Diversos 1- Já há algum tempo que tinha "perdido" a chave do correio da antiga casa. Estava chateada com isto! Toda a gente que me escreve, normalmente a pedir dinheiro, continua a escrever para aquela morada. Além disso, tinha a nítida imagem de colocar a dita chave num porta chaves, supostamente no meu. Mas não estava lá, nem no meu, nem nos restantes porta chaves que andam lá por casa.
Este fim de semana a Amiga deixou as chaves de sua casa comigo. No meio delas, uma pequenina amarela, chama a minha atenção. Parece mesmo a chave que eu julgava perdida. Ontem fui experimentá-la e não é que é mesmo? Encontrei, encontrei, encontrei!
Só não sei o que pensar disto: ou a demência já chegou ao ponto de não retorno (por as nossas chaves num porta chaves de outra pessoa sem sabermos, não é sinal de lucidez!) ou então o sentimento de partilha já é tão grande que não importa quem tem as chaves! :)
Diversos 2- Entrei em casa e ouvi-o logo a chamar. Ele sabe que venho para o agradar. Assim que nos vemos enrolamo-nos. Mordisca-me os pés, beija-me o pescoço. A maneira como vem até mim é única...Consigo ver nos olhos dele a satisfação. No meio das carícias, crava-me as unhas nos lábios e comecei logo a sentir o sabor a sangue!
Raio do gato que não consegue fazer festas sem me arranhar!
(S. amiga, quando me quiseres proporcionar momentos destes, por favor, deixa lá um gato com 1,85 mt, 80 kg bem distribuídos e definidos e, de preferencia, moreno. Pode ser??? Sim? Sim?)
Diversos 3- Toca o telefone. É a mana, que num tom meio chateado, meio resignado diz "Fiquei sem bateria no carro. Podes vir ter comigo?". Claro que sim, mana linda, por ti vou a qualquer lado. Levo o carro e os cabos de bateria. Positivo com positivo, negativo com negativo e lá o carro começa a trabalhar. O pior é que não é da bateria e para fazermos uma distancia de 500 mt, tivemos de " dar choques electricos" ao carro por quatro vezes! Ao fim de uma hora lá conseguimos estacionar o moribundo. Está em coma e tenho a certeza que só sobreviverá com um transplante, mas pelo menos serviu para passar mais tempo com a mana :)
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Luminoso
“(...) Temos tempo de sobra.
Vou ressuscitar-te, assim poderás contar-me em sussurro o que fomos.
Eu poderei contar-te o que esqueci. Esta canção quase perdida na casa do nosso passado.
O sonho tem manchas de frutos sorvados no coração. Tem palpitações de sangue e de ilhas, de mares que se espreguiçam para dentro das cidades. E estas sobrevivem envoltas num véu de neblinas. Vemo-las tremeluzir no turvo crepúsculo das praias.
Que ponte levadiça trará de novo o desejo esquecido nos postos longínquos?”
Luminoso Afogado Al Berto
Vou ressuscitar-te, assim poderás contar-me em sussurro o que fomos.
Eu poderei contar-te o que esqueci. Esta canção quase perdida na casa do nosso passado.
O sonho tem manchas de frutos sorvados no coração. Tem palpitações de sangue e de ilhas, de mares que se espreguiçam para dentro das cidades. E estas sobrevivem envoltas num véu de neblinas. Vemo-las tremeluzir no turvo crepúsculo das praias.
Que ponte levadiça trará de novo o desejo esquecido nos postos longínquos?”
Luminoso Afogado Al Berto
Dueto
Iam pela estrada, noite fora. Não sabiam bem o caminho, mas quando olharam pela janela do carro perceberem que era por ali que tinham de ir. As luzes fortes piscavam, intermitentes. “Motel” e a vontade passou a ser contínua.
A porta fecha-se. Os corpos despem-se.
A cama redonda, por baixo do espelho que mostra um corpo em cima do outro. Lentamente, mãos que escorregam. Os lábios começam na boca. A língua entra e procura companhia.
O corpo faz de copo para o champanhe de boas vindas. Líquido que é sorvido em pequenos goles em mamilos tesos do frio e desejo. Escorre pela barriga. A língua acompanha o pequeno rio que desagua no triângulo já húmido e morno. Demora-se por lá em círculos que fazem nascer um gemido.
Trocam-se posições. Lento abocanhar do membro teso. Depois mais depressa.
As mãos empurram a cabeça para o movimento que se quer.
Os seios nus a roçarem a pele quando deslizam, enquanto os braços prendem na posição certa.
Ouvem-se gemidos do quarto ao lado. Uma mulher que grita “Mais” .
Na parede, o espelho que mostra o desejo crescido, dedos que enchem a cavidade com cio. Reflecte, também, as imagens de Vénus sintonizada na televisão. Descarada, pornográfica. Como o ambiente. Como eles e a vontade.
Penetra-a, fazendo-a cavalgar, roçando pernas. Ir e vir louco, as unhas cravadas na pele. Mãos que empurram e fazem força no peito dele. Bem fundo. A luz vermelha que ilumina por trás. A cama redonda a fazer rodar os corpos para outra posição, de lábios abertos, para o receber novamente. Fundo e forte. O quarto ao lado silencioso quando o grito anuncia o êxtase em loucura permitida deste quarto.
Ao lado da cama, uma cadeira. Erótica. A chamar para ser usada. No "Motel".
A porta fecha-se. Os corpos despem-se.
A cama redonda, por baixo do espelho que mostra um corpo em cima do outro. Lentamente, mãos que escorregam. Os lábios começam na boca. A língua entra e procura companhia.
O corpo faz de copo para o champanhe de boas vindas. Líquido que é sorvido em pequenos goles em mamilos tesos do frio e desejo. Escorre pela barriga. A língua acompanha o pequeno rio que desagua no triângulo já húmido e morno. Demora-se por lá em círculos que fazem nascer um gemido.
Trocam-se posições. Lento abocanhar do membro teso. Depois mais depressa.
As mãos empurram a cabeça para o movimento que se quer.
Os seios nus a roçarem a pele quando deslizam, enquanto os braços prendem na posição certa.
Ouvem-se gemidos do quarto ao lado. Uma mulher que grita “Mais” .
Na parede, o espelho que mostra o desejo crescido, dedos que enchem a cavidade com cio. Reflecte, também, as imagens de Vénus sintonizada na televisão. Descarada, pornográfica. Como o ambiente. Como eles e a vontade.
Penetra-a, fazendo-a cavalgar, roçando pernas. Ir e vir louco, as unhas cravadas na pele. Mãos que empurram e fazem força no peito dele. Bem fundo. A luz vermelha que ilumina por trás. A cama redonda a fazer rodar os corpos para outra posição, de lábios abertos, para o receber novamente. Fundo e forte. O quarto ao lado silencioso quando o grito anuncia o êxtase em loucura permitida deste quarto.
Ao lado da cama, uma cadeira. Erótica. A chamar para ser usada. No "Motel".
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Fé
Tive uma educação católica.
Lembro-me com 10 anos, influenciada pelas colegas da escola, pedir para ir para a catequese. E assim fui, e assim fiz até ao Crisma e até fui catequista (este é um texto sério, é favor não rir!).
Tive a sorte de ter dois "Pais de fé" fabulosos. Um, é o maior exemplo de humanismo que conheço. O sorriso sempre pronto, a disponibilidade para com os outros e com o mundo, o peito aberto a tudo.
O outro já não está connosco. Os nossos últimos tempos foram passados em muitos "passeios", como lhes chamavamos. O banco reclinado para trás e eu a conduzir muito devagarinho para que a quimioterapia não fizesse saltar o vómito cruel que o consumia.
Com eles aprendi uma fé que não tem a ver com pecados e labaredas do Inferno. Com eles aprendi a pensar e a sentir. Não diziam "é isto que está escrito, acredita". Diziam antes " o que pensas sobre isto". Com eles aprendi uma fé que fala de amor, de perdão, de dávida. Que fala na eterna fragilidade humana. Que fala no silêncio. Que fala em pegar ao colo quando as nossas pernas cedem ao cansaço.
Deste tempo ficaram, também, muitas das pessoas que me acompanham. Porque ali também era um espaço de encontro com a malta. De risos, de partilhas, de disparates. Éramos jovens e giros (inacessíveis, S.?).
Confesso-me afastada desta fé praticada. Católica não praticante, como se costuma dizer (como se isso fosse possível. É quase como dizer "sou fumador, mas não fumo, sou bailarino mas não danço"). Estou afastada dos templos, estou afastada de muitas das "normas", "regras", "ensinamentos".
Fui ensinada a questionar e a sentir e isso faz com que não consiga aceitar muita coisa. Faz com que não consiga resignar os ombros e dizer "Foi a Sua vontade".
E por isso, discuti com o Pai e bati a porta.
Mas acalmei. Não vou dizer que voltei, mas tenho a minha fé. A minha crença em algo mais forte que nós, numa energia maior. A minha crença naquilo que acredito serem ensinamentos de vida, o amor e o respeito ao próximo. Por isso a minha crença nas pessoas.
É a minha, não a imponho a ninguém. Sinto-me bem nela.
Neste Natal pensei muito nisto. Pensei, sobretudo, por causa da Diaba e do que lhe quero transmitir. É dificil lutar contra o Pai Natal e também não quero, mas eu a Diaba tivemos uma conversa muito gira sobre o porque de se dar presentes e o porque de se celebrar o Natal. Na versão católica. Na versão de que nasceu um menino muito amado a quem os Reis Magos ofereceram prendas. E ela achou a história muito gira. E eu fiquei contente.
Lembro-me com 10 anos, influenciada pelas colegas da escola, pedir para ir para a catequese. E assim fui, e assim fiz até ao Crisma e até fui catequista (este é um texto sério, é favor não rir!).
Tive a sorte de ter dois "Pais de fé" fabulosos. Um, é o maior exemplo de humanismo que conheço. O sorriso sempre pronto, a disponibilidade para com os outros e com o mundo, o peito aberto a tudo.
O outro já não está connosco. Os nossos últimos tempos foram passados em muitos "passeios", como lhes chamavamos. O banco reclinado para trás e eu a conduzir muito devagarinho para que a quimioterapia não fizesse saltar o vómito cruel que o consumia.
Com eles aprendi uma fé que não tem a ver com pecados e labaredas do Inferno. Com eles aprendi a pensar e a sentir. Não diziam "é isto que está escrito, acredita". Diziam antes " o que pensas sobre isto". Com eles aprendi uma fé que fala de amor, de perdão, de dávida. Que fala na eterna fragilidade humana. Que fala no silêncio. Que fala em pegar ao colo quando as nossas pernas cedem ao cansaço.
Deste tempo ficaram, também, muitas das pessoas que me acompanham. Porque ali também era um espaço de encontro com a malta. De risos, de partilhas, de disparates. Éramos jovens e giros (inacessíveis, S.?).
Confesso-me afastada desta fé praticada. Católica não praticante, como se costuma dizer (como se isso fosse possível. É quase como dizer "sou fumador, mas não fumo, sou bailarino mas não danço"). Estou afastada dos templos, estou afastada de muitas das "normas", "regras", "ensinamentos".
Fui ensinada a questionar e a sentir e isso faz com que não consiga aceitar muita coisa. Faz com que não consiga resignar os ombros e dizer "Foi a Sua vontade".
E por isso, discuti com o Pai e bati a porta.
Mas acalmei. Não vou dizer que voltei, mas tenho a minha fé. A minha crença em algo mais forte que nós, numa energia maior. A minha crença naquilo que acredito serem ensinamentos de vida, o amor e o respeito ao próximo. Por isso a minha crença nas pessoas.
É a minha, não a imponho a ninguém. Sinto-me bem nela.
Neste Natal pensei muito nisto. Pensei, sobretudo, por causa da Diaba e do que lhe quero transmitir. É dificil lutar contra o Pai Natal e também não quero, mas eu a Diaba tivemos uma conversa muito gira sobre o porque de se dar presentes e o porque de se celebrar o Natal. Na versão católica. Na versão de que nasceu um menino muito amado a quem os Reis Magos ofereceram prendas. E ela achou a história muito gira. E eu fiquei contente.
Tasmanices IV
" Mãe- Mas que grande arranhão tu tens na testa. Como é que fizeste isso?
Diaba da Tasmania- Não sei, não me lembro. Sou como tu, não sei onde faço estas coisas."
(Com tanta coisa, filha, para tu teres os genes da Mãe, tinhas logo que herdar a aptidão para o desastre natural....)
Diaba da Tasmania- Não sei, não me lembro. Sou como tu, não sei onde faço estas coisas."
(Com tanta coisa, filha, para tu teres os genes da Mãe, tinhas logo que herdar a aptidão para o desastre natural....)
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Um beijo
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Whisper
"
Ele - hello i'm still here
all that's left of yesterday
Ela- I've always been right behind you
I'll always be right beside you"
Ele - hello i'm still here
all that's left of yesterday
Ela- I've always been right behind you
I'll always be right beside you"
sábado, 20 de dezembro de 2008
Dizem que é Natal
Dizem que é Natal, e eu que tão pouco natalícia sou! Junto-me à carneirada enquanto procuro nas lojas os presentes ideais, enquanto penso e faço contas. Junto-me nos jantares com toda a gente e mais alguém. Ontem foi um, hoje tento ir a dois e amanhã almoço e jantar. Não que não saibam bem, pelo contrário, sabe muito bem encontrar e estar com quem nem sempre é fácil estar por causa da falta de tempo, pelo corre-corre, pela vidinha. Peçam-me que partilhe este Natal, o das pessoas, mas não me peçam para andar a enfeitar, fitinhas, bolinhas e pais natal, porque isso soa-me a artificial, como a neve que insistem em por espalhada por ai.
Não sou natalícia, mas vou na carneirada e até prometo portar-me bem, principalmente por ela, pela Diaba da Tasmania, que vive a festa, que adora andar de um lado para o outro a dar prendas e a receber beijos (a quem é que ela sairá??). Por ela, com quem me sento a fazer os presentes que ela vai oferecer. E por ela, também, desdobro-me e penduro fitas e anjinhos. E com ela canto canções de natal. Por ela que já entrou na tradição de fazer os doces no dia 24, mulheres na cozinha a estender massa, fritar e adoçar.
Não sou natalícia, mas prometo portar-me bem e peço como prenda, que ela viva sempre em festa, a dar de si e em paz. Como o Natal deve ser .
Não sou natalícia, mas vou na carneirada e até prometo portar-me bem, principalmente por ela, pela Diaba da Tasmania, que vive a festa, que adora andar de um lado para o outro a dar prendas e a receber beijos (a quem é que ela sairá??). Por ela, com quem me sento a fazer os presentes que ela vai oferecer. E por ela, também, desdobro-me e penduro fitas e anjinhos. E com ela canto canções de natal. Por ela que já entrou na tradição de fazer os doces no dia 24, mulheres na cozinha a estender massa, fritar e adoçar.
Não sou natalícia, mas prometo portar-me bem e peço como prenda, que ela viva sempre em festa, a dar de si e em paz. Como o Natal deve ser .
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Os Coristas
Depois de adormecidas as duas belas (a Diaba e Amiga que devia vir trabalhar:) ), sozinha em casa, tive de tomar uma dura decisão : passar kilos de roupa a ferro ou borrifar-me para isso e enroscar-me no sofá a ver um filme.
Pensei, pensei muito (2 segundos!) e decidi ver o filme. Há muito que o queria ver.
Passadas 10 horas ainda estou cheia :) É um filme de amor, com fotografia simples e bonita, com uma história batida mas sempre nova. Adorei.
Claro que dois dias seguidos a dar-me mimos já é demais e não posso habituar-me. Por isso vou aproveitar estar ainda tão cheiaaaaaaaaaa para logo sair do primeiro emprego, ir para o segundo, ir a correr buscar a Diaba da Tasmania, dar-lhe banho e jantar, lutar contra a resistência dela ao sono e preparar-me para, no mínimo, três horitas de ferro. Mas sempre com um coro infantil no coração e um sorriso nos lábios.
P.S- Filme e OST com o alto Patrocínio do Vizinho a quem deixo um profundo obrigada :)
Pensei, pensei muito (2 segundos!) e decidi ver o filme. Há muito que o queria ver.
Passadas 10 horas ainda estou cheia :) É um filme de amor, com fotografia simples e bonita, com uma história batida mas sempre nova. Adorei.
Claro que dois dias seguidos a dar-me mimos já é demais e não posso habituar-me. Por isso vou aproveitar estar ainda tão cheiaaaaaaaaaa para logo sair do primeiro emprego, ir para o segundo, ir a correr buscar a Diaba da Tasmania, dar-lhe banho e jantar, lutar contra a resistência dela ao sono e preparar-me para, no mínimo, três horitas de ferro. Mas sempre com um coro infantil no coração e um sorriso nos lábios.
P.S- Filme e OST com o alto Patrocínio do Vizinho a quem deixo um profundo obrigada :)
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Musicas III
Voltando à selecção musical do ano, hoje deixo mais duas:
A primeira é linda para enroscar e estar no bem-bom. A segunda é linda, porque eles são grandes!
"Another World" by Antony & The Johnsons
Metallica - The Unforgiven III
A primeira é linda para enroscar e estar no bem-bom. A segunda é linda, porque eles são grandes!
"Another World" by Antony & The Johnsons
Metallica - The Unforgiven III
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
É sim, que eu é que sei!
Deve dizer-se sim! Deve dizer-se de cada vez que a vontade fizer sentido. Deve dizer-se Obrigada! Gosto! Preciso! Desculpa! Obrigada! Deve dizer-se em palavras e deve dizer-se de todas as maneiras possíveis. Deve dizer-se para que nunca haja dúvidas.
Eu abrando, respiro e cuido de mim, em finais de tarde, n'A Margem, onde entro e olho o rio, nas manhãs em que acordo contente por ser mais um dia. E lembro-me que se deve dizer sempre. Sempre que a vontade fizer sentido.
Eu abrando, respiro e cuido de mim, em finais de tarde, n'A Margem, onde entro e olho o rio, nas manhãs em que acordo contente por ser mais um dia. E lembro-me que se deve dizer sempre. Sempre que a vontade fizer sentido.
Conversas Médicas
Ontem fui "body-combater". Ontem estava irritada o que fez com que me apetecesse "combater" meio à bruta. Resultado: no meio de um roundhouse kick, a perninha levantou até onde não devia e eu senti qualquer coisa parecida com um rasgar.
No final do dia, já doía muito e decidi passar pelo SAP e pedir "drogas".
Só estava uma pessoa na sala. Fiquei . Um minuto depois lá fui chamada e entrei no consultório para dar de caras com um médico que já me tinha atendido numa outra vez. Depois de uma breve troca de cumprimentos, o Srº Dr. olhou para mim e disse:
- Desculpe, mas tenho a impressão que a conheço.
- Sabe, os paparazzi não me largam, disse eu a rir.
Perante o ar confuso dele, resolvi dizer a verdade.
- Já estive aqui consigo. Eu com uma tosse persistente e o Dr. com muito bom humor e sempre a acreditar.
- Já me lembro, disse ele no meio de risos, falámos de carros.
A partir daqui foi só galhofa. Desta vez foi uma consulta mais rápida que da primeira vez, mas igualmente engraçada.
No final, depois de ele dizer " Temos aqui uma distensão muscular" (será que também lhe doia a perna??), lá me passou uma receita de Voltaren e água quente (que era o que eu queria, porque o "massagista" de serviço já tinha dito que era isso que eu devia fazer:) ).
Com a receita, à semelhança da outra vez, lá veio um post-it com o número de telemóvel dele, e a frase de despedida.
- Se não melhorar, telefone-me. Se melhorar telefone também.
O Dr. tem um Type-R e um Porche Carrera (um dia desenvolvo uma teoria acerca de homens de 40/50 anos, nos "espetarem" sempre as tangas dos carros que têm. Será que isso esconde outras coisas relacionadas com potência?). Velhinhos porque são de colecção, mas capazes de me fazer pensar em telefonar e ir dar uma voltinha!
No final do dia, já doía muito e decidi passar pelo SAP e pedir "drogas".
Só estava uma pessoa na sala. Fiquei . Um minuto depois lá fui chamada e entrei no consultório para dar de caras com um médico que já me tinha atendido numa outra vez. Depois de uma breve troca de cumprimentos, o Srº Dr. olhou para mim e disse:
- Desculpe, mas tenho a impressão que a conheço.
- Sabe, os paparazzi não me largam, disse eu a rir.
Perante o ar confuso dele, resolvi dizer a verdade.
- Já estive aqui consigo. Eu com uma tosse persistente e o Dr. com muito bom humor e sempre a acreditar.
- Já me lembro, disse ele no meio de risos, falámos de carros.
A partir daqui foi só galhofa. Desta vez foi uma consulta mais rápida que da primeira vez, mas igualmente engraçada.
No final, depois de ele dizer " Temos aqui uma distensão muscular" (será que também lhe doia a perna??), lá me passou uma receita de Voltaren e água quente (que era o que eu queria, porque o "massagista" de serviço já tinha dito que era isso que eu devia fazer:) ).
Com a receita, à semelhança da outra vez, lá veio um post-it com o número de telemóvel dele, e a frase de despedida.
- Se não melhorar, telefone-me. Se melhorar telefone também.
O Dr. tem um Type-R e um Porche Carrera (um dia desenvolvo uma teoria acerca de homens de 40/50 anos, nos "espetarem" sempre as tangas dos carros que têm. Será que isso esconde outras coisas relacionadas com potência?). Velhinhos porque são de colecção, mas capazes de me fazer pensar em telefonar e ir dar uma voltinha!
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Musica II
Amanhã há Concha Buika no CCB. Gosto da voz dela, da sonoridade misturada de estilos. Gosto desta música, que é a conversa de um pai com uma filha, cheia de sentimento http://www.youtube.com/watch?v=90uBTLM07cM.
Mas isso é amanhã. Hoje é dia da Ritinha SapatinhosVermelhos, no Casino de Lisboa, à borla. Dentro do panorama nacional, o albúm "Golden Era" é um dos meus preferidos em 2008.
Acho que 2008 foi bom em músiquinha portuguesa. Ano da Ritinha, de novo albúm dos Dead Combo, dos X-Wife em grande, o movimento UPA com parcerias fantásticas, Rui Reininho a aquecer Dezembro e podia continuar com mais alguns.
Vou deixar aqui a Ritinha e os Dead Combo :)
Choose Love
Putos a Roubar Maçãs
Mas isso é amanhã. Hoje é dia da Ritinha SapatinhosVermelhos, no Casino de Lisboa, à borla. Dentro do panorama nacional, o albúm "Golden Era" é um dos meus preferidos em 2008.
Acho que 2008 foi bom em músiquinha portuguesa. Ano da Ritinha, de novo albúm dos Dead Combo, dos X-Wife em grande, o movimento UPA com parcerias fantásticas, Rui Reininho a aquecer Dezembro e podia continuar com mais alguns.
Vou deixar aqui a Ritinha e os Dead Combo :)
Choose Love
Putos a Roubar Maçãs
domingo, 14 de dezembro de 2008
SPM
Sacudida por murmúrios
Sussurros por momentos
Só, pelo mundo
(s0fri por mim)
Separada por muros
Sem palavras maiores
Semi Pandora mulher
(só, para mim)
Seiva pactuante morna
Sufocante primeira Madalena
Será página muda
(só, por mim)
Só, porque morri.
Sussurros por momentos
Só, pelo mundo
(s0fri por mim)
Separada por muros
Sem palavras maiores
Semi Pandora mulher
(só, para mim)
Seiva pactuante morna
Sufocante primeira Madalena
Será página muda
(só, por mim)
Só, porque morri.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Músicas I
Perguntaram-me se tinha uma música preferida em 2008... Errrrrr, da maneira que gosto e consumo música isso é muito difícil! Tenho para a música o mesmo critério que tenho para os filmes, podem ser de "grande consumo" ou alternativos, mas desde que me façam sentir alguma coisa, eu gosto.
Muitas das minhas músicas preferidas estão ali ao lado, mas é dificil escolher, por isso decidi que vou, até ao final do ano, por algumas das que mais gosto aqui. A escolha tem como critérios, a orquestração e as letras (há musicas que gosto da "batida" e depois vou ver a letra e...).
Hoje ponho duas. A primeira que acho fenomenal a orquestração e é um dos melhores álbuns do ano, e a segunda porque, para mim, o grupo foi uma revelação.
The Last Shadow Puppets
Kings of Leon - Use Somebody
Muitas das minhas músicas preferidas estão ali ao lado, mas é dificil escolher, por isso decidi que vou, até ao final do ano, por algumas das que mais gosto aqui. A escolha tem como critérios, a orquestração e as letras (há musicas que gosto da "batida" e depois vou ver a letra e...).
Hoje ponho duas. A primeira que acho fenomenal a orquestração e é um dos melhores álbuns do ano, e a segunda porque, para mim, o grupo foi uma revelação.
The Last Shadow Puppets
Kings of Leon - Use Somebody
Cartinha ao Pai Natal
Ontem revi o "Sexo e a Cidade", enroscada no sofá com a mana. Filme de gajas, visto por gajas :) Eu sei que não é um grande filme, que a história é banal, que é apenas mais um episódio da série, embora mais comprido, mas eu gosto.
Quando o filme acabou, escrevi, finalmente, a minha carta ao Pai Natal, e pedi-lhe que me traga um amor assim. Um amor de filme. Que tenha ilusões, desilusões, choros e risos, contratempos e reencontros. Que tenha um final feliz com votos de " prometo tentar sempre que o meu amor, o teu amor, o nosso amor, faça sentido".
Pronto. Só uma prenda que não quero abusar do velhote :)
Esta foto é de outro filme, mas eu acho que tem tanta cumplicidade, tanto amor....
Quando o filme acabou, escrevi, finalmente, a minha carta ao Pai Natal, e pedi-lhe que me traga um amor assim. Um amor de filme. Que tenha ilusões, desilusões, choros e risos, contratempos e reencontros. Que tenha um final feliz com votos de " prometo tentar sempre que o meu amor, o teu amor, o nosso amor, faça sentido".
Pronto. Só uma prenda que não quero abusar do velhote :)
Esta foto é de outro filme, mas eu acho que tem tanta cumplicidade, tanto amor....
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Isto não é uma prenda! Não é, não é, não é, não é!!!!!!!!!!!!!!
Hoje ofereceram-me um livro. Adoro prendas, assim em completa surpresa. Adoro. E quem ofereceu sabe disso.
Por isso, obrigada e prometo ler para poder discutir.
Para ti, um miminho, porque também sei que gostas disto :) (Viste o título? Viste? Viste?)
Por isso, obrigada e prometo ler para poder discutir.
Para ti, um miminho, porque também sei que gostas disto :) (Viste o título? Viste? Viste?)
10 razões para me levarem para uma estância de ski
1- Sou girita, divertida, falo sobre tudo e mais um par de botas e fico bem em qualquer grupo
2- Adoro neve e o ambiente de estância de ski
3- Sei esquiar de forma a companhar em qualquer pista, mas nada impede de ter umas aulinhas, principalmente para aprender voltas com bastão.
4- Sou girita, divertida, falo sobre tudo e mais um par de botas e fico bem em qualquer grupo
5- Adoro o suave deslizar nas pistas, deslizar, deslizar, catrapummm "bolas, onde é que ficou a m***a do bastão?", deslizar, deslizar "saiam da frente que não sei travar!"
6- Tenho o equipamento necessário
7- Sou girita, divertida, falo sobre tudo e mais um par de botas e fico bem em qualquer grupo
8- Adoro lutas com bolas de neve
9- Tenho umas "boas pernas" pelo que tenho pedalada para dias e dias de ski
10-Já disse que sou girita, divertida, falo sobre tudo e mais um par de botas e fico bem em qualquer grupo??
2- Adoro neve e o ambiente de estância de ski
3- Sei esquiar de forma a companhar em qualquer pista, mas nada impede de ter umas aulinhas, principalmente para aprender voltas com bastão.
4- Sou girita, divertida, falo sobre tudo e mais um par de botas e fico bem em qualquer grupo
5- Adoro o suave deslizar nas pistas, deslizar, deslizar, catrapummm "bolas, onde é que ficou a m***a do bastão?", deslizar, deslizar "saiam da frente que não sei travar!"
6- Tenho o equipamento necessário
7- Sou girita, divertida, falo sobre tudo e mais um par de botas e fico bem em qualquer grupo
8- Adoro lutas com bolas de neve
9- Tenho umas "boas pernas" pelo que tenho pedalada para dias e dias de ski
10-Já disse que sou girita, divertida, falo sobre tudo e mais um par de botas e fico bem em qualquer grupo??
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Gogol Bordello
Dão um concerto, hoje, no Campo Pequeno. Não é que a musica seja sobreba (pelo menos para o meu gosto), mas os tipos são divertidos, bem dispostos e é daqueles concertos em que é obrigatório saltar (AMG e S, lembram-se daquela noite em que acabamos, em frente ao palco, aos saltos, encontrões e moches, enquanto gritavanos "cuecas"? É o mesmo genero. LOL). Só por isso tenho pena de não ir (mais um!). E vamos lá ver se o pessoal que vai tem a sorte do vocalista também ir, é que ele, no meio das bebedeiras e cigarradas, às vezes não aparece!
Deixo aqui uma das mais softs.
Deixo aqui uma das mais softs.
Tasmanices III
" - Mãe, posso sair da mesa?
- Onde vais filha?
- Vou ver como está o Sporting para te dizer.
(a televisão foi abolida dos jantares, excepção feita a jogos do Sporting. Mesmo assim, a televisão na sala e o jantar na cozinha.)
- Mãe, posso levantar a mesa e arrumar tudo?
(ela sabe que é função dela, por isso quando ela pergunta isto com tanto calor, toda eu começo a tremer...)
- Mãe, sabes que te adoro e és uma exclente cozinheira? Tava tudo tão bom.
(agora sim, tremo de medoooooooooooooooo. O que virá ai com tanto lambe-botas?)
Pausa de um minuto
- Mãe, eu hoje portei-me bem, não foi?
- Foi filha, tu hoje estás 5 estrelas.
- Pois é, então posso comer um doce?
(Ora toma lá! Esta miúda vai longe, ou como diz o Grande "tem cá um mamar mais doce")
- Onde vais filha?
- Vou ver como está o Sporting para te dizer.
(a televisão foi abolida dos jantares, excepção feita a jogos do Sporting. Mesmo assim, a televisão na sala e o jantar na cozinha.)
- Mãe, posso levantar a mesa e arrumar tudo?
(ela sabe que é função dela, por isso quando ela pergunta isto com tanto calor, toda eu começo a tremer...)
- Mãe, sabes que te adoro e és uma exclente cozinheira? Tava tudo tão bom.
(agora sim, tremo de medoooooooooooooooo. O que virá ai com tanto lambe-botas?)
Pausa de um minuto
- Mãe, eu hoje portei-me bem, não foi?
- Foi filha, tu hoje estás 5 estrelas.
- Pois é, então posso comer um doce?
(Ora toma lá! Esta miúda vai longe, ou como diz o Grande "tem cá um mamar mais doce")
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Natal
Eu confesso que não sou grande fã do Natal. Não baixa em mim o espírito natalicio, alegre e contente, nem ando por ai a por fitinhas e luzinhas em todo o lado. Confesso que ainda nem a Arvore de Natal fiz. Mas isso não quer dizer que não aprecie a quadra.
Gosto, mas o que eu gosto mesmo é da tradição do dia 24 ser passado na cozinha a amassar filhoses, fritar rabanadas e afins, com a Mãe e a Mana. E até sinto saudades do Natal dos Hospitais a passar na televisão nessas tardes :)
Pronto, isto tudo para dizer que embora não seja natalicia, gosto o suficiente da quadra para me insurgir contra os Pais Natais pendurados nas varandas.
Ora se a tradição diz que o srº, alegre e contente, entra pelas chaminés, porque pendurá-los, como se fossem assaltantes a tentar entrar na surra em casa de cada um? E já agora para roubar o que? Alguma filhós mais douradinha? É que as prendas é suposto ser ele a trazer...
O pior dessas estranhas criaturas, que alguém teve o mau gosto de vestir de vermelho com uma lista branca, é que quando dá o vento, ficam viradas e em vez de um velhinho a tentar subir uma escada de corda com muito peso às costas, ficamos com um velhinho enforcado.
Isto deixa-me sempre uma dúvida: fomos nós que o matámos, de certo de ataque cardiaco que a idade dele já não está para estas escaladas, ou foi o Pai Natal que se suicidou com vergonha ter descido tão baixo?
A sério, a bem do bom nome do Pai natal, deixem-se lá dessas palermices. O Pai Natal vem de trenó puxado pelas renas e entra pela chaminé. Ok? Entendidos?
E agora, para verem como gosto do Natal, cá vai um grande hit :))
Gosto, mas o que eu gosto mesmo é da tradição do dia 24 ser passado na cozinha a amassar filhoses, fritar rabanadas e afins, com a Mãe e a Mana. E até sinto saudades do Natal dos Hospitais a passar na televisão nessas tardes :)
Pronto, isto tudo para dizer que embora não seja natalicia, gosto o suficiente da quadra para me insurgir contra os Pais Natais pendurados nas varandas.
Ora se a tradição diz que o srº, alegre e contente, entra pelas chaminés, porque pendurá-los, como se fossem assaltantes a tentar entrar na surra em casa de cada um? E já agora para roubar o que? Alguma filhós mais douradinha? É que as prendas é suposto ser ele a trazer...
O pior dessas estranhas criaturas, que alguém teve o mau gosto de vestir de vermelho com uma lista branca, é que quando dá o vento, ficam viradas e em vez de um velhinho a tentar subir uma escada de corda com muito peso às costas, ficamos com um velhinho enforcado.
Isto deixa-me sempre uma dúvida: fomos nós que o matámos, de certo de ataque cardiaco que a idade dele já não está para estas escaladas, ou foi o Pai Natal que se suicidou com vergonha ter descido tão baixo?
A sério, a bem do bom nome do Pai natal, deixem-se lá dessas palermices. O Pai Natal vem de trenó puxado pelas renas e entra pela chaminé. Ok? Entendidos?
E agora, para verem como gosto do Natal, cá vai um grande hit :))
This Mortal Coil- Another Day
The kettles on, the sun has gone, another day
She offers me, tibetan tea, on a flower tray
Shes at the door, shes wants to score, she really needs to say:
i once loved you a long time ago, you know
Where the winds own forget-me-nots blow, you know
But I couldnt let myself go
Not knowing what on earth there was to know
But I wish that I had, cause it makes me so sad
That I never had one of your children.
Across the room, inside a tomb, a chance is waxed and waned
The night is young, why are we so hung-up, in each others chains
I must take her, I must make her, while the dove domains
See the juice run as she flies
Run my wings under her sighs
As the flames of eternity rise
To lick us with the first born lash of dawn
Oh really my dear, I cant see what we fear
With ourselves, sat here between us
And at the door, we cant say more, than just another day
Without a sound, I turn around, and I walk away
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Eles andem aiii
Há fenómenos paranormais. Só pode haver! Se não, como se explica??
Sábado, depois do trabalho (ao que parece trabalhar eleva o espírito!), malas feitas, vontade aviada, aí vamos nós, eu, a Diaba e a Amiga, auto-estrada fora. Já a noite a entrar pelo para-brisas e a convidar a conversas, sérias, sofridas, doridas. Explicações filosóficas de quem muito pensa e muito sente. Música chill-out a acompanhar. Pensadoras livres.
Com a chegada, os livros, as palavras escritas e repetidas, os prémios que ganharam... Sempre em elevação da "alma" (não há ironia nisto,ok!). Depois o gourmet, no paladar bebido e comido, na companhia em goles degustados, nas compras e voltas. Tudo em esquerdismo de gajas cultas, cigarro ao canto da boca e boémia na alma. Depois dá-se a transformação! É aqui que começa o fenómeno paranormal.
Começa com o montar, aparentemente simples, de uma mesa de cabeceira. Instruções para aqui, para ali, desenhos que "de certeza estão mal". Marteladas em parafusos que não queriam entrar (pois se não deviam estar naquele sitio, era natural não quererem entrar!) e nós, calmas e sabedoras ainda imbuídas do tal espírito pensador livre, a achar que nós é que sabiamos, não era aquele desenho manhoso que nos ia dizer como fazer! Claro que tinha de dar em porcaria! Tábuas na cabeça, dedos entalados, rir até quase não ter tempo para ir à casa-de-banho, e o espirito carpinteiro a fazer das suas. Foi o fim da "elevação". A partir daqui já não houve regresso. A decadência.... Ele foi tábuas que sobraram, "não faz mal, que isto não faz falta", jantar ossos à mão, sacos, saquinhos e sacões e ainda uma geleira "atão, a gente vem do camping...", Diaba a acompanhar um café numa esplanada vestidinha de seu belo pijama, a viagem de regresso ao som dos Wham! e das nossas vozes a cantar. Até de Tony Carrera, Diapasão e Marante falamos.
Ora bem, se isto não foi um espírito brega que se apoderou de nós (já, uma vez, apelidadas de inatingíveis), o que foi então?? Que outra explicação pode haver? Hummmm??
É o que dá ir "à terra"!
Sábado, depois do trabalho (ao que parece trabalhar eleva o espírito!), malas feitas, vontade aviada, aí vamos nós, eu, a Diaba e a Amiga, auto-estrada fora. Já a noite a entrar pelo para-brisas e a convidar a conversas, sérias, sofridas, doridas. Explicações filosóficas de quem muito pensa e muito sente. Música chill-out a acompanhar. Pensadoras livres.
Com a chegada, os livros, as palavras escritas e repetidas, os prémios que ganharam... Sempre em elevação da "alma" (não há ironia nisto,ok!). Depois o gourmet, no paladar bebido e comido, na companhia em goles degustados, nas compras e voltas. Tudo em esquerdismo de gajas cultas, cigarro ao canto da boca e boémia na alma. Depois dá-se a transformação! É aqui que começa o fenómeno paranormal.
Começa com o montar, aparentemente simples, de uma mesa de cabeceira. Instruções para aqui, para ali, desenhos que "de certeza estão mal". Marteladas em parafusos que não queriam entrar (pois se não deviam estar naquele sitio, era natural não quererem entrar!) e nós, calmas e sabedoras ainda imbuídas do tal espírito pensador livre, a achar que nós é que sabiamos, não era aquele desenho manhoso que nos ia dizer como fazer! Claro que tinha de dar em porcaria! Tábuas na cabeça, dedos entalados, rir até quase não ter tempo para ir à casa-de-banho, e o espirito carpinteiro a fazer das suas. Foi o fim da "elevação". A partir daqui já não houve regresso. A decadência.... Ele foi tábuas que sobraram, "não faz mal, que isto não faz falta", jantar ossos à mão, sacos, saquinhos e sacões e ainda uma geleira "atão, a gente vem do camping...", Diaba a acompanhar um café numa esplanada vestidinha de seu belo pijama, a viagem de regresso ao som dos Wham! e das nossas vozes a cantar. Até de Tony Carrera, Diapasão e Marante falamos.
Ora bem, se isto não foi um espírito brega que se apoderou de nós (já, uma vez, apelidadas de inatingíveis), o que foi então?? Que outra explicação pode haver? Hummmm??
É o que dá ir "à terra"!
sábado, 6 de dezembro de 2008
Vida em Festa
E o que eu gosto disto?? É que gosto mesmo. Fins de dia e noites dentro com os Amigos. Comezainas, vinhaça, cantorias... tudo a que temos direito. E rir, rir até doer a barriga.
Ainda por cima, todos Sportinguistas e o Sporting ganhou :)
Ó pá... gosto de vocês, ou como diz a Diaba da Tasmânia "São as melhores noites da minha vida!"
Ainda por cima, todos Sportinguistas e o Sporting ganhou :)
Ó pá... gosto de vocês, ou como diz a Diaba da Tasmânia "São as melhores noites da minha vida!"
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Degustar... de gostar
"Ele apareceu com o seu passo arrastado e bamboleante. Ela já estava na estação, à espera de nada.
Encontraram-se por acaso, na plataforma de embarque.
O tango enredado em coreografias ditadas pelo cansaço de quem chega.
Ficaram, na plataforma, em mágicos silêncios, cabeças rendidas aos olhares cheios e simples.
A ternura tornou-se numa maravilhosa praga de gafanhotos que os levava, aos pulos, a risos sinceros e ao milagre da alegria infantil. Ela não esperava nada para os dois, ele olhava-a com ódio, por ela dar tudo. Ele era quase crédulo e de vontade fraca, ela fingia-se forte (...). Ele desculpava-se de tudo, ela culpava-se do mundo.
Viviam mãos e bocas nos mapas dos corpos suados. Acabavam por se abraçar os dois numa cama desfeita em desejos, onde ela ansiava pelo sono tranquilo que ele velava entre beijos e mão dada. E ela sentia-se protegida.
Ele chamava-a de Maria. Ela não o chamava, deixava que ele viesse quando a vontade o empurrasse.
Acabavam os dois por se perderem num mar de terra e sonhos. Porque ele era vendedor de sonhos que eram a colecção preferida dela.
De mansinho, a surpresa de querer mais por serem tanto em tão pouco. Mas já não riam.
Ela mostrou-lhe a alma na certeza que ele não ficaria, ainda que o desejassem. Ele inquietou-se. Fizeram as malas em conjunto.
Na plataforma de onde nunca sairam, disseram adeus."
Porque hoje é bolinha no dia que era só meu
Encontraram-se por acaso, na plataforma de embarque.
O tango enredado em coreografias ditadas pelo cansaço de quem chega.
Ficaram, na plataforma, em mágicos silêncios, cabeças rendidas aos olhares cheios e simples.
A ternura tornou-se numa maravilhosa praga de gafanhotos que os levava, aos pulos, a risos sinceros e ao milagre da alegria infantil. Ela não esperava nada para os dois, ele olhava-a com ódio, por ela dar tudo. Ele era quase crédulo e de vontade fraca, ela fingia-se forte (...). Ele desculpava-se de tudo, ela culpava-se do mundo.
Viviam mãos e bocas nos mapas dos corpos suados. Acabavam por se abraçar os dois numa cama desfeita em desejos, onde ela ansiava pelo sono tranquilo que ele velava entre beijos e mão dada. E ela sentia-se protegida.
Ele chamava-a de Maria. Ela não o chamava, deixava que ele viesse quando a vontade o empurrasse.
Acabavam os dois por se perderem num mar de terra e sonhos. Porque ele era vendedor de sonhos que eram a colecção preferida dela.
De mansinho, a surpresa de querer mais por serem tanto em tão pouco. Mas já não riam.
Ela mostrou-lhe a alma na certeza que ele não ficaria, ainda que o desejassem. Ele inquietou-se. Fizeram as malas em conjunto.
Na plataforma de onde nunca sairam, disseram adeus."
Porque hoje é bolinha no dia que era só meu
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Sempre gostei de Nietzshe
" Não suporto que me roubem a solidão sem em troca me oferecerem verdadeira companhia."
Nietzsche
Nietzsche
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Não sei se percebo
Uma coisa é ser o Pai a dizer, ele é o maior critico e o maior fã, portanto diz muitaaaa coisa. Quando começam a ser outros a dizer o caso muda de figura. Hoje no meio do vinho e conversas sobre vidas, com o Amigo que tanto me conhece, lá veio outra vez a frase " Tu intimidas!". Então é isso? Então é isso... Eu intimido?? Eu que, na realidade, só quero mimos e enroscar-me. Que adorava não estar sempre a ter de, ter de. Eu, que morro de medo de fazer e ainda mais morro de medo de me arrepender de não fazer. Eu intimido? Mas porque???
Inquietação
"(...)Cá dentro inqueitação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Cá dentro inqueitação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Mas sei
É que não sei ainda
Há sempre qualquer coisa que eu tenho que fazer
Qualquer coisa que eu devia resolver
Porquê, não sei
Mas sei
Que essa coisa é que é linda."
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Tasmanices II
Parece que vamos ser emigrantes!
A Diaba da Tâsmania tem um amigo imaginário. Não um amigo qualquer, é um cão de seu nome Farrusco. O Farrusco é um cão muito à frente, não se contenta com qualquer ossito, ai não, não. O Farrusco tem um telemóvel e um computador portátil, que usa regularmente para falar com a Diaba. Tem uma mota, uma Peugeout vermelha. O Farrusco farta-se de viajar e adora tanto a praia como a neve para esquiar. Tem duas irmãs e um irmão e os pais dele vêm a nossa casa regularmente. Ultimamente há chatices entre eles. São frequentes as discussões e tudo porque o Farrusco foi trabalhar para Espanha.
Veio cá este fim de semana e, ao que parece, houve uma conversa séria.
" Mãe, já estive a falar com o Farrusco e isto assim não resulta. Ele está em Espanha e nós aqui e depois temos muitas saudades. O melhor é irmos para Espanha viver!"
(Pode ser filha, pelo menos lá sempre há sesta!)
Murros no estômago
Ultimamente, ela tem falado muito da morte. Parece que é normal, que começam a perguntar por isso. Os desenhos animados também dão uma ajuda nestes conceitos. Preferia mil vezes que continuasse a perguntar como se fazem bebés, mas, ao que parece, sobre isso ela já sabe tudo. Já diz que "quando for grande, também vou ter ovos para fazer bebés".
De manhã, ela estava a ver uma coisa sobre o corpo humano e a necessidade de oxigénio e lá veio o murro no estômago
" -Mãe se eu deixar de respirar morro. Se eu morrer deixo de te ver e estar contigo, não é?
- Sim filha, quando se morre deixamos de estar com os outros. Deixamos de fazer tudo o que fazemos agora.
- Não te preocupes mãe, eu vou continuar a amar-te na mesma"
( Ouve-me bem, minha filha, ouve mesmo bem. Estás proibida, proibidissima de algum dia morreres. É a única coisa que te proibo com toda a autoridade de Mãe! Não penses sequer em desobedecer! E agora vou ali por uns tampões nos olhos e no coração que não param de chorar.)
A Diaba da Tâsmania tem um amigo imaginário. Não um amigo qualquer, é um cão de seu nome Farrusco. O Farrusco é um cão muito à frente, não se contenta com qualquer ossito, ai não, não. O Farrusco tem um telemóvel e um computador portátil, que usa regularmente para falar com a Diaba. Tem uma mota, uma Peugeout vermelha. O Farrusco farta-se de viajar e adora tanto a praia como a neve para esquiar. Tem duas irmãs e um irmão e os pais dele vêm a nossa casa regularmente. Ultimamente há chatices entre eles. São frequentes as discussões e tudo porque o Farrusco foi trabalhar para Espanha.
Veio cá este fim de semana e, ao que parece, houve uma conversa séria.
" Mãe, já estive a falar com o Farrusco e isto assim não resulta. Ele está em Espanha e nós aqui e depois temos muitas saudades. O melhor é irmos para Espanha viver!"
(Pode ser filha, pelo menos lá sempre há sesta!)
Murros no estômago
Ultimamente, ela tem falado muito da morte. Parece que é normal, que começam a perguntar por isso. Os desenhos animados também dão uma ajuda nestes conceitos. Preferia mil vezes que continuasse a perguntar como se fazem bebés, mas, ao que parece, sobre isso ela já sabe tudo. Já diz que "quando for grande, também vou ter ovos para fazer bebés".
De manhã, ela estava a ver uma coisa sobre o corpo humano e a necessidade de oxigénio e lá veio o murro no estômago
" -Mãe se eu deixar de respirar morro. Se eu morrer deixo de te ver e estar contigo, não é?
- Sim filha, quando se morre deixamos de estar com os outros. Deixamos de fazer tudo o que fazemos agora.
- Não te preocupes mãe, eu vou continuar a amar-te na mesma"
( Ouve-me bem, minha filha, ouve mesmo bem. Estás proibida, proibidissima de algum dia morreres. É a única coisa que te proibo com toda a autoridade de Mãe! Não penses sequer em desobedecer! E agora vou ali por uns tampões nos olhos e no coração que não param de chorar.)
domingo, 30 de novembro de 2008
Folgas e trabalhos
Peguei no calendário e contei. Amanhã é o segundo dia de "folga" em 27 dias!!!! Quer dizer...errrr, é o segundo dia sem ter de estar em nenhum dos empregos, porque na realidade o programita já está feito: manhã armada em sopeira com limpezas do chiqueiro, também conhecido por casa, à tarde cinema com a Diaba da Tasmânia (Madagascar, ai vamos nós!) e depois jantareco cá em casa com os Amiguitos (que preciso de mimos e conversas sérias/tolas). Uffaaa!
Acho que devia ter aceite o convite e ter ido ver nevar em Milão....sempre descansava mais :)
Acho que devia ter aceite o convite e ter ido ver nevar em Milão....sempre descansava mais :)
O que??
Hoje, no emprego nº 1, foi dia de Olimpiadas da Física. Cientistas malucos a falarem de física. Não percebi um boi do que diziam, mas devia ser divertidíssimo... eles fartavam-se de rir!
sábado, 29 de novembro de 2008
Previsões
Não há quem consiga resistir à tentação de folhear revistinhas femininas. Num momento de pausa lá estava eu e uma colega a rir sobre todas as dicas, artigos de anjos protectores, traições e tudo o que demais se escreve repetidamente nessas revistas. Até que... o assunto ficou "sério": Previsões para 2009! E que ano fantástico vou ter. Confirmações no campo profissional, realização de projectos (com Viv'Alma???) e entrada de dinheiro sobretudo no último trimestre. No campo pessoal, parece que vou continuar a minha mania de "embelezar" o mundo (juro que está lá isto!) e já estou a ver a trabalheira que vou ter a por tudo com cortinadinhos e tapetitos a condizer. O campo amoroso estará em grande. Dizem eles que, finalmente, "o amor e a paixão vão andar de mão dada" e que 2009 será o ano da concretização "da relação". Ó pá, tou capaz de chorar de emoção. É que já vi o novo ano ali à espreita, prontinho para entrar, e se é mesmo verdade que vai ser assim, que venha ele que mal posso esperar!
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Vicios
Confesso que já é um vicio. Faz-me falta, entro em ressaca, começo com deliriums! Sou capaz de roubar por um soco! Pergunto a toda a gente se não me pode dar um bocadinho de body combat... enfim, já perceberam a cena, né?
O engraçado é que não sou a única. Hoje, reparem bem, hoje, ultimo dia útil, consegui ir a uma aula. Atrasada, já equipada, com ligaduras amarelas e tudo, entrei no elevador e encontrei um coleguita do outro ginásio e das aulas de body. Dizia ele "Pois eu tirei férias, mas ja estou a sentir a falta de combater!". Jorgito, rapaz, a malta entende-te e está contigo!
Faz-me falta baixar a viseira, apontar e pumba! Faz-me falta o puxarem por nós até perdermos a noção que é uma aula e podermos libertar tudo. Claro que isto só é possível com aquele "grande" campeão da arenas. Ele cresce, em tamanho e alucinação. "Como é que é? É só isso?" Não, não é. Para ti, toma lá um jab bem aviado. Ele é mesmo o maior! :)
Faz-me falta. Solto-me, deixo-me ir, e adoro esta sensação de cansaço no final da aula. Faz-me falta para deixar "destilar" tudo o que me amargura e me prende.
É disto que falo
O engraçado é que não sou a única. Hoje, reparem bem, hoje, ultimo dia útil, consegui ir a uma aula. Atrasada, já equipada, com ligaduras amarelas e tudo, entrei no elevador e encontrei um coleguita do outro ginásio e das aulas de body. Dizia ele "Pois eu tirei férias, mas ja estou a sentir a falta de combater!". Jorgito, rapaz, a malta entende-te e está contigo!
Faz-me falta baixar a viseira, apontar e pumba! Faz-me falta o puxarem por nós até perdermos a noção que é uma aula e podermos libertar tudo. Claro que isto só é possível com aquele "grande" campeão da arenas. Ele cresce, em tamanho e alucinação. "Como é que é? É só isso?" Não, não é. Para ti, toma lá um jab bem aviado. Ele é mesmo o maior! :)
Faz-me falta. Solto-me, deixo-me ir, e adoro esta sensação de cansaço no final da aula. Faz-me falta para deixar "destilar" tudo o que me amargura e me prende.
É disto que falo
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Slide VII
“Faz-me o favor de não dizer absolutamente nada!
Supor o que dirá a tua boca velada
é ouvir-te já.(…).
Não digas nada. Sê
Alma do corpo nu
Que do espelho se vê."
Mário Cesariny
Supor o que dirá a tua boca velada
é ouvir-te já.(…).
Não digas nada. Sê
Alma do corpo nu
Que do espelho se vê."
Mário Cesariny
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Slide V
Palavras. Já foram ditas, queridas, gritadas, sentidas.
Já foram a profunda ilusão/certeza que sim! O saber que sim, numa linha ao fundo.
"Para sempre". Cheias do que eram.
Palavras. Já foram ditas, bombardeadas, destruidoras. Arrancaram a pele, a alma, os cantos e recantos.
No ar, todo o corpo rodopiou para o abismo. Vazio. Sem identidade, sem luz.
"Para nunca". Fodidas
"Para quando".
Palavras e mais palavras, atiradas em escadas, forma de caracol de saudade.
Palavras. Só palavras.
E tudo a pedir mais que simples palavras. A pedir que tomem forma no meu corpo sem coração.
Porque " Eu não tenho a certeza, se tu és a alegria ou se és a tristeza. Meu amor, meu amor, eu não tenho a certeza."
Já foram a profunda ilusão/certeza que sim! O saber que sim, numa linha ao fundo.
"Para sempre". Cheias do que eram.
Palavras. Já foram ditas, bombardeadas, destruidoras. Arrancaram a pele, a alma, os cantos e recantos.
No ar, todo o corpo rodopiou para o abismo. Vazio. Sem identidade, sem luz.
"Para nunca". Fodidas
E o estilhaço, permanente, encaixado por baixo do peito esquerdo.
Palavras. Ansiadas, esperadas, suspensas.
"Para quando".
Palavras e mais palavras, atiradas em escadas, forma de caracol de saudade.
Palavras. Só palavras.
E tudo a pedir mais que simples palavras. A pedir que tomem forma no meu corpo sem coração.
Porque " Eu não tenho a certeza, se tu és a alegria ou se és a tristeza. Meu amor, meu amor, eu não tenho a certeza."
Slide III
Hoje sonhei contigo. Talvez porque adormeci com a vontade tatuada, espalhada no meu corpo. Porque me apetecia os teus braços. Porque me apetecia estar em cadeirinha e que o teu calor me aquecesse. Hoje sonhei contigo. Até aqui nada de novo. Sonho frequentemente contigo. A construção de um universo paralelo, segunda vida, onde estamos no mais simples e ordinário do quotidiano. Cenários "normais". À noite vivo outra/minha vida. Não me perguntes o que sonhei. Não sei. Mas lembro-me da sensação de luz, risos e calor. Quis abrir os olhos para os teus. Os teus olhos onde perco os meus. Mas quando os abri, tu não estavas. Como sempre. O sol estava lá fora, mas o frio ficou no acordar.
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Slide II
" Como eu queria poder transformar os teus dias e fazê-los diferentes.
Como eu queria que as horas fossem especiais
e cada minuto bebido num lento degustar das coisas boas.
Como eu queria desatar os teus nós
que são mágoas feitas pedra e cal.
Como eu queria ajudar-te a empurrar essas portas,
que teimam em estar entreabertas, e não te permitem o novo caminho.
Como eu queria murmurar "Nunca estarás só, porque estou aqui"
e dizer-te que, neste egoísmo autista, a minha vida ganha mais cor contigo.
Como eu queria colorir a tua também.
Como eu queria encher os teus olhos de simples luz,
quando a escuridão dos fantasmas te leva o sorriso.
Como eu queria poder mostrar-te que há sempre uma nova chance,
um novo começo,
uma nova vida.
Como eu queria..."
Como eu queria que as horas fossem especiais
e cada minuto bebido num lento degustar das coisas boas.
Como eu queria desatar os teus nós
que são mágoas feitas pedra e cal.
Como eu queria ajudar-te a empurrar essas portas,
que teimam em estar entreabertas, e não te permitem o novo caminho.
Como eu queria murmurar "Nunca estarás só, porque estou aqui"
e dizer-te que, neste egoísmo autista, a minha vida ganha mais cor contigo.
Como eu queria colorir a tua também.
Como eu queria encher os teus olhos de simples luz,
quando a escuridão dos fantasmas te leva o sorriso.
Como eu queria poder mostrar-te que há sempre uma nova chance,
um novo começo,
uma nova vida.
Como eu queria..."
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Confidência
"Diz o meu nome
pronuncia-o
como se as sílabas te queimassem os lábios
sopra-o com a suavidade
de uma confidência
para que o escuro apeteça
para que se desatem os teus cabelos
para que aconteça
Porque eu cresço para ti
sou eu dentro de ti
que bebe a última gota
e te conduzo a um lugar
sem tempo nem contorno
Porque apenas para os teus olhos
sou gesto e cor
e dentro de ti
me recolho ferido
exausto dos combates
em que a mim próprio me venci
Porque a minha mão infatigável
procura o interior e o avesso
da aparência
porque o tempo em que vivo
morre de ser ontem
e é urgente inventar
outra maneira de navegar
outro rumo outro pulsar
para dar esperança aos portos
que aguardam pensativos
No húmido centro da noite
diz o meu nome
como se eu te fosse estranho
como se fosse intruso
para que eu mesmo me desconheça
e me sobressalte
quando suavemente
pronunciares o meu nome"
Mia Couto
pronuncia-o
como se as sílabas te queimassem os lábios
sopra-o com a suavidade
de uma confidência
para que o escuro apeteça
para que se desatem os teus cabelos
para que aconteça
Porque eu cresço para ti
sou eu dentro de ti
que bebe a última gota
e te conduzo a um lugar
sem tempo nem contorno
Porque apenas para os teus olhos
sou gesto e cor
e dentro de ti
me recolho ferido
exausto dos combates
em que a mim próprio me venci
Porque a minha mão infatigável
procura o interior e o avesso
da aparência
porque o tempo em que vivo
morre de ser ontem
e é urgente inventar
outra maneira de navegar
outro rumo outro pulsar
para dar esperança aos portos
que aguardam pensativos
No húmido centro da noite
diz o meu nome
como se eu te fosse estranho
como se fosse intruso
para que eu mesmo me desconheça
e me sobressalte
quando suavemente
pronunciares o meu nome"
Mia Couto
domingo, 23 de novembro de 2008
BBC Vida Selvagem
Depois de uma semana a combinar, à ultima tudo se "cortou". Eram os pés que não aguentavam, o espirito que estava cansado e regado do jantar e o chamamento da cama. Pronto... ok, fica para a próxima, mas eu, embalada pela vontade crescente, fiz o caminho para casa a pensar que se houvesse um lugarzinho para estacionar ia. O lugar apareceu sem ter de dar voltas e lá fui eu dançar um bocado. Saio algumas vezes sozinha. Se me apetece e há oportunidade, lá vou eu.
Entrei e já com a anca a bambolear fui direita ao bar buscar uma garrafita de água. Até aqui tudo bem. Depois disto só gostava que alguém me explicasse porque raio é que uma rapariga sozinha, a curtir a sua, é sempre confundida com "barraquinha de pedidos". "Dás-me um cigarro?", "Arranjas-me lume?", "Posso conhecer-te?", "Queres companhia?"... às duas primeiras perguntas a resposta foi positiva, a partir daí foi a debitar olhares mortiferos para todos os lados! E se for um rapaz sozinho? Também acontece isto? É pá, eu só quero estar na minha, eu a música e os meus cigarros!
Ou sou eu que já não estou habituada a este BBC Vida Selvagem? Haja pachorra! Ainda por cima, tenho acerteza que se algum dia me desse para esta "caçada" seria sempre the hunter e never the hunt!
Entrei e já com a anca a bambolear fui direita ao bar buscar uma garrafita de água. Até aqui tudo bem. Depois disto só gostava que alguém me explicasse porque raio é que uma rapariga sozinha, a curtir a sua, é sempre confundida com "barraquinha de pedidos". "Dás-me um cigarro?", "Arranjas-me lume?", "Posso conhecer-te?", "Queres companhia?"... às duas primeiras perguntas a resposta foi positiva, a partir daí foi a debitar olhares mortiferos para todos os lados! E se for um rapaz sozinho? Também acontece isto? É pá, eu só quero estar na minha, eu a música e os meus cigarros!
Ou sou eu que já não estou habituada a este BBC Vida Selvagem? Haja pachorra! Ainda por cima, tenho acerteza que se algum dia me desse para esta "caçada" seria sempre the hunter e never the hunt!
sábado, 22 de novembro de 2008
Festivais de Musica
O Super Rock em Stock vai acontecer já nos próximos dias 3 e 4 de Dezembro, em cinco salas diferentes. Cinema São Jorge, Teatro Tivoli, Teatro de Variedades do Parque Mayer e o Cabaret Maxime. Avenida da Liberdade acima, Avenida abaixo e uma data de bandas. Musica boa! Entre portugueses e estrangeiros, a minha atenção vai para El Perro del Mar, Santogold, The Walkmen, Likke Ly e os portuguesíssimos Deolinda, X-Wife e o "tão nosso" Rui Reininho.
Dois dias com um programa bem recheado. Merece a pena!
Cá vai um cheirinho
Likke Ly- Litlle Bit
The Walkmen- The Rat
El Perro Del Mar - God Knows (You Gotta give to get)
Dois dias com um programa bem recheado. Merece a pena!
Cá vai um cheirinho
Likke Ly- Litlle Bit
The Walkmen- The Rat
El Perro Del Mar - God Knows (You Gotta give to get)
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Palavras
"Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,
como um cego.
Talvez consumirá a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,
nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor,
a sangue e fogo."
Pablo Neruda
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,
como um cego.
Talvez consumirá a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,
nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor,
a sangue e fogo."
Pablo Neruda
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Psiuuu, S, esta é para ti. Quem é amiguinha????
I'm a new soul.
I came to this strange world
hoping I could learn a bit ‘bout
how to give and take.
But since I came here
felt the joy and the fear
finding myself making
every possible mistake.
la-la-la-la-la-la-la-la...
la-la-la-la-la-la-la-la...
I'm a young soul
in this very strange world
hoping I could learn a bit ‘bout
what is true and FAKE.
But why all this hate?
Try to communicate.
Finding trust and love
is not always easy to make.
la-la-la-la-la-la-la-la...
la-la-la-la-la-la-la-la...
ooh
This is a happy end.
'course you don't understand.
Everything you have done......
why's everything so wrong?
This is a happy end.
Come and give me your hand.
I'll take you far away.
I'm a new soul
I came to this strange world
hoping I could learn a bit ‘bout
how to give and take
But since I came here
felt the joy and the fear
finding myself making
every possible mistake.
I feel so...
in this very strange world
making every possible mistake
possible mistake
every possible mistake
oh mistakes
mistakes, mistakes, mistakes, mistakes, oh mistakes
la-la-la-la-la-la-la-la...
la-la-la-la-la-la-la-la-la-la....
Yael Naim-New Soul
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Tasmanices
Ai o ser mulher....
"-Mãe, sabes que na Primavera todos os animais se apaixonam? Até os coelhos! Eu quero que seja Primavera, também quero apaixonar-me..."
(Também eu, filha, também eu!)
Empreendorismo
"-Eu vi um senhor na televisão a fazer. Cortam-se as batatas, põe-se num caldeirão com azeite e já estão feitas as batatas fritas. Podíamos fazer e vender para as lojas. Assim ganhavamos dinheiro para tudo o que queremos."
(Claro! Como não me lembrei??? Vou já para o fogão!)
"-Mãe, sabes que na Primavera todos os animais se apaixonam? Até os coelhos! Eu quero que seja Primavera, também quero apaixonar-me..."
(Também eu, filha, também eu!)
Empreendorismo
"-Eu vi um senhor na televisão a fazer. Cortam-se as batatas, põe-se num caldeirão com azeite e já estão feitas as batatas fritas. Podíamos fazer e vender para as lojas. Assim ganhavamos dinheiro para tudo o que queremos."
(Claro! Como não me lembrei??? Vou já para o fogão!)
Estações
Há dias assim, que passam por todas as estações do ano. Como hoje, que começou Primavera e depois no meio da surpresa, contra tudo o que está instituído, veio uma chuvada e frio, muito frio. Inverno rigoroso que me deixou atónita por não ser já ou outra vez o seu tempo. Lentamente, começaram folhas a cair no chão, as andorinhas a ir embora e era Outuno. Já não estava tão frio mas ainda cinzento.
Como está tudo ao contrário, agora já é Verão e o sol faz-me rir quando aparece :)
Como está tudo ao contrário, agora já é Verão e o sol faz-me rir quando aparece :)
Slide I
" - Que fazes aqui, sozinha, nesta estrada?
- Espero que o vento, ou alguma força, me reboque do silêncio.
- Esperas? E se não vier?
- Deixo-me ficar. Já andei muito e tenho o espírito corcunda, uma dor de burro do tanto que andei e puxei. Independentemente das estações do ano, da crise económica, da fome, da abundância, fui touro cego a investir.
Agora espero, pela fragância a morango que marca sempre a infantil vontade."
- Espero que o vento, ou alguma força, me reboque do silêncio.
- Esperas? E se não vier?
- Deixo-me ficar. Já andei muito e tenho o espírito corcunda, uma dor de burro do tanto que andei e puxei. Independentemente das estações do ano, da crise económica, da fome, da abundância, fui touro cego a investir.
Agora espero, pela fragância a morango que marca sempre a infantil vontade."
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Band of Horses
Ganharam um prémio qualquer, de uma revista qualquer, como melhor grupo de 2008. Ouvi isto de manhã, sem nenhuma atenção à noticia (como se pode ler...). Assim que começaram a tocar lembrei-me que gosto deles. São meio lamechas e tal, mas mesmo assim gosto.
Band Of Horses - No One's Gonna Love You
Band Of Horses - No One's Gonna Love You
Colo do Pai
Ontem apetecia-me colo. Muito! Toquei à campainha e foi ele que me abriu a porta. Os cumprimentos do costume : "Estás boa?", "Sim, mas estou gelada".
Malas em cima da cama, casacos despidos, um "Olá, Mãe" com um beijo prolongado na face e correr para ele. Precisava mesmo. Sentar-me no seu colo, enrolada, aninhada, mãos fechadas no peito e todo o corpo a relaxar. Os resmungos "Olha que já és pesada!" e o pedido "só um bocadinho que quero mimo!". Deixar-me ficar, com a mão sobre os meus ombros e só ficar. Menina, protegida, mimada. De novo a infância, sem peso, sem culpas, desculpas, corre-corre e tem de ser. Ele ainda nos chama de miúdas e nós ainda o chamamos de Papá ou Paizinho.
Sempre gostei e precisei do colo dele. Sem palavras. Não que não falemos, pelo contrário, falamos tudo, sobre tudo e mais ainda. Somos iguais, temos sempre opinião e a algo a dizer. Por isso, também, discutimos muito, muito mesmo, mas o seu colo sempre foi paz.
Foi dia de colo e de agradecer toda a sorte que tenho por o ter comigo. Eu sei que tenho mesmo muita sorte neste amor desmesurado que temos e na presença contínua e forte.
Malas em cima da cama, casacos despidos, um "Olá, Mãe" com um beijo prolongado na face e correr para ele. Precisava mesmo. Sentar-me no seu colo, enrolada, aninhada, mãos fechadas no peito e todo o corpo a relaxar. Os resmungos "Olha que já és pesada!" e o pedido "só um bocadinho que quero mimo!". Deixar-me ficar, com a mão sobre os meus ombros e só ficar. Menina, protegida, mimada. De novo a infância, sem peso, sem culpas, desculpas, corre-corre e tem de ser. Ele ainda nos chama de miúdas e nós ainda o chamamos de Papá ou Paizinho.
Sempre gostei e precisei do colo dele. Sem palavras. Não que não falemos, pelo contrário, falamos tudo, sobre tudo e mais ainda. Somos iguais, temos sempre opinião e a algo a dizer. Por isso, também, discutimos muito, muito mesmo, mas o seu colo sempre foi paz.
Foi dia de colo e de agradecer toda a sorte que tenho por o ter comigo. Eu sei que tenho mesmo muita sorte neste amor desmesurado que temos e na presença contínua e forte.
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Live Unbuttoned
O tema principal desta campanha é o "desabotoar". A nós próprios. Libertarmo-nos de convenções, preconceitos, inibições.
Um botão, uma revelação. Sem mentiras. Sem mentiras...
Um botão, uma revelação. Sem mentiras. Sem mentiras...
Paixão
Estou apaixonada!
Ele é lindo! Bonito, alegre, delicado.
Envolve-me e protege-me!
O contacto na pele é explosivo e ele parece ser feito à minha medida. Para mim, só para mim.
Não consigo resistir....
Estou apaixonada por um casaco Roberto Cavalli que custa €4.ooo!
E que tal serem patrocinadores desta linda história de amor e surprenderem a miúda num qualquer jantar de Natal com o casaquinho?? Humm? Natal e tal, época de solidariedade, dávida ao próximo.
Deixo-vos com este pensamento... o de fazer alguém profundamente feliz numa história de amor.
Ele é lindo! Bonito, alegre, delicado.
Envolve-me e protege-me!
O contacto na pele é explosivo e ele parece ser feito à minha medida. Para mim, só para mim.
Não consigo resistir....
Estou apaixonada por um casaco Roberto Cavalli que custa €4.ooo!
E que tal serem patrocinadores desta linda história de amor e surprenderem a miúda num qualquer jantar de Natal com o casaquinho?? Humm? Natal e tal, época de solidariedade, dávida ao próximo.
Deixo-vos com este pensamento... o de fazer alguém profundamente feliz numa história de amor.
sábado, 8 de novembro de 2008
Peter Murphy
Que adoro música, toda a gente sabe, mas que ele é um dos meus preferidos, só sabem alguns.
Hoje deu-me saudades. Muitas. Daquelas que dão quando se gosta muito, quando, de repente, o tempo urge para ver, ouvir ou sentir. Quando parece que não pode passar nem mais um minuto. Saudades daquele gostar-sofá, confortável, confortável, confortável, onde aninhamos e fechamos os olhos em paz. É este o meu gostar de Peter Murphy e da sua música.
Hoje deu-me saudades e ouvi, em goles degustados, com um cigarro na mão e um sorriso.
Porque não pude ve-lo a semana passada no Coliseu e toda a semana me senti assim incompleta. Escolhi quatro para por aqui. Procurem as lyrics porque são lindas (basta fazer uma busca no google e encontram). Não são as minhas preferidas, essas guardo em segredo para os alguns que sabem desta paixão :)
Peter Murphy- Hit Song
Peter Murphy - I'll Fall With Your Knife
Peter Murphy- The Scarlet Thing in you
Peter Murphy - Cuts You Up
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
O que é português, também, é bom!
Há amores assim
Que nunca têm início
Muito menos têm fim
Na esquina de uma rua
Ou num banco de jardim
Quando menos esperamos
Há amores assim
Não demores tanto assim
Enquanto espero o céu azul
Cai a chuva sobre mim
Não me importo com mais nada
Se és direito ou o avesso
Se tu fores o meu final
Eu serei o teu começo
Não vou ganhar
Nem perder
Nem me lamentar
Estou pronta a saltar
De cabeça contra o mar
Não vou medir
Nem julgar
Eu quero arriscar
Tenho encontro marcado
Sem tempo nem lugar
Je t’aime j’adore
Um amor nunca se escolhe
Mas sei que vais reparar em mim
Yo te quiero tanto
E converso com o meu santo
Eu rezo e até peço em latim
Quando te encontrar sei que tudo se iluminará
Reconhecerei em ti meu amor, a minha eternidade
É que na verdade a saudade já me invade
Mesmo antes de te alcançar
É a sede que me mata
Ao sentir o rio abraçar o mar
Sem lágrima caída
Sou dona da minha vida
Sem nada mais nada
De bem com a vida
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Dias parvos
Há dias em que me sinto ridícula. Mais do que se usasse uma bandolete com orelhas de coelho em plena rua.
Sinto-me ridícula nesta minha insistente disponibilidade sorridente, em canduras e desculpas . Em prol de... em prol de...??
Sinto-me ridícula nesta maneira repetida de dar e mostrar e voltar a dar.
Em prol de...em prol de...??
Porque luto para que o dia-a-dia, mesquinho e pequenino, não me roube e me transforme em carcaça velha e oca. Porque essa é a maior luta. Não cair no amargo e descrente, não ceder !
Não tem nada a ver com self-pity, "ai coitadinha de mim que sou tão boazinha e querida...", não me revejo em nada disso, nem tenho pachorra para essas lamechices.
Mesmo assim, há dias em que me sinto ridícula!
Sinto-me ridícula nesta minha insistente disponibilidade sorridente, em canduras e desculpas . Em prol de... em prol de...??
Sinto-me ridícula nesta maneira repetida de dar e mostrar e voltar a dar.
Em prol de...em prol de...??
Porque luto para que o dia-a-dia, mesquinho e pequenino, não me roube e me transforme em carcaça velha e oca. Porque essa é a maior luta. Não cair no amargo e descrente, não ceder !
Não tem nada a ver com self-pity, "ai coitadinha de mim que sou tão boazinha e querida...", não me revejo em nada disso, nem tenho pachorra para essas lamechices.
Mesmo assim, há dias em que me sinto ridícula!
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Memórias
"Mariquinhas pé-de-salsa, piegas, bebé-chorão. Sou eu com o rigor do calendário. Hoje, a bolinha está à volta do dia. Uma data!
Mariquinhas pé-de-salsa, piegas, bebé chorão. Sou eu a lembrar-me, hora a hora, o calor do dia, os passos que se deram até chegar à escada. Subir? Descer? "the start a simple touch". O que nos levou à escada? O que levámos de lá? Outra vida e um sonho...
"tantas e tantas flores enleiam esse tempo,
aquele sol, que está para além de tudo o que é visível;
e assim o tempo escorre
no seu labirinto penugento e mátrio, numa rotação
de língua que nos saboreia"
Mariquinhas pé-de-salsa, piegas, bebé chorão. Sou eu na imensidão da loucura que foi sofrega no dia-a-dia, quando o tempo não cabia no tanto que se rodopiava, quando o pescoço esticava para dentro do outro. Dias gatunos que roubavam o que se era com o chicote punidor de outras vidas."We had a promise made, we were in love".
Mariquinhas pé-de-salsa, piegas, bebé chorão. Sou eu num dia que é a chegada de um outro dia, deixando para trás o que se sente de Vazio... como uma embalagem de correio de porte pago insuflada a bolhas de ar, mas vazia por dentro, quando se sabe que o "Amor" foi, é, Cheio e se faz de minusculas coisas todos os dias.
"Agora o tempo pára, pára um pouco,
e um assassino mata e transforma-se noutro
e um ai de amor ficou suspenso
um pouco eterno na memória"
Mariquinhas pé-de-salsa, piegas, bebé chorão, sou eu com o calendário da minha vida."
Texto escrito a 04 de Abril de 2008
Mariquinhas pé-de-salsa, piegas, bebé chorão. Sou eu a lembrar-me, hora a hora, o calor do dia, os passos que se deram até chegar à escada. Subir? Descer? "the start a simple touch". O que nos levou à escada? O que levámos de lá? Outra vida e um sonho...
"tantas e tantas flores enleiam esse tempo,
aquele sol, que está para além de tudo o que é visível;
e assim o tempo escorre
no seu labirinto penugento e mátrio, numa rotação
de língua que nos saboreia"
Mariquinhas pé-de-salsa, piegas, bebé chorão. Sou eu na imensidão da loucura que foi sofrega no dia-a-dia, quando o tempo não cabia no tanto que se rodopiava, quando o pescoço esticava para dentro do outro. Dias gatunos que roubavam o que se era com o chicote punidor de outras vidas."We had a promise made, we were in love".
Mariquinhas pé-de-salsa, piegas, bebé chorão. Sou eu num dia que é a chegada de um outro dia, deixando para trás o que se sente de Vazio... como uma embalagem de correio de porte pago insuflada a bolhas de ar, mas vazia por dentro, quando se sabe que o "Amor" foi, é, Cheio e se faz de minusculas coisas todos os dias.
"Agora o tempo pára, pára um pouco,
e um assassino mata e transforma-se noutro
e um ai de amor ficou suspenso
um pouco eterno na memória"
Mariquinhas pé-de-salsa, piegas, bebé chorão, sou eu com o calendário da minha vida."
Texto escrito a 04 de Abril de 2008
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Song to the Siren
On the floating, shapeless oceans
I did all my best to smile
til your singing eyes and fingers
drew me loving into your eyes.
And you sang "Sail to me, sail to me;
Let me enfold you."
Here I am, here I am waiting to hold you.
Did I dream you dreamed about me?
Were you here when I was full sail?
Now my foolish boat is leaning, broken love lost on your rocks.
For you sang, "Touch me not, touch me not, come back tomorrow."
Oh my heart, oh my heart shies from the sorrow.
I'm as puzzled as a newborn child.
I'm as riddled as the tide.
Should I stand amid the breakers?
Or shall I lie with death my bride?
Hear me sing: "Swim to me, swim to me, let me enfold you."
"Here I am. Here I am, waiting to hold you."
domingo, 2 de novembro de 2008
Martin&Thomas
No meio da praça central, espreitada pelo castelo que do alto se impõe, a entrada. Dois degraus, discretos, pequenos, abrem o caminho ladrilhado de preto e branco, num jogo de xadrez. Reis e Rainhas avançam.
O primeiro impacto. Os sentidos que despertam, num pequeno choque. À esquerda, o pecado da gula. Delicada pastelaria, ornamentada de chocolate, fios de caramelo, doces tentares. Atrás o pão. Sem estar só. Vem com as sementes, as azeitonas, recheia-se de farinheira. Ao pão, a Ode de Pablo Neruda, escrita a preto contra o branco da parede : "... o pão de cada boca, de cada homem/em cada dia chegará/ porque fomos semeá-lo e fazê-lo/ não para um homem, mas para todos. (...).
Sentem-se os cheiros, e a alma renasce a cada visão, a cada sensação.
Um passo mais e prateleiras de ferro forjado e madeira mostram grandes latas antigas que guardam odores, paladares, ervas e tisanas. Chá, delicado, tratado com reverência. Misturas como chá preto com bergamota e flores de laranjeira a que se juntam pequenos bombons de chocolate que se derretem no contacto com a àgua a ferver. Para levar, embrulhados em laços vermelhos.
Subimos e no cimo, grandes janelas deixam entrar a luz que bate nas traves de madeira e inuda a sala.
Dificuldade na escolha, porque os olhos tudo querem, para uma só barriga.
O sorriso a acompanhar o pedido e a partilha dos sabores. Sopa escrita em creme fraiche, numa cama de legumes passados e os velhos sabores com novas apresentações. Misturam-se rúculas, alfaces, queijos e doces de abobora com legumes assados e salteados. Finas fatias de carne cobrem pão torrado com um fio de azeite e cama de legumes.
Um brinde, do norte, em cascos de carvalho estagiado e o bem estar profundo.
A música, numa versão misturada e calma , a perguntar "Did i leave a bad taste in your mouth?" .
E tudo ali a deixar um very good taste.
Na mesa, individualmente, para cada um que se sente ali, um desejo de Bom Natal, com um beijinho de ternura da Martin&Thomas.
O tempo passou e foi pouco, mas foi como se fosse muito no tanto que se aqueceu a alma e o estômago.
P.S- Sr. Peter Pan, quando voce ganhar o Euromilhões e me puser a "render" é uma loja Gourmet assim que eu quero para que me deleite com o prazer dos outros!
O primeiro impacto. Os sentidos que despertam, num pequeno choque. À esquerda, o pecado da gula. Delicada pastelaria, ornamentada de chocolate, fios de caramelo, doces tentares. Atrás o pão. Sem estar só. Vem com as sementes, as azeitonas, recheia-se de farinheira. Ao pão, a Ode de Pablo Neruda, escrita a preto contra o branco da parede : "... o pão de cada boca, de cada homem/em cada dia chegará/ porque fomos semeá-lo e fazê-lo/ não para um homem, mas para todos. (...).
Sentem-se os cheiros, e a alma renasce a cada visão, a cada sensação.
Um passo mais e prateleiras de ferro forjado e madeira mostram grandes latas antigas que guardam odores, paladares, ervas e tisanas. Chá, delicado, tratado com reverência. Misturas como chá preto com bergamota e flores de laranjeira a que se juntam pequenos bombons de chocolate que se derretem no contacto com a àgua a ferver. Para levar, embrulhados em laços vermelhos.
Subimos e no cimo, grandes janelas deixam entrar a luz que bate nas traves de madeira e inuda a sala.
Dificuldade na escolha, porque os olhos tudo querem, para uma só barriga.
O sorriso a acompanhar o pedido e a partilha dos sabores. Sopa escrita em creme fraiche, numa cama de legumes passados e os velhos sabores com novas apresentações. Misturam-se rúculas, alfaces, queijos e doces de abobora com legumes assados e salteados. Finas fatias de carne cobrem pão torrado com um fio de azeite e cama de legumes.
Um brinde, do norte, em cascos de carvalho estagiado e o bem estar profundo.
A música, numa versão misturada e calma , a perguntar "Did i leave a bad taste in your mouth?" .
E tudo ali a deixar um very good taste.
Na mesa, individualmente, para cada um que se sente ali, um desejo de Bom Natal, com um beijinho de ternura da Martin&Thomas.
O tempo passou e foi pouco, mas foi como se fosse muito no tanto que se aqueceu a alma e o estômago.
P.S- Sr. Peter Pan, quando voce ganhar o Euromilhões e me puser a "render" é uma loja Gourmet assim que eu quero para que me deleite com o prazer dos outros!
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
AMG
Gosto.
Gosto de noites como a de ontem. Fazem-me falta.
Gosto de chegar a tua casa e entre tachos e panelas " Vê lá a medida do arroz", servir uma bebida, "Fiz verdes para ti" (na realidade não fizeste, tinhas só lá arranjados para eu fazer) e as conversas a começarem. Temos sempre tema.
Gosto da tua face de criança feliz quando me mostras as ultimas novidades e me tapas os olhos, num jogo de cabra cega, para que me surpreenda com o teu candeeiro novo.
Gosto de roubar comida do teu prato, no meio de brindes com martini (não soube nada mal, acompanhar o jantar com martini...) de te ouvir dizer "mas porque pões sempre pouco sal? não tenho problemas de tensão!" e brincarmos com as palavras na cumplicidade que temos de tanto tempo e tanta vida passada. Gosto das nossas conversas, sobre qualquer coisa, e por tudo dizermos um ao outro, discutirmos. Como só pode ser com quem se gosta.
Gosto de me sentar ao teu lado e encostar a cabeça. Passas a mão pelo meu cabelo, devagar, e continuamos na conversa ou no silêncio. Confortáveis.
Gosto de me rir à parva, porque te ris. E o teu riso faz-me rir. Mesmo que o Toni e o Zeze não apresentem nada de muito novo.
Gosto do cigarro que fumamos, e no meio da névoa que se desprende, ser eu o homem (cabrão) e tu a mulher (sentimental) "Deixa-te de tretas. Toma lá um preservativo e vai dar uma na miúda. Sem pensares mais nisso".
Gosto desta certeza que vai correr tudo bem, porque se nada mais houver, vamos os dois morar juntos, velhinhos, e cuidar um do outro.
P.S- Só para que nunca digas que não escrevo sobre ti, meu bom e querido amigo.
Gosto de noites como a de ontem. Fazem-me falta.
Gosto de chegar a tua casa e entre tachos e panelas " Vê lá a medida do arroz", servir uma bebida, "Fiz verdes para ti" (na realidade não fizeste, tinhas só lá arranjados para eu fazer) e as conversas a começarem. Temos sempre tema.
Gosto da tua face de criança feliz quando me mostras as ultimas novidades e me tapas os olhos, num jogo de cabra cega, para que me surpreenda com o teu candeeiro novo.
Gosto de roubar comida do teu prato, no meio de brindes com martini (não soube nada mal, acompanhar o jantar com martini...) de te ouvir dizer "mas porque pões sempre pouco sal? não tenho problemas de tensão!" e brincarmos com as palavras na cumplicidade que temos de tanto tempo e tanta vida passada. Gosto das nossas conversas, sobre qualquer coisa, e por tudo dizermos um ao outro, discutirmos. Como só pode ser com quem se gosta.
Gosto de me sentar ao teu lado e encostar a cabeça. Passas a mão pelo meu cabelo, devagar, e continuamos na conversa ou no silêncio. Confortáveis.
Gosto de me rir à parva, porque te ris. E o teu riso faz-me rir. Mesmo que o Toni e o Zeze não apresentem nada de muito novo.
Gosto do cigarro que fumamos, e no meio da névoa que se desprende, ser eu o homem (cabrão) e tu a mulher (sentimental) "Deixa-te de tretas. Toma lá um preservativo e vai dar uma na miúda. Sem pensares mais nisso".
Gosto desta certeza que vai correr tudo bem, porque se nada mais houver, vamos os dois morar juntos, velhinhos, e cuidar um do outro.
P.S- Só para que nunca digas que não escrevo sobre ti, meu bom e querido amigo.
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Admito que...
estou lamechas. Muito. Deve ser da chuva...
And there's no mountain too high
No river too wide
Sing out this song and I'll be there by your side
Storm clouds may gather
And stars may collide
But I love you until the end of time
And there's no mountain too high
No river too wide
Sing out this song and I'll be there by your side
Storm clouds may gather
And stars may collide
But I love you until the end of time
Gestos de ternura
Caminhavam devagar, lado a lado, mão dada, encaixada pelo tempo. Os braços já fazem parte um do outro, como todo o corpo, só um. Os dois a pensar que se o outro faltasse era como se faltasse uma parte de si.
Ela falava qualquer coisa, em tom baixo, choroso. Pararam. Porque era preciso parar. Lentamente, a mão dele, a que estava livre, passou delicadamente pelo cabelo dela. Uma vez, e outra e outra. E dizia baixinho "Está tudo bem. Vamos os dois".
Passei e eles ficaram envoltos um no outro.
Ela falava qualquer coisa, em tom baixo, choroso. Pararam. Porque era preciso parar. Lentamente, a mão dele, a que estava livre, passou delicadamente pelo cabelo dela. Uma vez, e outra e outra. E dizia baixinho "Está tudo bem. Vamos os dois".
Passei e eles ficaram envoltos um no outro.
Programa(s)
Hoje é dia de programita cultaralii (sem ser pseudo-intelectual). Hoje, depois de despachado o segundo emprego, vou ver isto:
Mas na realidade, hoje gostava mesmo de estar a ver isto:
Porque é só hoje, porque me habituei a ouvi-la nos Moloko e gosto, e porque me apetecia fechar os olhos e deixar-me ir embalada. Não deu para ir, mas dá para ir ouvindo esta música (do segundo album da Roisin a solo) em repeat:
When I think that
I'm over you
I'm overpowered
It's long overdue
I'm overpowered
As science struggles on to try to explain
Oxytoxins flowing ever into my brain
Mas na realidade, hoje gostava mesmo de estar a ver isto:
Porque é só hoje, porque me habituei a ouvi-la nos Moloko e gosto, e porque me apetecia fechar os olhos e deixar-me ir embalada. Não deu para ir, mas dá para ir ouvindo esta música (do segundo album da Roisin a solo) em repeat:
When I think that
I'm over you
I'm overpowered
It's long overdue
I'm overpowered
As science struggles on to try to explain
Oxytoxins flowing ever into my brain
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Que venham os ventos!
É nestes dias que noto que realmente o tempo passa e estou a perder pedalada.
Deitei-me tarde (olha a novidade!), deitei-me já hoje e não ontem. Passadas duas horitas de sono, a Diaba da Tâsmania acordou a chorar e a gritar. Tem imensos pesadelos e esta noite foi mais um. Estava dificil de acalmar, portanto deitei-me com ela. Má escolha, muito má escolha... ela dorme como se estivesse em combate e eu estou como se tivesse levado uma sova.
Entretanto o telefone toca com sinal de mensagem e lá abro eu os olhos. Sim, muito giro levantarem-se e pensarem em nós, mas a diferença horária faz com que aqui ainda esteja a começar o dia...
E o dia começa, com a Diaba da Tâsmania a acordar muito mais cedo que o costume e a falar sem parar.
Definitivamente já não tenho pedalada, estou torta e com sono!
Espero que a previsão de ventos a 90Km/hora seja mesmo verdade e que leve esta "neura" porque no final do dia tenho de ir dançar ballet com a miuda (sim, aquela que quer aos 18 anos ter uma tatuagem, mota e fazer parte da Juve Leo, anda no ballet!), e já me tou a ver, tal elefante em cima de nenufar, a distribuir jabs e hooks aos miudos em vez de effacés e croisés!
P.S - Hoje é a ante estreia do "Ensaio sobre a Cegueira". Não sou fã de Saramago, mas este é, dos livros dele, o meu preferido.
Deitei-me tarde (olha a novidade!), deitei-me já hoje e não ontem. Passadas duas horitas de sono, a Diaba da Tâsmania acordou a chorar e a gritar. Tem imensos pesadelos e esta noite foi mais um. Estava dificil de acalmar, portanto deitei-me com ela. Má escolha, muito má escolha... ela dorme como se estivesse em combate e eu estou como se tivesse levado uma sova.
Entretanto o telefone toca com sinal de mensagem e lá abro eu os olhos. Sim, muito giro levantarem-se e pensarem em nós, mas a diferença horária faz com que aqui ainda esteja a começar o dia...
E o dia começa, com a Diaba da Tâsmania a acordar muito mais cedo que o costume e a falar sem parar.
Definitivamente já não tenho pedalada, estou torta e com sono!
Espero que a previsão de ventos a 90Km/hora seja mesmo verdade e que leve esta "neura" porque no final do dia tenho de ir dançar ballet com a miuda (sim, aquela que quer aos 18 anos ter uma tatuagem, mota e fazer parte da Juve Leo, anda no ballet!), e já me tou a ver, tal elefante em cima de nenufar, a distribuir jabs e hooks aos miudos em vez de effacés e croisés!
P.S - Hoje é a ante estreia do "Ensaio sobre a Cegueira". Não sou fã de Saramago, mas este é, dos livros dele, o meu preferido.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Muito bom :)
"Flight of the Conchords is a Grammy Award-winning New Zealand comedy duo composed of Bret McKenzie and Jemaine Clement. Billing themselves as "Formerly New Zealand's fourth most popular guitar-based digi-bongo acapella-rap-funk-comedy folk duo",[1] the group uses a combination of witty observation, characterisation and acoustic folk guitars to work the audience. The duo's comedy and music became first the basis of a BBC radio series and then an American television series, which premiered in 2007, also called Flight of the Conchords."
domingo, 26 de outubro de 2008
Vinho, desculpas e afins
Em amena cavaqueira com um amigo gay, "descobri(mos)" que as desculpas que se inventam, que se dão para terminar uma relação, sãos as mesmas para os gajos, gajas e "gaijas". Tudo igual, "amo-te, mas...", "gosto de ti, mas...", e o sempre "acho que não vai dar porque...". Fartámo-nos de rir. Elaborámos uma lista das melhores desculpas de sempre e rimo-nos de nós, que já as ouvimos.
Ontem, pelas 23H45, recebi uma mensagem dele " Tu queres acreditar que acabei de levar com a nº 2??? O que vale é que entre uma desculpa e outra vamos gozando e pelo menos com a conversa veio uma garrafa de vinho :)".
Respondi-lhe prontamente " Viva os homens e as bebidas que nos fazem rir!".
Hoje, ele acordou na ressaca. Do vinho e da desculpa. As duas coisas com sabor de papel na boca. Continuou a valer a "nossa" lista para soltar o riso e lembrar que ainda há uma data delas para ouvir (novamente)!
Ontem, pelas 23H45, recebi uma mensagem dele " Tu queres acreditar que acabei de levar com a nº 2??? O que vale é que entre uma desculpa e outra vamos gozando e pelo menos com a conversa veio uma garrafa de vinho :)".
Respondi-lhe prontamente " Viva os homens e as bebidas que nos fazem rir!".
Hoje, ele acordou na ressaca. Do vinho e da desculpa. As duas coisas com sabor de papel na boca. Continuou a valer a "nossa" lista para soltar o riso e lembrar que ainda há uma data delas para ouvir (novamente)!
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Paixão e devoção é...
... quando a Diaba da Tâsmania diz que só vai jantar, mesmo sendo um dos seus pratos preferidos, se estiver a tocar o cd do Sporting!!!!!!!
Lá,lá,lá, lá,l, força, Sporting, olé,lá,lá,lá, lá,lá, sempre contigo, olé!
Lá,lá,lá, lá,l, força, Sporting, olé,lá,lá,lá, lá,lá, sempre contigo, olé!
Fé
Hoje a conversa com o Grande (bolas que mesmo com saltos de 7 cm dou-lhe pelo peito...)levou-nos para a Fé. Felizes os que acreditam, seja no que for, mas o facto de se acreditar é meio caminho para se enfrentar de peito aberto uma série de tempestades.
No meio desta conversa, o Grande comentou que há uma frase que o acompanha desde rapaz, que lhe foi dita por um homem de Fé: " Se foi feito com amor, não pode ser pecado".
E eu fiquei a pensar. O meu maior pecado, segundo algumas "leis", foi feito com o maior amor, portanto não pode ser pecado. E não foi.
No meio desta conversa, o Grande comentou que há uma frase que o acompanha desde rapaz, que lhe foi dita por um homem de Fé: " Se foi feito com amor, não pode ser pecado".
E eu fiquei a pensar. O meu maior pecado, segundo algumas "leis", foi feito com o maior amor, portanto não pode ser pecado. E não foi.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Uma breve história de amor
Porque continuo a ser uma lamechas, romântica incurável, a acreditar em principes/sapos, e isto é lindo
A SHORT LOVE STORY IN STOP MOTION from Carlos Lascano on Vimeo.
vejam outras animações do autor em http://vimeo.com/877053
A SHORT LOVE STORY IN STOP MOTION from Carlos Lascano on Vimeo.
vejam outras animações do autor em http://vimeo.com/877053
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Apeteceu-me dançar
"Win or lose, sink or swim
One thing is certain well never give in
Side by side, hand in hand
We all stand together
Play the game, fight the fight
But whats the point on a beautiful night?
Arm in arm, hand in hand
We all stand together"
Insónias II
De vez em quando lá me acontece isto: insónias!
Não que seja rapariga de dormir muito, mas gosto de ir para a cama e adormecer ao fim da segunda/terceira página do livro que me acompanha na altura.
Ontem não foi dia disso. O sono não vinha, a cabeça não parava. Estava cheia, girava em todos os sentidos. Imaginava conversas, cenários, curtas e longas metragens. A cabeça não parava, nem as vozes que falam e falam. À noite, as insónias trazem tudo. Os caminhos que se fizeram, os que estão à nossa frente. As encruzilhadas, as dúvidas e as opções. As insónias trazem tudo. Tentar encontrar respostas, poções e opções.
Tenho para mim que, muitas vezes, se não pensássemos eramos mais felizes! Pelo menos dormiríamos melhor!
Não que seja rapariga de dormir muito, mas gosto de ir para a cama e adormecer ao fim da segunda/terceira página do livro que me acompanha na altura.
Ontem não foi dia disso. O sono não vinha, a cabeça não parava. Estava cheia, girava em todos os sentidos. Imaginava conversas, cenários, curtas e longas metragens. A cabeça não parava, nem as vozes que falam e falam. À noite, as insónias trazem tudo. Os caminhos que se fizeram, os que estão à nossa frente. As encruzilhadas, as dúvidas e as opções. As insónias trazem tudo. Tentar encontrar respostas, poções e opções.
Tenho para mim que, muitas vezes, se não pensássemos eramos mais felizes! Pelo menos dormiríamos melhor!
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
ADORO
I did my best to notice
when the call came down the line
up to the platform of surrender
I was brought but I was kind
and sometimes I get nervous
when I see an open door
close your eyes, clear your heart cut the cord
are we human or are we dancer
my sign is vital, my hands are cold
and I'm on my knees looking for the answer
are we human or are we dancer
pay my respects to grace and virtue
send my condolences to good
give my regards to soul and romance
they always did the best they could
and so long to devotion,
you taught me everything I know
wave good bye, wish me well
you gotta let me go
are we human or are we dancer
my sign is vital, my hands are cold
and I'm on my knees looking for the answer
are we human or are we dancer
will your system be all right
when you dream of home tonight
there is no message we're receiving
let me know is your heart still beating
are we human or are we dancer
my sign is vital, my hands are cold
and I'm on my knees looking for the answer
you've gotta let me know
are we human or are we dancer
my sign is vital, my hands are cold
and I'm on my knees looking for the answer
are we human or are we dancer
are we human or are we dancer
are we human or are we dancer
Barbies
" Tudo o que tu és para mim
é um tesouro sem fim.
Onde tu fores, eu irei sem hesitar"
Este é o novo hit da Barbie. Pois é, mesmo assim, cantado a duas vozes no filme e a duas vozes lá em casa.
Ontem cantamos e dançamos isto até à exaustão. E o pior é que gostei!
Estou a precisar de convivio com gente grande!
é um tesouro sem fim.
Onde tu fores, eu irei sem hesitar"
Este é o novo hit da Barbie. Pois é, mesmo assim, cantado a duas vozes no filme e a duas vozes lá em casa.
Ontem cantamos e dançamos isto até à exaustão. E o pior é que gostei!
Estou a precisar de convivio com gente grande!
sábado, 18 de outubro de 2008
De joelhos
De joelhos. Esponjas que vestem para que amorteça e não doa tanto. Mas doi. Doi o que se pediu " Por favor, cuida, sempre". A Ausência, sempre marcada, da luz, da música que fazia o dia. Acreditar num Outro Mundo, onde há paz e risos em fio. Olhos que vêm e que protegem. O que continua a levar ali. Saudade mortal. De joelhos, um de cada lado, a acompanhar a prece. Mão dada para que percebam sempre o quanto estão ligados. A ela também. Um que não conheceu, outro que tenta viver com a recordação, e no meio o eterno vazio de joelhos. O que se pediu. O que se cumpre por mais um dia, mais um minuto, por mais. Mas sempre a Ausência. E um Outro Mundo, tangivel na pele que arrepia, no coração que se inflama para logo depois mirrar. Silêncio na prece e nas coisas tristes. De joelhos. Só uma volta. "Por favor..."
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Um mês
Faz hoje um mês fui a Milão. Desde então, todos os dias, todooooos os dias, sem falhar um, Milão vem até mim. Nas variadas formas que a tecnologia permite. Será isto o choque tecnologico?
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Maleitas
Pronto, algum dia tinha de ser. Foi hoje.
Acordei e pensei que tinha um rochedo a fazer de cabeça. Pesada, pesada, pesada...
Olhos nem sabia o que era, porque não conseguia abri-los.
Pronto, hoje rebentou e fiquei de molho em casa.
Acordei e pensei que tinha um rochedo a fazer de cabeça. Pesada, pesada, pesada...
Olhos nem sabia o que era, porque não conseguia abri-los.
Pronto, hoje rebentou e fiquei de molho em casa.
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Lembretes
Há algumas coisas que devemos manter presentes todos os dias. Como estas palavras:
"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade."
De Fernando Pessoa, por Carlos Drummond de Andrade
Repetir isto todos os dias para que o cansaço, esse monstro que trás com ele o desânimo, leve um safanão.
Também lembrar, sempre, que andar em t-shirt e descalça, à noite, na varanda do 12º, onde todos os ventos se cruzam, a tratar das roupas e ao telefone, não é bom para combater o bicho que por aqui anda e que faz lacrimejar os olhos e doer a cabeça, num estado febril.
Repetir isto todos os dias até aprender.
São assim coisinhas básicas para que o dia-a-dia seja mais fácil.
"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade."
De Fernando Pessoa, por Carlos Drummond de Andrade
Repetir isto todos os dias para que o cansaço, esse monstro que trás com ele o desânimo, leve um safanão.
Também lembrar, sempre, que andar em t-shirt e descalça, à noite, na varanda do 12º, onde todos os ventos se cruzam, a tratar das roupas e ao telefone, não é bom para combater o bicho que por aqui anda e que faz lacrimejar os olhos e doer a cabeça, num estado febril.
Repetir isto todos os dias até aprender.
São assim coisinhas básicas para que o dia-a-dia seja mais fácil.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Mais um homem a "bloggar"
Hoje estou na senda de blogs masculinos. Há um que tenho acompanhado e que me faz rir até às lágrimas e depois chegar à conclusão que muita coisa que pensava sobre o sexo masculino até está certa. Até porque já passei por algumas das situações. :)
Às vezes assume um tom mais sério, como "O que aprendi com tudo isto foi que uma mulher não se conquista. Não se pode conquistar. Uma mulher tem de ser sempre conquistada. A cada dia, a cada momento.
Isto porque, como canta o Sérgio Godinho, "A vida é feita de pequenos nadas". E os pequenos nadas podem ser quase tudo. ".
Só por isto merece destaque. Este gajo aprendeu! Já lá está, onde nós, as mulheres, queremos!
Espreitem em http://oarrumadinho.blogspot.com/
Às vezes assume um tom mais sério, como "O que aprendi com tudo isto foi que uma mulher não se conquista. Não se pode conquistar. Uma mulher tem de ser sempre conquistada. A cada dia, a cada momento.
Isto porque, como canta o Sérgio Godinho, "A vida é feita de pequenos nadas". E os pequenos nadas podem ser quase tudo. ".
Só por isto merece destaque. Este gajo aprendeu! Já lá está, onde nós, as mulheres, queremos!
Espreitem em http://oarrumadinho.blogspot.com/
O Valentão
É uma amizade recente, daquelas que vieram nesta nova vida. Bem disposto e muito interessante, é uma pessoa super saudável. A todos os níveis :)
O homem até produz electricidade em casa!
Além disso tem um nome giro, nome de personagem de contos infantis "João Pimpão, o valentão!"
Escrevo sobre ele porque este ano foi de férias sozinho para o Equador (antes que perguntem, foi mesmo para o Equador país).
Sozinho, peito aberto ao mundo e desejoso de tudo ver e absorver. Sem dormidas marcadas, sem planos. Só a certeza de onde queria ir.
Dessa viagem fabulosa ficou o registo em http://pimpaonomundo.blogspot.com/. Passem por lá, marquem o blog e disfrutem como se fosse um livro, lendo pequenos bocados e fechando os olhos para que se sinta.
Neste blog, tambem têm a viagem do ano passado a Cabo Verde.
Boas viagens na leitura
O homem até produz electricidade em casa!
Além disso tem um nome giro, nome de personagem de contos infantis "João Pimpão, o valentão!"
Escrevo sobre ele porque este ano foi de férias sozinho para o Equador (antes que perguntem, foi mesmo para o Equador país).
Sozinho, peito aberto ao mundo e desejoso de tudo ver e absorver. Sem dormidas marcadas, sem planos. Só a certeza de onde queria ir.
Dessa viagem fabulosa ficou o registo em http://pimpaonomundo.blogspot.com/. Passem por lá, marquem o blog e disfrutem como se fosse um livro, lendo pequenos bocados e fechando os olhos para que se sinta.
Neste blog, tambem têm a viagem do ano passado a Cabo Verde.
Boas viagens na leitura
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Obrigada
Insónias... dormir, acordar, dormir, acordar. No meio o sonho tão bom... acordar e ser realidade, não o sonho! E doer, constante moinha. Não amanheceu de maneira solarenga. Sentir o tanto que se mudou para que em nada se note melhoras. O cansaço de estar sempre a ir, a investir, a puxar. Mais uma vez e outra e outra. E querer, por momentos, abandonar-me ao sabor do que for. Querer ser levada para longe da terra seca.
Depois a raiva causada pela maldade propositada. Sentir o fel e querer cuspir. Para longe, tudo, bilis esverdeada que não deixa degustar.
No meio da escuridão, sombra de nuvem carregada, aparece luz, no conforto dos que estão. Dos que são vara que nos ampara. Onde estar é simplesmente ser. Respirar.
Como alguém me fez notar uma vez, partir uma vara é fácil, partir um feixe delas não se consegue. E é por ser feixe com os que estão, que não parto.
Depois a raiva causada pela maldade propositada. Sentir o fel e querer cuspir. Para longe, tudo, bilis esverdeada que não deixa degustar.
No meio da escuridão, sombra de nuvem carregada, aparece luz, no conforto dos que estão. Dos que são vara que nos ampara. Onde estar é simplesmente ser. Respirar.
Como alguém me fez notar uma vez, partir uma vara é fácil, partir um feixe delas não se consegue. E é por ser feixe com os que estão, que não parto.
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Blue
Blue touches blue
Touches grey touches brown
I look down at my feet, they’ve been with me for years
I take one step for you and then two for myself
Oh, I need to be stronger
I need to be stronger
Blue touches blue
Touches black, then expands
All the tears and the years in the palm of my hand
Do you think you can tell me what’s wrong and what’s wronger?
I need to be stronger
I need to be stronger
I want to twist in your arms
Like a snake that’s been charmed
Like a baby newborn with his arms groping out
I would shout but there’s always a song and
I need to be stronger
I need to be stronger
Blue touches blue
I look down at my feet
I take one step for you
I need to be stronger
Blue touches blue
Touches gray, frothy white
Where my face is all blurred and reflecting the night
If I tell you I feel like a bird in the cold
And I need you to hold me?
I need you to hold me
Blue touches blue...
Touches grey touches brown
I look down at my feet, they’ve been with me for years
I take one step for you and then two for myself
Oh, I need to be stronger
I need to be stronger
Blue touches blue
Touches black, then expands
All the tears and the years in the palm of my hand
Do you think you can tell me what’s wrong and what’s wronger?
I need to be stronger
I need to be stronger
I want to twist in your arms
Like a snake that’s been charmed
Like a baby newborn with his arms groping out
I would shout but there’s always a song and
I need to be stronger
I need to be stronger
Blue touches blue
I look down at my feet
I take one step for you
I need to be stronger
Blue touches blue
Touches gray, frothy white
Where my face is all blurred and reflecting the night
If I tell you I feel like a bird in the cold
And I need you to hold me?
I need you to hold me
Blue touches blue...
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Cof, Cof, Cof
Eu sei que foi um fim de semana a abrir : sábado trabalhar de manhã, depois aula de combat ( com aquele Prof que quer que os alunos sejam uma mistura de Ninjas com Herois de Shaolin mais Rockys Balboa e tudo com a leveza de uma libelinha!) à noite dançar horas seguidas em cima de tacões de 10 cm e ser agredida com uma violenta cabeçada por aquela que (julgavamos nós) é a Amiga, dormir pouco (porque a Diaba da Tasmania não se compadece com a mãe andar na boa-vida), acordar e ir para o Estádio Nacional correr, depois bater chinelo durante duas horas por uma Feira do Livro e acabar com o ânimo destroçado (se não fossem os cogumelos...) ao ver o meu Sporting perder com um clube que tem como mascote um bicho imaginário (dragões???????? Valha-me Deusssss). Eu sei, foi em grande, mas isso era razão para hoje estar assim?
Doi-me o corpo, os olhos lacrimejam, a cabeça está feita em mil pedaços, os ouvidos completamente tapados e sinto-me mais quente que chá a ferver!
Alguém pode, por favor, avisar o meu corpo velhinho, que com a minha vida ele não pode estar nem cansado, nem doente? Façam-me lá esse favor, é que eu estou farta de lhe dizer, mas parece que com a idade também ficou surdo!
Adenda: A Diaba da Tasmania cantava "Tenho um chupinha e vou chupa-lo todo"...O queeeeeeeeeeee????????? Defnitivamente, esta miúda só sai de casa quando tiver de ir para um lar de terceira idade! Podem chamar o 112? é que eu estou a sentir o ataque cardíaco a vir devagarinho!
Doi-me o corpo, os olhos lacrimejam, a cabeça está feita em mil pedaços, os ouvidos completamente tapados e sinto-me mais quente que chá a ferver!
Alguém pode, por favor, avisar o meu corpo velhinho, que com a minha vida ele não pode estar nem cansado, nem doente? Façam-me lá esse favor, é que eu estou farta de lhe dizer, mas parece que com a idade também ficou surdo!
Adenda: A Diaba da Tasmania cantava "Tenho um chupinha e vou chupa-lo todo"...O queeeeeeeeeeee????????? Defnitivamente, esta miúda só sai de casa quando tiver de ir para um lar de terceira idade! Podem chamar o 112? é que eu estou a sentir o ataque cardíaco a vir devagarinho!
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
To where???????
Ao segundo "Come to Paris tomorrow, please." soltei, finalmente, aquela gargalhada, lá do fundinho, que me tirou a cara de parva que tive o dia inteiro (disseram os entendidos que ela, a cara de parva, no final do dia ainda não tinha passado!)
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
O que não é
Há manhãs que não nascem para quem vacila, para quem não se atira para a frente, para quem escolhe, ou só consegue, apaguizar as mãos. A esses a aurora espera para os engolir e não deixar ver o dia.
Há momentos que não vivem para quem se desfaz em inventar desculpas nas culpas que não são. Há momentos em que os olhos não fixam olhos e as vozes murmuram sem nunca se despedirem do adeus já dito para aqueles que nunca chegam na viagem.
Há dias que se espera que chegue o dia diferente dos outros todos em que se vive.
Há momentos que não vivem para quem se desfaz em inventar desculpas nas culpas que não são. Há momentos em que os olhos não fixam olhos e as vozes murmuram sem nunca se despedirem do adeus já dito para aqueles que nunca chegam na viagem.
Há dias que se espera que chegue o dia diferente dos outros todos em que se vive.
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Climbing up the walls
I am the key to the lock in your house
That keeps your toys in the basement
And if you get too far inside
You'll only see my reflection
It's always best when the covers up
I am the pick in the ice
Do not cry out or hit the alarm
You know we're friends till we die
And either way you turn
I'll be there
Open up your skull
I'll be there
Climbing up the walls
It's always best when the light is off
It's always better on the outside
Fifteen blows to the back of your head
Fifteen blows to your mind
So lock the kids up safe tonight
Shut the eyes in the cupboard
I've got the smell of a local man
Who's got the loneliest fear
That either way you turn
I'll be there
Open up your skull
I'll be there
Climbing up the walls
Climbing up the walls
Climbing up the walls
P.S - A versão remixada pelos Fila Frazillia é mesmo muito boa!
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Chuva
"As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir
Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir
São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder
Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer
A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera
Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera
A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade"
P.S- Ouvir na voz da Mariza
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir
Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir
São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder
Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer
A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera
Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera
A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade"
P.S- Ouvir na voz da Mariza
sábado, 27 de setembro de 2008
Perda
A Teoria da Metapsicanálise Freudiana considera que o sentimento da perda, é a falta humana, é sua lacuna. É a perda do objecto primordial. Perda é o mesmo que privação, e não ter o que já se teve (e que queríamos continuar a ter) doi. Como diz Al Berto:
"No fim do corpo em que me escondo espalhou-se
A treva onde
Guardo a corola azulínea de tua ausência (...)
É - me difícil continuar a escrever-te
O que me destrói - sei que estou fodido
E tu já não és meu.
Preparo-me para entreabrir os olhos e
Deixar escorrer a convulsão oleosa das lágrimas
E das coisas tristes."
Lidar com isto? Com o sentimento que consome, corroi, mata e leva um bocado de nós? Com o que deixa tudo em desalinho. Como se lida? Acredito que o sentimento de perda vem sempre associado com a revolta do principio oscilante entre a existencia do vazio e a dubialidade da existencia do ser mas sem realidade. Temos a certeza que existe, mas já não está lá...Nada desaparece assim, de um momento para o outro. Nada nos prepara para a perda, mesmo que vozes cá dentro nos digam que vai acontecer. E depois? O que vem depois?
No meio, a perda a transformar-se em pedra, ladrilha o caminho, abre o espaço e forma o dia-a-dia ao hábito do vazio. Transforma-se em poesia e a dor aperta nos momentos de saudade.
E no fim, tudo é principio e meio e o sentido da perda veio na pedra do caminho. Temo-las connosco, somos nós, todas as perdas, pedras que nos constroiem. Silêncio e reticências das coisas tristes. Mais nao sei nem posso dizer...
P.S - A ausência doi todos os dias.
"No fim do corpo em que me escondo espalhou-se
A treva onde
Guardo a corola azulínea de tua ausência (...)
É - me difícil continuar a escrever-te
O que me destrói - sei que estou fodido
E tu já não és meu.
Preparo-me para entreabrir os olhos e
Deixar escorrer a convulsão oleosa das lágrimas
E das coisas tristes."
Lidar com isto? Com o sentimento que consome, corroi, mata e leva um bocado de nós? Com o que deixa tudo em desalinho. Como se lida? Acredito que o sentimento de perda vem sempre associado com a revolta do principio oscilante entre a existencia do vazio e a dubialidade da existencia do ser mas sem realidade. Temos a certeza que existe, mas já não está lá...Nada desaparece assim, de um momento para o outro. Nada nos prepara para a perda, mesmo que vozes cá dentro nos digam que vai acontecer. E depois? O que vem depois?
No meio, a perda a transformar-se em pedra, ladrilha o caminho, abre o espaço e forma o dia-a-dia ao hábito do vazio. Transforma-se em poesia e a dor aperta nos momentos de saudade.
E no fim, tudo é principio e meio e o sentido da perda veio na pedra do caminho. Temo-las connosco, somos nós, todas as perdas, pedras que nos constroiem. Silêncio e reticências das coisas tristes. Mais nao sei nem posso dizer...
P.S - A ausência doi todos os dias.
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