Tenho nas mãos a ilusão do futuro que imaginei e que perdi quando me caíram os botões do casaco de inverno.
Por entre as ervas, daninhas, que atravessam o campo, olho para trás e vejo uma cerca branca a emoldurar os sonhos que desaparecem no segundo olhar.
Quis um infinito, mas no final do mar, que me veste quando nele entro, está a linha do horizonte e eu não sei porque há fronteiras, quando olho os peixes.
Deixei de me preocupar com o tempo, que me quebra os rins, nas voltas que me obriga a dar para vestir vestidos novos.
Nada disto já importa ou define. Não sou o que é amanhã, amanhã é apenas uma conjugação de letras que emolduram frases que se dizem ao sorrir nos olhos dos outros, porque há sempre um tempo para partir, mesmo que não seja para lado nenhum para onde se comprou passagem.
Sendo assim, esfrego as mãos de contentamento, com creme de chocolate, que hidrata e suaviza este dia ao acordar.
terça-feira, 31 de março de 2009
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1 comentário:
Bonito.
E boa viagem para lado nenhum. No entanto, amanhã serás sempre tu... felizmente!
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