sábado, 17 de janeiro de 2009

Pesadelo

O corpo agita-se. Abro os olhos e nesse exacto momento passa uma eternidade. Não consigo respirar! Acordei do pesadelo que estava a ter. Sufocante, por querer gritar e não conseguir. Tenho um peso no peito que me prende qualquer movimento. Sonhava que a Diaba tinha sido raptada. No exacto momento em que os olhos abriram, não consegui distinguir a realidade e uma avalanche enrolou-me. Desfilaram imagens e imagens. Eu a dizer que queria ter três ou quatro filhos, vozes que me diziam "não tenhas só um filho, porque blá, blá, blá" e que já não consigo ouvir, ela pequenina em cima de mim. Passa a imagem do desespero dos primeiros tempos, quando o corpo sacudido por uma morte inesperada fazia com que a mente me pregasse partidas ao olhar para ela "não te posso amar assim tanto porque se morres eu não aguento". Passam todos os "projectos" de vida com mais Diabões "gosto de nomes com M para os próximos". Passa a srª do cinema que diz " não fique só com uma. Dê-lhe uma mana ou mano" (as pessoas saberão as feridas que tocam quando falam com estranhos?). Passa a loucura!
Tenho muitas vezes pesadelos e sonos agitados, lembro-me de repente. Pesadelo! Foi só isso. "Está tudo bem".
Foram segundos e tudo passa. De mansinho enroscadas uma na outra.

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