Vieram como pequenas ondas verde, cheias de limos brilhantes. As recordações salgadas que troco por beijos doces, formato de bombons embrulhados em suaves pétalas de rosas vermelhas, trazidas na viagem a Paris, quando voltas para mim. Para me deitares na cama branca, manchada de vermelho em movimentos airosos de paixão e morangos. Cheiro de perfumes que ficam por baixo da pele e nos fazem rir, como ursinhos de peluches, com pequenos “amo-te” pendurados, escritos a cores e tatuados no cérebro.
Vieram como jardins cheios de flores, em que o sol queima as costas, quando de joelhos, enchemos a boca do mel que fazemos ao roçar as asas transparentes das fadas que acompanham a dança, numa qualquer mesa reservada para que o sabor se concentre num prato fundo para toda a fome que há no mundo.
Vieram, porque nunca saíram dos lábios que murmuram baixinho enquanto rodeiam o membro que se ergue ao calor, cobra enfeitiçada e dançante ao som ritmado do gemer que provocas.
Vieram porque nunca saíram dos cabelos que se entrelaçam em grandes cachecóis que se penduram no pescoço aberto ao peito e nos transforma num só boneco tricotado a quatro mãos.
Vieram porque as mãos se cruzam e percorrem todo o mapa de um corpo e depois outro e depois o mundo todo, num cego movimento que tudo abarca, porque nada há mais na galáxia.
Vieram como pequenas ondas que a maré fará recolher ao centro de tudo no oceano que somos.
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1 comentário:
Precisas de um canhiteve?
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