçarem a pele quando deslizam, enquanto os braços prendem na posição certa.
Ouvem-se gemidos do quarto ao lado. Uma mulher que grita “Mais” .
Na parede, o espelho que mostra o desejo crescido, dedos que enchem a cavidade com cio. Reflecte, também, as imagens de Vénus sintonizada na televisão. Descarada, pornográfica. Como o ambiente. Como eles e a vontade.
Penetra-a, fazendo-a cavalgar, roçando pernas. Ir e vir louco, as unhas cravadas na pele. Mãos que empurram e fazem força no peito dele. Bem fundo. A luz vermelha que ilumina por trás. A cama redonda a fazer rodar os corpos para outra posição, de lábios abertos, para o receber novamente. Fundo e forte. O quarto ao lado silencioso quando o grito anuncia o êxtase em loucura permitida deste quarto.
Ao lado da cama, uma cadeira. Erótica. A chamar para ser usada. No "Motel".
A porta fecha-se. Os corpos despem-se.
A cama redonda, por baixo do espelho que mostra um corpo em cima do outro. Lentamente, mãos que escorregam. Os lábios começam na boca. A língua entra e procura companhia.
O corpo faz de copo para o champanhe de boas vindas. Líquido que é sorvido em pequenos goles em mamilos tesos do frio e desejo. Escorre pela barriga. A língua acompanha o pequeno rio que desagua no triângulo já húmido e morno. Demora-se por lá em círculos que fazem nascer um gemido.
Trocam-se posições. Lento abocanhar do membro teso. Depois mais depressa.
As mãos empurram a cabeça para o movimento que se quer.
Os seios nus a roçarem a pele quando deslizam, enquanto os braços prendem na posição certa.
Ouvem-se gemidos do quarto ao lado. Uma mulher que grita “Mais” .
Na parede, o espelho que mostra o desejo crescido, dedos que enchem a cavidade com cio. Reflecte, também, as imagens de Vénus sintonizada na televisão. Descarada, pornográfica. Como o ambiente. Como eles e a vontade.
Penetra-a, fazendo-a cavalgar, roçando pernas. Ir e vir louco, as unhas cravadas na pele. Mãos que empurram e fazem força no peito dele. Bem fundo. A luz vermelha que ilumina por trás. A cama redonda a fazer rodar os corpos para outra posição, de lábios abertos, para o receber novamente. Fundo e forte. O quarto ao lado silencioso quando o grito anuncia o êxtase em loucura permitida deste quarto.
Ao lado da cama, uma cadeira. Erótica. A chamar para ser usada. No "Motel".
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Fé
Tive uma educação católica.
Lembro-me com 10 anos, influenciada pelas colegas da escola, pedir para ir para a catequese. E assim fui, e assim fiz até ao Crisma e até fui catequista (este é um texto sério, é favor não rir!).
Tive a sorte de ter dois "Pais de fé" fabulosos. Um, é o maior exemplo de humanismo que conheço. O sorriso sempre pronto, a disponibilidade para com os outros e com o mundo, o peito aberto a tudo.
O outro já não está connosco. Os nossos últimos tempos foram passados em muitos "passeios", como lhes chamavamos. O banco reclinado para trás e eu a conduzir muito devagarinho para que a quimioterapia não fizesse saltar o vómito cruel que o consumia.
Com eles aprendi uma fé que não tem a ver com pecados e labaredas do Inferno. Com eles aprendi a pensar e a sentir. Não diziam "é isto que está escrito, acredita". Diziam antes " o que pensas sobre isto". Com eles aprendi uma fé que fala de amor, de perdão, de dávida. Que fala na eterna fragilidade humana. Que fala no silêncio. Que fala em pegar ao colo quando as nossas pernas cedem ao cansaço.
Deste tempo ficaram, também, muitas das pessoas que me acompanham. Porque ali também era um espaço de encontro com a malta. De risos, de partilhas, de disparates. Éramos jovens e giros (inacessíveis, S.?).
Confesso-me afastada desta fé praticada. Católica não praticante, como se costuma dizer (como se isso fosse possível. É quase como dizer "sou fumador, mas não fumo, sou bailarino mas não danço"). Estou afastada dos templos, estou afastada de muitas das "normas", "regras", "ensinamentos".
Fui ensinada a questionar e a sentir e isso faz com que não consiga aceitar muita coisa. Faz com que não consiga resignar os ombros e dizer "Foi a Sua vontade".
E por isso, discuti com o Pai e bati a porta.
Mas acalmei. Não vou dizer que voltei, mas tenho a minha fé. A minha crença em algo mais forte que nós, numa energia maior. A minha crença naquilo que acredito serem ensinamentos de vida, o amor e o respeito ao próximo. Por isso a minha crença nas pessoas.
É a minha, não a imponho a ninguém. Sinto-me bem nela.
Neste Natal pensei muito nisto. Pensei, sobretudo, por causa da Diaba e do que lhe quero transmitir. É dificil lutar contra o Pai Natal e também não quero, mas eu a Diaba tivemos uma conversa muito gira sobre o porque de se dar presentes e o porque de se celebrar o Natal. Na versão católica. Na versão de que nasceu um menino muito amado a quem os Reis Magos ofereceram prendas. E ela achou a história muito gira. E eu fiquei contente.
Lembro-me com 10 anos, influenciada pelas colegas da escola, pedir para ir para a catequese. E assim fui, e assim fiz até ao Crisma e até fui catequista (este é um texto sério, é favor não rir!).
Tive a sorte de ter dois "Pais de fé" fabulosos. Um, é o maior exemplo de humanismo que conheço. O sorriso sempre pronto, a disponibilidade para com os outros e com o mundo, o peito aberto a tudo.
O outro já não está connosco. Os nossos últimos tempos foram passados em muitos "passeios", como lhes chamavamos. O banco reclinado para trás e eu a conduzir muito devagarinho para que a quimioterapia não fizesse saltar o vómito cruel que o consumia.
Com eles aprendi uma fé que não tem a ver com pecados e labaredas do Inferno. Com eles aprendi a pensar e a sentir. Não diziam "é isto que está escrito, acredita". Diziam antes " o que pensas sobre isto". Com eles aprendi uma fé que fala de amor, de perdão, de dávida. Que fala na eterna fragilidade humana. Que fala no silêncio. Que fala em pegar ao colo quando as nossas pernas cedem ao cansaço.
Deste tempo ficaram, também, muitas das pessoas que me acompanham. Porque ali também era um espaço de encontro com a malta. De risos, de partilhas, de disparates. Éramos jovens e giros (inacessíveis, S.?).
Confesso-me afastada desta fé praticada. Católica não praticante, como se costuma dizer (como se isso fosse possível. É quase como dizer "sou fumador, mas não fumo, sou bailarino mas não danço"). Estou afastada dos templos, estou afastada de muitas das "normas", "regras", "ensinamentos".
Fui ensinada a questionar e a sentir e isso faz com que não consiga aceitar muita coisa. Faz com que não consiga resignar os ombros e dizer "Foi a Sua vontade".
E por isso, discuti com o Pai e bati a porta.
Mas acalmei. Não vou dizer que voltei, mas tenho a minha fé. A minha crença em algo mais forte que nós, numa energia maior. A minha crença naquilo que acredito serem ensinamentos de vida, o amor e o respeito ao próximo. Por isso a minha crença nas pessoas.
É a minha, não a imponho a ninguém. Sinto-me bem nela.
Neste Natal pensei muito nisto. Pensei, sobretudo, por causa da Diaba e do que lhe quero transmitir. É dificil lutar contra o Pai Natal e também não quero, mas eu a Diaba tivemos uma conversa muito gira sobre o porque de se dar presentes e o porque de se celebrar o Natal. Na versão católica. Na versão de que nasceu um menino muito amado a quem os Reis Magos ofereceram prendas. E ela achou a história muito gira. E eu fiquei contente.
Tasmanices IV
" Mãe- Mas que grande arranhão tu tens na testa. Como é que fizeste isso?
Diaba da Tasmania- Não sei, não me lembro. Sou como tu, não sei onde faço estas coisas."
(Com tanta coisa, filha, para tu teres os genes da Mãe, tinhas logo que herdar a aptidão para o desastre natural....)
Diaba da Tasmania- Não sei, não me lembro. Sou como tu, não sei onde faço estas coisas."
(Com tanta coisa, filha, para tu teres os genes da Mãe, tinhas logo que herdar a aptidão para o desastre natural....)
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Um beijo
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Whisper
"
Ele - hello i'm still here
all that's left of yesterday
Ela- I've always been right behind you
I'll always be right beside you"
Ele - hello i'm still here
all that's left of yesterday
Ela- I've always been right behind you
I'll always be right beside you"
sábado, 20 de dezembro de 2008
Dizem que é Natal
Dizem que é Natal, e eu que tão pouco natalícia sou! Junto-me à carneirada enquanto procuro nas lojas os presentes ideais, enquanto penso e faço contas. Junto-me nos jantares com toda a gente e mais alguém. Ontem foi um, hoje tento ir a dois e amanhã almoço e jantar. Não que não saibam bem, pelo contrário, sabe muito bem encontrar e estar com quem nem sempre é fácil estar por causa da falta de tempo, pelo corre-corre, pela vidinha. Peçam-me que partilhe este Natal, o das pessoas, mas não me peçam para andar a enfeitar, fitinhas, bolinhas e pais natal, porque isso soa-me a artificial, como a neve que insistem em por espalhada por ai.
Não sou natalícia, mas vou na carneirada e até prometo portar-me bem, principalmente por ela, pela Diaba da Tasmania, que vive a festa, que adora andar de um lado para o outro a dar prendas e a receber beijos (a quem é que ela sairá??). Por ela, com quem me sento a fazer os presentes que ela vai oferecer. E por ela, também, desdobro-me e penduro fitas e anjinhos. E com ela canto canções de natal. Por ela que já entrou na tradição de fazer os doces no dia 24, mulheres na cozinha a estender massa, fritar e adoçar.
Não sou natalícia, mas prometo portar-me bem e peço como prenda, que ela viva sempre em festa, a dar de si e em paz. Como o Natal deve ser .
Não sou natalícia, mas vou na carneirada e até prometo portar-me bem, principalmente por ela, pela Diaba da Tasmania, que vive a festa, que adora andar de um lado para o outro a dar prendas e a receber beijos (a quem é que ela sairá??). Por ela, com quem me sento a fazer os presentes que ela vai oferecer. E por ela, também, desdobro-me e penduro fitas e anjinhos. E com ela canto canções de natal. Por ela que já entrou na tradição de fazer os doces no dia 24, mulheres na cozinha a estender massa, fritar e adoçar.
Não sou natalícia, mas prometo portar-me bem e peço como prenda, que ela viva sempre em festa, a dar de si e em paz. Como o Natal deve ser .
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Os Coristas
Depois de adormecidas as duas belas (a Diaba e Amiga que devia vir trabalhar:) ), sozinha em casa, tive de tomar uma dura decisão : passar kilos de roupa a ferro ou borrifar-me para isso e enroscar-me no sofá a ver um filme.
Pensei, pensei muito (2 segundos!) e decidi ver o filme. Há muito que o queria ver.
Passadas 10 horas ainda estou cheia :) É um filme de amor, com fotografia simples e bonita, com uma história batida mas sempre nova. Adorei.
Claro que dois dias seguidos a dar-me mimos já é demais e não posso habituar-me. Por isso vou aproveitar estar ainda tão cheiaaaaaaaaaa para logo sair do primeiro emprego, ir para o segundo, ir a correr buscar a Diaba da Tasmania, dar-lhe banho e jantar, lutar contra a resistência dela ao sono e preparar-me para, no mínimo, três horitas de ferro. Mas sempre com um coro infantil no coração e um sorriso nos lábios.
P.S- Filme e OST com o alto Patrocínio do Vizinho a quem deixo um profundo obrigada :)
Pensei, pensei muito (2 segundos!) e decidi ver o filme. Há muito que o queria ver.
Passadas 10 horas ainda estou cheia :) É um filme de amor, com fotografia simples e bonita, com uma história batida mas sempre nova. Adorei.
Claro que dois dias seguidos a dar-me mimos já é demais e não posso habituar-me. Por isso vou aproveitar estar ainda tão cheiaaaaaaaaaa para logo sair do primeiro emprego, ir para o segundo, ir a correr buscar a Diaba da Tasmania, dar-lhe banho e jantar, lutar contra a resistência dela ao sono e preparar-me para, no mínimo, três horitas de ferro. Mas sempre com um coro infantil no coração e um sorriso nos lábios.
P.S- Filme e OST com o alto Patrocínio do Vizinho a quem deixo um profundo obrigada :)
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Musicas III
Voltando à selecção musical do ano, hoje deixo mais duas:
A primeira é linda para enroscar e estar no bem-bom. A segunda é linda, porque eles são grandes!
"Another World" by Antony & The Johnsons
Metallica - The Unforgiven III
A primeira é linda para enroscar e estar no bem-bom. A segunda é linda, porque eles são grandes!
"Another World" by Antony & The Johnsons
Metallica - The Unforgiven III
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
É sim, que eu é que sei!
Deve dizer-se sim! Deve dizer-se de cada vez que a vontade fizer sentido. Deve dizer-se Obrigada! Gosto! Preciso! Desculpa! Obrigada! Deve dizer-se em palavras e deve dizer-se de todas as maneiras possíveis. Deve dizer-se para que nunca haja dúvidas.
Eu abrando, respiro e cuido de mim, em finais de tarde, n'A Margem, onde entro e olho o rio, nas manhãs em que acordo contente por ser mais um dia. E lembro-me que se deve dizer sempre. Sempre que a vontade fizer sentido.
Eu abrando, respiro e cuido de mim, em finais de tarde, n'A Margem, onde entro e olho o rio, nas manhãs em que acordo contente por ser mais um dia. E lembro-me que se deve dizer sempre. Sempre que a vontade fizer sentido.
Conversas Médicas
Ontem fui "body-combater". Ontem estava irritada o que fez com que me apetecesse "combater" meio à bruta. Resultado: no meio de um roundhouse kick, a perninha levantou até onde não devia e eu senti qualquer coisa parecida com um rasgar.
No final do dia, já doía muito e decidi passar pelo SAP e pedir "drogas".
Só estava uma pessoa na sala. Fiquei . Um minuto depois lá fui chamada e entrei no consultório para dar de caras com um médico que já me tinha atendido numa outra vez. Depois de uma breve troca de cumprimentos, o Srº Dr. olhou para mim e disse:
- Desculpe, mas tenho a impressão que a conheço.
- Sabe, os paparazzi não me largam, disse eu a rir.
Perante o ar confuso dele, resolvi dizer a verdade.
- Já estive aqui consigo. Eu com uma tosse persistente e o Dr. com muito bom humor e sempre a acreditar.
- Já me lembro, disse ele no meio de risos, falámos de carros.
A partir daqui foi só galhofa. Desta vez foi uma consulta mais rápida que da primeira vez, mas igualmente engraçada.
No final, depois de ele dizer " Temos aqui uma distensão muscular" (será que também lhe doia a perna??), lá me passou uma receita de Voltaren e água quente (que era o que eu queria, porque o "massagista" de serviço já tinha dito que era isso que eu devia fazer:) ).
Com a receita, à semelhança da outra vez, lá veio um post-it com o número de telemóvel dele, e a frase de despedida.
- Se não melhorar, telefone-me. Se melhorar telefone também.
O Dr. tem um Type-R e um Porche Carrera (um dia desenvolvo uma teoria acerca de homens de 40/50 anos, nos "espetarem" sempre as tangas dos carros que têm. Será que isso esconde outras coisas relacionadas com potência?). Velhinhos porque são de colecção, mas capazes de me fazer pensar em telefonar e ir dar uma voltinha!
No final do dia, já doía muito e decidi passar pelo SAP e pedir "drogas".
Só estava uma pessoa na sala. Fiquei . Um minuto depois lá fui chamada e entrei no consultório para dar de caras com um médico que já me tinha atendido numa outra vez. Depois de uma breve troca de cumprimentos, o Srº Dr. olhou para mim e disse:
- Desculpe, mas tenho a impressão que a conheço.
- Sabe, os paparazzi não me largam, disse eu a rir.
Perante o ar confuso dele, resolvi dizer a verdade.
- Já estive aqui consigo. Eu com uma tosse persistente e o Dr. com muito bom humor e sempre a acreditar.
- Já me lembro, disse ele no meio de risos, falámos de carros.
A partir daqui foi só galhofa. Desta vez foi uma consulta mais rápida que da primeira vez, mas igualmente engraçada.
No final, depois de ele dizer " Temos aqui uma distensão muscular" (será que também lhe doia a perna??), lá me passou uma receita de Voltaren e água quente (que era o que eu queria, porque o "massagista" de serviço já tinha dito que era isso que eu devia fazer:) ).
Com a receita, à semelhança da outra vez, lá veio um post-it com o número de telemóvel dele, e a frase de despedida.
- Se não melhorar, telefone-me. Se melhorar telefone também.
O Dr. tem um Type-R e um Porche Carrera (um dia desenvolvo uma teoria acerca de homens de 40/50 anos, nos "espetarem" sempre as tangas dos carros que têm. Será que isso esconde outras coisas relacionadas com potência?). Velhinhos porque são de colecção, mas capazes de me fazer pensar em telefonar e ir dar uma voltinha!
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Musica II
Amanhã há Concha Buika no CCB. Gosto da voz dela, da sonoridade misturada de estilos. Gosto desta música, que é a conversa de um pai com uma filha, cheia de sentimento http://www.youtube.com/watch?v=90uBTLM07cM.
Mas isso é amanhã. Hoje é dia da Ritinha SapatinhosVermelhos, no Casino de Lisboa, à borla. Dentro do panorama nacional, o albúm "Golden Era" é um dos meus preferidos em 2008.
Acho que 2008 foi bom em músiquinha portuguesa. Ano da Ritinha, de novo albúm dos Dead Combo, dos X-Wife em grande, o movimento UPA com parcerias fantásticas, Rui Reininho a aquecer Dezembro e podia continuar com mais alguns.
Vou deixar aqui a Ritinha e os Dead Combo :)
Choose Love
Putos a Roubar Maçãs
Mas isso é amanhã. Hoje é dia da Ritinha SapatinhosVermelhos, no Casino de Lisboa, à borla. Dentro do panorama nacional, o albúm "Golden Era" é um dos meus preferidos em 2008.
Acho que 2008 foi bom em músiquinha portuguesa. Ano da Ritinha, de novo albúm dos Dead Combo, dos X-Wife em grande, o movimento UPA com parcerias fantásticas, Rui Reininho a aquecer Dezembro e podia continuar com mais alguns.
Vou deixar aqui a Ritinha e os Dead Combo :)
Choose Love
Putos a Roubar Maçãs
domingo, 14 de dezembro de 2008
SPM
Sacudida por murmúrios
Sussurros por momentos
Só, pelo mundo
(s0fri por mim)
Separada por muros
Sem palavras maiores
Semi Pandora mulher
(só, para mim)
Seiva pactuante morna
Sufocante primeira Madalena
Será página muda
(só, por mim)
Só, porque morri.
Sussurros por momentos
Só, pelo mundo
(s0fri por mim)
Separada por muros
Sem palavras maiores
Semi Pandora mulher
(só, para mim)
Seiva pactuante morna
Sufocante primeira Madalena
Será página muda
(só, por mim)
Só, porque morri.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Músicas I
Perguntaram-me se tinha uma música preferida em 2008... Errrrrr, da maneira que gosto e consumo música isso é muito difícil! Tenho para a música o mesmo critério que tenho para os filmes, podem ser de "grande consumo" ou alternativos, mas desde que me façam sentir alguma coisa, eu gosto.
Muitas das minhas músicas preferidas estão ali ao lado, mas é dificil escolher, por isso decidi que vou, até ao final do ano, por algumas das que mais gosto aqui. A escolha tem como critérios, a orquestração e as letras (há musicas que gosto da "batida" e depois vou ver a letra e...).
Hoje ponho duas. A primeira que acho fenomenal a orquestração e é um dos melhores álbuns do ano, e a segunda porque, para mim, o grupo foi uma revelação.
The Last Shadow Puppets
Kings of Leon - Use Somebody
Muitas das minhas músicas preferidas estão ali ao lado, mas é dificil escolher, por isso decidi que vou, até ao final do ano, por algumas das que mais gosto aqui. A escolha tem como critérios, a orquestração e as letras (há musicas que gosto da "batida" e depois vou ver a letra e...).
Hoje ponho duas. A primeira que acho fenomenal a orquestração e é um dos melhores álbuns do ano, e a segunda porque, para mim, o grupo foi uma revelação.
The Last Shadow Puppets
Kings of Leon - Use Somebody
Cartinha ao Pai Natal
Ontem revi o "Sexo e a Cidade", enroscada no sofá com a mana. Filme de gajas, visto por gajas :) Eu sei que não é um grande filme, que a história é banal, que é apenas mais um episódio da série, embora mais comprido, mas eu gosto.
Quando o filme acabou, escrevi, finalmente, a minha carta ao Pai Natal, e pedi-lhe que me traga um amor assim. Um amor de filme. Que tenha ilusões, desilusões, choros e risos, contratempos e reencontros. Que tenha um final feliz com votos de " prometo tentar sempre que o meu amor, o teu amor, o nosso amor, faça sentido".
Pronto. Só uma prenda que não quero abusar do velhote :)
Esta foto é de outro filme, mas eu acho que tem tanta cumplicidade, tanto amor....
Quando o filme acabou, escrevi, finalmente, a minha carta ao Pai Natal, e pedi-lhe que me traga um amor assim. Um amor de filme. Que tenha ilusões, desilusões, choros e risos, contratempos e reencontros. Que tenha um final feliz com votos de " prometo tentar sempre que o meu amor, o teu amor, o nosso amor, faça sentido".
Pronto. Só uma prenda que não quero abusar do velhote :)
Esta foto é de outro filme, mas eu acho que tem tanta cumplicidade, tanto amor....
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Isto não é uma prenda! Não é, não é, não é, não é!!!!!!!!!!!!!!
Hoje ofereceram-me um livro. Adoro prendas, assim em completa surpresa. Adoro. E quem ofereceu sabe disso.
Por isso, obrigada e prometo ler para poder discutir.
Para ti, um miminho, porque também sei que gostas disto :) (Viste o título? Viste? Viste?)
Por isso, obrigada e prometo ler para poder discutir.
Para ti, um miminho, porque também sei que gostas disto :) (Viste o título? Viste? Viste?)
10 razões para me levarem para uma estância de ski
1- Sou girita, divertida, falo sobre tudo e mais um par de botas e fico bem em qualquer grupo
2- Adoro neve e o ambiente de estância de ski
3- Sei esquiar de forma a companhar em qualquer pista, mas nada impede de ter umas aulinhas, principalmente para aprender voltas com bastão.
4- Sou girita, divertida, falo sobre tudo e mais um par de botas e fico bem em qualquer grupo
5- Adoro o suave deslizar nas pistas, deslizar, deslizar, catrapummm "bolas, onde é que ficou a m***a do bastão?", deslizar, deslizar "saiam da frente que não sei travar!"
6- Tenho o equipamento necessário
7- Sou girita, divertida, falo sobre tudo e mais um par de botas e fico bem em qualquer grupo
8- Adoro lutas com bolas de neve
9- Tenho umas "boas pernas" pelo que tenho pedalada para dias e dias de ski
10-Já disse que sou girita, divertida, falo sobre tudo e mais um par de botas e fico bem em qualquer grupo??
2- Adoro neve e o ambiente de estância de ski
3- Sei esquiar de forma a companhar em qualquer pista, mas nada impede de ter umas aulinhas, principalmente para aprender voltas com bastão.
4- Sou girita, divertida, falo sobre tudo e mais um par de botas e fico bem em qualquer grupo
5- Adoro o suave deslizar nas pistas, deslizar, deslizar, catrapummm "bolas, onde é que ficou a m***a do bastão?", deslizar, deslizar "saiam da frente que não sei travar!"
6- Tenho o equipamento necessário
7- Sou girita, divertida, falo sobre tudo e mais um par de botas e fico bem em qualquer grupo
8- Adoro lutas com bolas de neve
9- Tenho umas "boas pernas" pelo que tenho pedalada para dias e dias de ski
10-Já disse que sou girita, divertida, falo sobre tudo e mais um par de botas e fico bem em qualquer grupo??
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Gogol Bordello
Dão um concerto, hoje, no Campo Pequeno. Não é que a musica seja sobreba (pelo menos para o meu gosto), mas os tipos são divertidos, bem dispostos e é daqueles concertos em que é obrigatório saltar (AMG e S, lembram-se daquela noite em que acabamos, em frente ao palco, aos saltos, encontrões e moches, enquanto gritavanos "cuecas"? É o mesmo genero. LOL). Só por isso tenho pena de não ir (mais um!). E vamos lá ver se o pessoal que vai tem a sorte do vocalista também ir, é que ele, no meio das bebedeiras e cigarradas, às vezes não aparece!
Deixo aqui uma das mais softs.
Deixo aqui uma das mais softs.
Tasmanices III
" - Mãe, posso sair da mesa?
- Onde vais filha?
- Vou ver como está o Sporting para te dizer.
(a televisão foi abolida dos jantares, excepção feita a jogos do Sporting. Mesmo assim, a televisão na sala e o jantar na cozinha.)
- Mãe, posso levantar a mesa e arrumar tudo?
(ela sabe que é função dela, por isso quando ela pergunta isto com tanto calor, toda eu começo a tremer...)
- Mãe, sabes que te adoro e és uma exclente cozinheira? Tava tudo tão bom.
(agora sim, tremo de medoooooooooooooooo. O que virá ai com tanto lambe-botas?)
Pausa de um minuto
- Mãe, eu hoje portei-me bem, não foi?
- Foi filha, tu hoje estás 5 estrelas.
- Pois é, então posso comer um doce?
(Ora toma lá! Esta miúda vai longe, ou como diz o Grande "tem cá um mamar mais doce")
- Onde vais filha?
- Vou ver como está o Sporting para te dizer.
(a televisão foi abolida dos jantares, excepção feita a jogos do Sporting. Mesmo assim, a televisão na sala e o jantar na cozinha.)
- Mãe, posso levantar a mesa e arrumar tudo?
(ela sabe que é função dela, por isso quando ela pergunta isto com tanto calor, toda eu começo a tremer...)
- Mãe, sabes que te adoro e és uma exclente cozinheira? Tava tudo tão bom.
(agora sim, tremo de medoooooooooooooooo. O que virá ai com tanto lambe-botas?)
Pausa de um minuto
- Mãe, eu hoje portei-me bem, não foi?
- Foi filha, tu hoje estás 5 estrelas.
- Pois é, então posso comer um doce?
(Ora toma lá! Esta miúda vai longe, ou como diz o Grande "tem cá um mamar mais doce")
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Natal
Eu confesso que não sou grande fã do Natal. Não baixa em mim o espírito natalicio, alegre e contente, nem ando por ai a por fitinhas e luzinhas em todo o lado. Confesso que ainda nem a Arvore de Natal fiz. Mas isso não quer dizer que não aprecie a quadra.
Gosto, mas o que eu gosto mesmo é da tradição do dia 24 ser passado na cozinha a amassar filhoses, fritar rabanadas e afins, com a Mãe e a Mana. E até sinto saudades do Natal dos Hospitais a passar na televisão nessas tardes :)
Pronto, isto tudo para dizer que embora não seja natalicia, gosto o suficiente da quadra para me insurgir contra os Pais Natais pendurados nas varandas.
Ora se a tradição diz que o srº, alegre e contente, entra pelas chaminés, porque pendurá-los, como se fossem assaltantes a tentar entrar na surra em casa de cada um? E já agora para roubar o que? Alguma filhós mais douradinha? É que as prendas é suposto ser ele a trazer...
O pior dessas estranhas criaturas, que alguém teve o mau gosto de vestir de vermelho com uma lista branca, é que quando dá o vento, ficam viradas e em vez de um velhinho a tentar subir uma escada de corda com muito peso às costas, ficamos com um velhinho enforcado.
Isto deixa-me sempre uma dúvida: fomos nós que o matámos, de certo de ataque cardiaco que a idade dele já não está para estas escaladas, ou foi o Pai Natal que se suicidou com vergonha ter descido tão baixo?
A sério, a bem do bom nome do Pai natal, deixem-se lá dessas palermices. O Pai Natal vem de trenó puxado pelas renas e entra pela chaminé. Ok? Entendidos?
E agora, para verem como gosto do Natal, cá vai um grande hit :))
Gosto, mas o que eu gosto mesmo é da tradição do dia 24 ser passado na cozinha a amassar filhoses, fritar rabanadas e afins, com a Mãe e a Mana. E até sinto saudades do Natal dos Hospitais a passar na televisão nessas tardes :)
Pronto, isto tudo para dizer que embora não seja natalicia, gosto o suficiente da quadra para me insurgir contra os Pais Natais pendurados nas varandas.
Ora se a tradição diz que o srº, alegre e contente, entra pelas chaminés, porque pendurá-los, como se fossem assaltantes a tentar entrar na surra em casa de cada um? E já agora para roubar o que? Alguma filhós mais douradinha? É que as prendas é suposto ser ele a trazer...
O pior dessas estranhas criaturas, que alguém teve o mau gosto de vestir de vermelho com uma lista branca, é que quando dá o vento, ficam viradas e em vez de um velhinho a tentar subir uma escada de corda com muito peso às costas, ficamos com um velhinho enforcado.
Isto deixa-me sempre uma dúvida: fomos nós que o matámos, de certo de ataque cardiaco que a idade dele já não está para estas escaladas, ou foi o Pai Natal que se suicidou com vergonha ter descido tão baixo?
A sério, a bem do bom nome do Pai natal, deixem-se lá dessas palermices. O Pai Natal vem de trenó puxado pelas renas e entra pela chaminé. Ok? Entendidos?
E agora, para verem como gosto do Natal, cá vai um grande hit :))
This Mortal Coil- Another Day
The kettles on, the sun has gone, another day
She offers me, tibetan tea, on a flower tray
Shes at the door, shes wants to score, she really needs to say:
i once loved you a long time ago, you know
Where the winds own forget-me-nots blow, you know
But I couldnt let myself go
Not knowing what on earth there was to know
But I wish that I had, cause it makes me so sad
That I never had one of your children.
Across the room, inside a tomb, a chance is waxed and waned
The night is young, why are we so hung-up, in each others chains
I must take her, I must make her, while the dove domains
See the juice run as she flies
Run my wings under her sighs
As the flames of eternity rise
To lick us with the first born lash of dawn
Oh really my dear, I cant see what we fear
With ourselves, sat here between us
And at the door, we cant say more, than just another day
Without a sound, I turn around, and I walk away
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Eles andem aiii
Há fenómenos paranormais. Só pode haver! Se não, como se explica??
Sábado, depois do trabalho (ao que parece trabalhar eleva o espírito!), malas feitas, vontade aviada, aí vamos nós, eu, a Diaba e a Amiga, auto-estrada fora. Já a noite a entrar pelo para-brisas e a convidar a conversas, sérias, sofridas, doridas. Explicações filosóficas de quem muito pensa e muito sente. Música chill-out a acompanhar. Pensadoras livres.
Com a chegada, os livros, as palavras escritas e repetidas, os prémios que ganharam... Sempre em elevação da "alma" (não há ironia nisto,ok!). Depois o gourmet, no paladar bebido e comido, na companhia em goles degustados, nas compras e voltas. Tudo em esquerdismo de gajas cultas, cigarro ao canto da boca e boémia na alma. Depois dá-se a transformação! É aqui que começa o fenómeno paranormal.
Começa com o montar, aparentemente simples, de uma mesa de cabeceira. Instruções para aqui, para ali, desenhos que "de certeza estão mal". Marteladas em parafusos que não queriam entrar (pois se não deviam estar naquele sitio, era natural não quererem entrar!) e nós, calmas e sabedoras ainda imbuídas do tal espírito pensador livre, a achar que nós é que sabiamos, não era aquele desenho manhoso que nos ia dizer como fazer! Claro que tinha de dar em porcaria! Tábuas na cabeça, dedos entalados, rir até quase não ter tempo para ir à casa-de-banho, e o espirito carpinteiro a fazer das suas. Foi o fim da "elevação". A partir daqui já não houve regresso. A decadência.... Ele foi tábuas que sobraram, "não faz mal, que isto não faz falta", jantar ossos à mão, sacos, saquinhos e sacões e ainda uma geleira "atão, a gente vem do camping...", Diaba a acompanhar um café numa esplanada vestidinha de seu belo pijama, a viagem de regresso ao som dos Wham! e das nossas vozes a cantar. Até de Tony Carrera, Diapasão e Marante falamos.
Ora bem, se isto não foi um espírito brega que se apoderou de nós (já, uma vez, apelidadas de inatingíveis), o que foi então?? Que outra explicação pode haver? Hummmm??
É o que dá ir "à terra"!
Sábado, depois do trabalho (ao que parece trabalhar eleva o espírito!), malas feitas, vontade aviada, aí vamos nós, eu, a Diaba e a Amiga, auto-estrada fora. Já a noite a entrar pelo para-brisas e a convidar a conversas, sérias, sofridas, doridas. Explicações filosóficas de quem muito pensa e muito sente. Música chill-out a acompanhar. Pensadoras livres.
Com a chegada, os livros, as palavras escritas e repetidas, os prémios que ganharam... Sempre em elevação da "alma" (não há ironia nisto,ok!). Depois o gourmet, no paladar bebido e comido, na companhia em goles degustados, nas compras e voltas. Tudo em esquerdismo de gajas cultas, cigarro ao canto da boca e boémia na alma. Depois dá-se a transformação! É aqui que começa o fenómeno paranormal.
Começa com o montar, aparentemente simples, de uma mesa de cabeceira. Instruções para aqui, para ali, desenhos que "de certeza estão mal". Marteladas em parafusos que não queriam entrar (pois se não deviam estar naquele sitio, era natural não quererem entrar!) e nós, calmas e sabedoras ainda imbuídas do tal espírito pensador livre, a achar que nós é que sabiamos, não era aquele desenho manhoso que nos ia dizer como fazer! Claro que tinha de dar em porcaria! Tábuas na cabeça, dedos entalados, rir até quase não ter tempo para ir à casa-de-banho, e o espirito carpinteiro a fazer das suas. Foi o fim da "elevação". A partir daqui já não houve regresso. A decadência.... Ele foi tábuas que sobraram, "não faz mal, que isto não faz falta", jantar ossos à mão, sacos, saquinhos e sacões e ainda uma geleira "atão, a gente vem do camping...", Diaba a acompanhar um café numa esplanada vestidinha de seu belo pijama, a viagem de regresso ao som dos Wham! e das nossas vozes a cantar. Até de Tony Carrera, Diapasão e Marante falamos.
Ora bem, se isto não foi um espírito brega que se apoderou de nós (já, uma vez, apelidadas de inatingíveis), o que foi então?? Que outra explicação pode haver? Hummmm??
É o que dá ir "à terra"!
sábado, 6 de dezembro de 2008
Vida em Festa
E o que eu gosto disto?? É que gosto mesmo. Fins de dia e noites dentro com os Amigos. Comezainas, vinhaça, cantorias... tudo a que temos direito. E rir, rir até doer a barriga.
Ainda por cima, todos Sportinguistas e o Sporting ganhou :)
Ó pá... gosto de vocês, ou como diz a Diaba da Tasmânia "São as melhores noites da minha vida!"
Ainda por cima, todos Sportinguistas e o Sporting ganhou :)
Ó pá... gosto de vocês, ou como diz a Diaba da Tasmânia "São as melhores noites da minha vida!"
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Degustar... de gostar
"Ele apareceu com o seu passo arrastado e bamboleante. Ela já estava na estação, à espera de nada.
Encontraram-se por acaso, na plataforma de embarque.
O tango enredado em coreografias ditadas pelo cansaço de quem chega.
Ficaram, na plataforma, em mágicos silêncios, cabeças rendidas aos olhares cheios e simples.
A ternura tornou-se numa maravilhosa praga de gafanhotos que os levava, aos pulos, a risos sinceros e ao milagre da alegria infantil. Ela não esperava nada para os dois, ele olhava-a com ódio, por ela dar tudo. Ele era quase crédulo e de vontade fraca, ela fingia-se forte (...). Ele desculpava-se de tudo, ela culpava-se do mundo.
Viviam mãos e bocas nos mapas dos corpos suados. Acabavam por se abraçar os dois numa cama desfeita em desejos, onde ela ansiava pelo sono tranquilo que ele velava entre beijos e mão dada. E ela sentia-se protegida.
Ele chamava-a de Maria. Ela não o chamava, deixava que ele viesse quando a vontade o empurrasse.
Acabavam os dois por se perderem num mar de terra e sonhos. Porque ele era vendedor de sonhos que eram a colecção preferida dela.
De mansinho, a surpresa de querer mais por serem tanto em tão pouco. Mas já não riam.
Ela mostrou-lhe a alma na certeza que ele não ficaria, ainda que o desejassem. Ele inquietou-se. Fizeram as malas em conjunto.
Na plataforma de onde nunca sairam, disseram adeus."
Porque hoje é bolinha no dia que era só meu
Encontraram-se por acaso, na plataforma de embarque.
O tango enredado em coreografias ditadas pelo cansaço de quem chega.
Ficaram, na plataforma, em mágicos silêncios, cabeças rendidas aos olhares cheios e simples.
A ternura tornou-se numa maravilhosa praga de gafanhotos que os levava, aos pulos, a risos sinceros e ao milagre da alegria infantil. Ela não esperava nada para os dois, ele olhava-a com ódio, por ela dar tudo. Ele era quase crédulo e de vontade fraca, ela fingia-se forte (...). Ele desculpava-se de tudo, ela culpava-se do mundo.
Viviam mãos e bocas nos mapas dos corpos suados. Acabavam por se abraçar os dois numa cama desfeita em desejos, onde ela ansiava pelo sono tranquilo que ele velava entre beijos e mão dada. E ela sentia-se protegida.
Ele chamava-a de Maria. Ela não o chamava, deixava que ele viesse quando a vontade o empurrasse.
Acabavam os dois por se perderem num mar de terra e sonhos. Porque ele era vendedor de sonhos que eram a colecção preferida dela.
De mansinho, a surpresa de querer mais por serem tanto em tão pouco. Mas já não riam.
Ela mostrou-lhe a alma na certeza que ele não ficaria, ainda que o desejassem. Ele inquietou-se. Fizeram as malas em conjunto.
Na plataforma de onde nunca sairam, disseram adeus."
Porque hoje é bolinha no dia que era só meu
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Sempre gostei de Nietzshe
" Não suporto que me roubem a solidão sem em troca me oferecerem verdadeira companhia."
Nietzsche
Nietzsche
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Não sei se percebo
Uma coisa é ser o Pai a dizer, ele é o maior critico e o maior fã, portanto diz muitaaaa coisa. Quando começam a ser outros a dizer o caso muda de figura. Hoje no meio do vinho e conversas sobre vidas, com o Amigo que tanto me conhece, lá veio outra vez a frase " Tu intimidas!". Então é isso? Então é isso... Eu intimido?? Eu que, na realidade, só quero mimos e enroscar-me. Que adorava não estar sempre a ter de, ter de. Eu, que morro de medo de fazer e ainda mais morro de medo de me arrepender de não fazer. Eu intimido? Mas porque???
Inquietação
"(...)Cá dentro inqueitação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Cá dentro inqueitação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Mas sei
É que não sei ainda
Há sempre qualquer coisa que eu tenho que fazer
Qualquer coisa que eu devia resolver
Porquê, não sei
Mas sei
Que essa coisa é que é linda."
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Tasmanices II
Parece que vamos ser emigrantes!
A Diaba da Tâsmania tem um amigo imaginário. Não um amigo qualquer, é um cão de seu nome Farrusco. O Farrusco é um cão muito à frente, não se contenta com qualquer ossito, ai não, não. O Farrusco tem um telemóvel e um computador portátil, que usa regularmente para falar com a Diaba. Tem uma mota, uma Peugeout vermelha. O Farrusco farta-se de viajar e adora tanto a praia como a neve para esquiar. Tem duas irmãs e um irmão e os pais dele vêm a nossa casa regularmente. Ultimamente há chatices entre eles. São frequentes as discussões e tudo porque o Farrusco foi trabalhar para Espanha.
Veio cá este fim de semana e, ao que parece, houve uma conversa séria.
" Mãe, já estive a falar com o Farrusco e isto assim não resulta. Ele está em Espanha e nós aqui e depois temos muitas saudades. O melhor é irmos para Espanha viver!"
(Pode ser filha, pelo menos lá sempre há sesta!)
Murros no estômago
Ultimamente, ela tem falado muito da morte. Parece que é normal, que começam a perguntar por isso. Os desenhos animados também dão uma ajuda nestes conceitos. Preferia mil vezes que continuasse a perguntar como se fazem bebés, mas, ao que parece, sobre isso ela já sabe tudo. Já diz que "quando for grande, também vou ter ovos para fazer bebés".
De manhã, ela estava a ver uma coisa sobre o corpo humano e a necessidade de oxigénio e lá veio o murro no estômago
" -Mãe se eu deixar de respirar morro. Se eu morrer deixo de te ver e estar contigo, não é?
- Sim filha, quando se morre deixamos de estar com os outros. Deixamos de fazer tudo o que fazemos agora.
- Não te preocupes mãe, eu vou continuar a amar-te na mesma"
( Ouve-me bem, minha filha, ouve mesmo bem. Estás proibida, proibidissima de algum dia morreres. É a única coisa que te proibo com toda a autoridade de Mãe! Não penses sequer em desobedecer! E agora vou ali por uns tampões nos olhos e no coração que não param de chorar.)
A Diaba da Tâsmania tem um amigo imaginário. Não um amigo qualquer, é um cão de seu nome Farrusco. O Farrusco é um cão muito à frente, não se contenta com qualquer ossito, ai não, não. O Farrusco tem um telemóvel e um computador portátil, que usa regularmente para falar com a Diaba. Tem uma mota, uma Peugeout vermelha. O Farrusco farta-se de viajar e adora tanto a praia como a neve para esquiar. Tem duas irmãs e um irmão e os pais dele vêm a nossa casa regularmente. Ultimamente há chatices entre eles. São frequentes as discussões e tudo porque o Farrusco foi trabalhar para Espanha.
Veio cá este fim de semana e, ao que parece, houve uma conversa séria.
" Mãe, já estive a falar com o Farrusco e isto assim não resulta. Ele está em Espanha e nós aqui e depois temos muitas saudades. O melhor é irmos para Espanha viver!"
(Pode ser filha, pelo menos lá sempre há sesta!)
Murros no estômago
Ultimamente, ela tem falado muito da morte. Parece que é normal, que começam a perguntar por isso. Os desenhos animados também dão uma ajuda nestes conceitos. Preferia mil vezes que continuasse a perguntar como se fazem bebés, mas, ao que parece, sobre isso ela já sabe tudo. Já diz que "quando for grande, também vou ter ovos para fazer bebés".
De manhã, ela estava a ver uma coisa sobre o corpo humano e a necessidade de oxigénio e lá veio o murro no estômago
" -Mãe se eu deixar de respirar morro. Se eu morrer deixo de te ver e estar contigo, não é?
- Sim filha, quando se morre deixamos de estar com os outros. Deixamos de fazer tudo o que fazemos agora.
- Não te preocupes mãe, eu vou continuar a amar-te na mesma"
( Ouve-me bem, minha filha, ouve mesmo bem. Estás proibida, proibidissima de algum dia morreres. É a única coisa que te proibo com toda a autoridade de Mãe! Não penses sequer em desobedecer! E agora vou ali por uns tampões nos olhos e no coração que não param de chorar.)
Subscrever:
Mensagens (Atom)