Parece estranho ter ficado estes dias seguidos sem vir aqui escrever.
Muitos textos foram elaborados, mentalmente, frase por frase, concordâncias gramaticais, tudo, mas nenhumm passou para o "papel". Estão todos aqui, na minha cabeça.
Podia escrever sobre o aniversário da Diaba, sobre a alegria de ser Mãe, sobre ter descoberto como é ver o amor crescer todos os dias, como é aprender a viver com medo todos os dias. Podia escrever sobre como foi o dia de nascimento dela, a minha Mãe a sorrir e a ver que, ainda que faltassem duas semanas, ela ia nascer naquele dia, o Pai da Diaba a rir de felicidade, sem acreditar muito bem que ia ser naquele dia. Podia, mas preferi contar-lhe, como quem conta uma história de encantar.
Podia escrever como o que mais queria, neste momento, era poder soprar a angústia do peito que é mais que meu sangue. Transformar essa angústia em borboletas esvoaçantes e bonitas. Como peço todos os dias por ela, por aquele coração maior que tudo, que tudo abarca e todos abraça. Podia escrever como sei que vai tudo correr bem, porque ela merece que assim seja, e os erros são como soluços, aparecem sem esperarmos por eles, mas depois desaparecem, e quando reconhecemos os erros com bondade isso ajuda-nos a melhorar.
Podia escrever como há abordagens kamikazes que nos fazem rir de tão más que são. De como entre copos e músicas encontramos quem faça harakiri sem perceber!
Podia escrever sobre "traições" que já se sabiam que o eram, mas que quando confrontadas com a verdade, sem mal entendidos, de permanência num tempo maior do que julgávamos e mais forte do que disseram, nos corroiem e amargam. Porque sempre foi defendida a verdade como lei e ela só foi meia lei ou meia verdade.
Podia escrever sobre isto tudo, como escrevi na minha cabeça, frase por frase.
Dou por mim a tentar, a tentar que escorra dos dedos, mas nada sai.
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