segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Tasmanices II

Parece que vamos ser emigrantes!
A Diaba da Tâsmania tem um amigo imaginário. Não um amigo qualquer, é um cão de seu nome Farrusco. O Farrusco é um cão muito à frente, não se contenta com qualquer ossito, ai não, não. O Farrusco tem um telemóvel e um computador portátil, que usa regularmente para falar com a Diaba. Tem uma mota, uma Peugeout vermelha. O Farrusco farta-se de viajar e adora tanto a praia como a neve para esquiar. Tem duas irmãs e um irmão e os pais dele vêm a nossa casa regularmente. Ultimamente há chatices entre eles. São frequentes as discussões e tudo porque o Farrusco foi trabalhar para Espanha.
Veio cá este fim de semana e, ao que parece, houve uma conversa séria.
" Mãe, já estive a falar com o Farrusco e isto assim não resulta. Ele está em Espanha e nós aqui e depois temos muitas saudades. O melhor é irmos para Espanha viver!"
(Pode ser filha, pelo menos lá sempre há sesta!)

Murros no estômago
Ultimamente, ela tem falado muito da morte. Parece que é normal, que começam a perguntar por isso. Os desenhos animados também dão uma ajuda nestes conceitos. Preferia mil vezes que continuasse a perguntar como se fazem bebés, mas, ao que parece, sobre isso ela já sabe tudo. Já diz que "quando for grande, também vou ter ovos para fazer bebés".
De manhã, ela estava a ver uma coisa sobre o corpo humano e a necessidade de oxigénio e lá veio o murro no estômago
" -Mãe se eu deixar de respirar morro. Se eu morrer deixo de te ver e estar contigo, não é?
- Sim filha, quando se morre deixamos de estar com os outros. Deixamos de fazer tudo o que fazemos agora.
- Não te preocupes mãe, eu vou continuar a amar-te na mesma"
( Ouve-me bem, minha filha, ouve mesmo bem. Estás proibida, proibidissima de algum dia morreres. É a única coisa que te proibo com toda a autoridade de Mãe! Não penses sequer em desobedecer! E agora vou ali por uns tampões nos olhos e no coração que não param de chorar.)

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