O meu médico disse-me “neste caso, a dor é um indicador benigno” . Respirei fundo, e vim com aquela frase a dar mote para muitos outros pensamentos.
Passamos metade da vida a combater a dor. A evitar senti-la. E para que?
Em muitos casos a dor é um indicador benigno. Diz-nos que não somos robots, diz-nos que a carne, as veias, o sangue por baixo da pele, continuam a enviar sinais de vida. O lado benigno da dor é quando ela nos lembra que estamos vivos e sentimos. Que temos oportunidade de a ultrapassar e com isso ficarmos mais fortes.
Que a dor pode ser um líquido precioso para a força que nos muda interiormente e dá oportunidade de nos (re)conhecermos. As feridas cicatrizam quando a dor é assim.
Às vezes, é preciso acolher a dor, abraçá-la sem a negar, dizer a nós próprios “foi assim” e partir daí.
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